Coronavírus começa a sangrar caixa do estado, que vê receitas caírem drasticamente
Coronavírus começa a sangrar caixa do estado, que vê receitas caírem drasticamente
- Por Raul Sartori
- 13/04/2020
- 13:00
Caixa
O caixa dos estados começa a arrefecer sangrado pela pandemia da covid-19. Na última conta da Fazenda catarinense consta que a receita de março foi R$ 200 milhões a menos, de R$ 2,6 bilhões para R$ 2,4 bilhões. De agora em diante a estimativa é uma perda mensal de R$ 100 milhões.
Odioso privilégio
Sabe-se agora, no momento em que anuncia medidas de economia, que o Tribunal de Contas de SC pagava até há poucos dias um famigerado “auxílio-garagem” aos seus já muito bem remunerados servidores. Custava R$ 109.880,36 mensais ao otário do contribuinte catarinense.
Fogo amigo
Requerimento aprovado quarta-feira da sema passada na Assembleia Legislativa, para ser enviado a Carlos Moisés, pede que o governador esclareça a forma como o deputado Valdir Cobalchini (MDB) foi escolhido para integrar o grupo de trabalho criado pelo Executivo para acompanhar as ações emergenciais implantadas pelo governo estadual no combate à covid-19.
Alento
A Federação das CDLs de SC considera “um alento” a liberação do comércio de rua pelo governador Carlos Moisés a partir de hoje, diante da situação dramática enfrentada, em especial, pelos empresários de micro e pequeno porte do setor, que representam a espinha dorsal da economia catarinense.
Presente santo
Catarinense de Nova Trento, o deputado federal Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC) foi ao Palácio da Alvorada, ontem, presentear o presidente Jair Bolsonaro com uma imagem de Santa Paulina, que viveu e trabalhou boa parte doe sua vida no município do Vale do Tijucas. A imagem viajou com o deputado à Itália em 2002 e foi abençoada pelo papa João Paulo II durante a cerimônia de canonização da santa.
Pênalti
O presidente da Federação Catarinense de Futebol, Rubens Angelotti, tem conversado muito com os demais colegas e a CBF por estes dias. Discute-se o retorno dos campeonatos estaduais em maio, mas sem público nos estádios. Os jogadores só entrariam em campo após exames que provem não estar infectados pelo novo coronavírus.
Socorro
A Britânia, através de sua fábrica em Joinville, que produz liquidificadores, batedeiras e ventiladores, iniciou a produção de hastes de aço, componente de máscaras de proteção à covid-19. O objetivo é produzir 50 mil unidades em menos em 10 dias, destinadas para profissionais da área de saúde.
Rei e rainha
Em 68 anos, a rainha Elizabeth, da Inglaterra, fez apenas cinco pronunciamentos na televisão para seus súditos. É o mesmo número dos proferidos pelo presidente Jair Bolsonaro. O último para defender a cloroquina no combate à covid-19, motivo de polêmica no mundo todo.
Golpe 1
Postagem do ex-governador Henrique Córdova, com o título “O discurso de um pigmeu”, vem tendo muita repercussão. Um extrato: “A agressiva ambição política de um homem, com características peculiares de personalidade e no exercício de importantes funções públicas, pode gerar uma crise institucional no Brasil, cujo desfecho levar-nos-á ao sacrifício do regime democrático e ao retorno das sórdidas práticas administrativas, com os saques ao Erário, ou a um conflito social de proporções e consequências catastróficas. O comportamento do governador de São Paulo, em plena e grave crise sanitária que avassala o País, somado ao ativismo político de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal e às investidas parlamentaristas do Congresso Nacional, que invadem as atribuições do Poder Executivo e, com o apoio de uma mídia apartada dos recursos públicos e da oposição política, prenunciam claramente um golpe de Estado”.
Golpe 2
Mais: “Querem defenestrar Jair Bolsonaro da Presidência da República, sem a menor consideração pela vontade majoritária do povo brasileiro. Para isso, recorrem a qualquer meio e a qualquer pretexto, por mais torpes e ridículos que sejam. Apegam-se a palavras eventualmente inadequadas do presidente, distorcem a realidade e mentem descaradamente. Tão descaradamente, que o povo repudia o que dizem, desconsidera seus gestos e despreza as suas ações, que, quando certas e úteis, não inspiram adesões e, ainda menos, reconhecimento”.