Apenas uma mulher é pré-candidata à presidência da República nas eleições de 2022
Barreira às mulheres Por enquanto só uma mulher – a senadora Simone Tebet (MDB-MS) – é pré-candidata à Presidência da República e em 14 das 27 unidades da federação, entre elas Santa Catarina, não têm uma sequer cotada para a disputa ao governo do estado. Este espaço tem a percepção permanente que elas – exceto […]
Barreira às mulheres
Por enquanto só uma mulher – a senadora Simone Tebet (MDB-MS) – é pré-candidata à Presidência da República e em 14 das 27 unidades da federação, entre elas Santa Catarina, não têm uma sequer cotada para a disputa ao governo do estado. Este espaço tem a percepção permanente que elas – exceto a tresloucada e inesquecível Dilma Rousseff – seriam melhores que eles na política.
Iguais
O título do principal editorial do “Estadão” de ontem – “Entre o ruim e o pior” – e o conteúdo, expressam, resumidamente, boa parte da opinião pública nacional que tem bom senso e boa memória política: “Bolsonarismo só oferece a anarquia, e o lulopetismo, o retrocesso”. Opinião digna de controvérsias, mas que merece reflexão.
Reeducação
À informação de ontem de que nove mulheres foram vítimas de violência doméstica neste ano no estado no período entre 1º de janeiro e 8 de fevereiro e que seus familiares não registraram boletim de ocorrência contra os criminosos, um alento: há no Brasil, no momento, 312 grupos de reeducação de autores de violência doméstica. Atenderam 62.554 homens de 2012 a 2020. O dado é de um mapeamento inédito feito por Adriano Beiras, Daniel Fauth Martins, Salete Sommariva (desembargadora catarinense) e Michelle Hugill, que integram o Colégio de Coordenadores Estaduais da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário, pelo Tribunal de Justiça de SC e pela UFSC, com o apoio do Conselho Nacional de Justiça. Os grupos reflexivos tentam interromper a escalada de violência doméstica que podem culminar no feminicídio.
Laboratório
Desde que foi criado, em 2019, o Laboratório de Obras Rodoviárias do Tribunal de Contas do Estado, que examina os materiais coletados, inclusive por uma unidade móvel (furgão), da pavimentação em rodovias estaduais e municipais, já atuou em oito processos, nos quais realizou 169 extrações e 1.168 ensaios, totalizando um valor fiscalizado de R$ R$ 124 milhões. Não se sabe onde houve (se houve) cambalachos.
No ar
A decisão de Changi, operadora aeroportuária de Cingapura, de devolver o Galeão, no Rio de Janeiro, expôs uma batalha travada nos bastidores entre operadoras de aeroportos e o governo. As empresas querem rever os termos dos contratos de concessão em razão do impacto negativo da pandemia sobre o fluxo de passageiros. A Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac) já concluiu a análise de pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro de operadores de 15 aeroportos por perdas. Atendeu 73% do valor pedido pelas empresas para descontar da outorga: de R$ 1,81 bilhão solicitado, aceitou R$ 1,32 bilhão. A lista inclui companhias que administram terminais como os de Guarulhos, Brasília, Recife, Salvador e Porto Alegre. Três seguem em análise. Em nenhum deles está a suíça Floripa Airport. Pelo que demonstra, tudo vai bem no moderno terminal florianopolitano, tido como um dos melhores do país na avaliação de seus usuários.
Desconfiança
Apesar da oportuna iniciativa da Assembleia Legislativa imprimir e distribuir um manual com a nova legislação que altera o Código Estadual do Meio Ambiente, aprovado no final do ano passado e sancionado pelo governador Carlos Moisés, o Ministério Público já manifestou ao Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) sua preocupação com os impactos que poderão advir na permissão para que cada município defina as margens de preservação permanente em áreas urbanas de ocupação consolidada, sem necessidade de observância de metragens mínimas de distância dos cursos de água. Em resumo: o MP-SC não confia na “liberdade” dos prefeitos.
Mercado valorizado
O mercado imobiliário de SC vem se tornando, já há algum tempo, uma alternativa rentável para investir. A baixa nos juros para a aquisição de imóvel, aliada ao aumento da oferta de crédito imobiliário, tem disparado as vendas no Estado, principalmente em alguns pontos turísticos da região, como Itapema. De acordo com o índice FipeZap, é uma das 46 cidades que apresentou elevação no preço dos imóveis no balanço parcial até novembro, com preço médio de venda do metro quadrado chegando a R$ 8.743. É tida como um “fenômeno imobiliário”. Só no ano passado, na contramão da crise, cresceu mais de 10%.
Mais custos
Espanta a folga com que congressistas propõem projetos de lei sem medir seus custos. Um exemplo é o 3360/21, que obriga os condomínios residenciais e comerciais a instalarem guaritas com blindagem a prova de bala. Perguntar não ofende: será que o autor da proposta, o deputado federal Pedro Augusto Palareti (PSD-RJ), ouviu algum condomínio para assinar seu projeto?