Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Rio Grande do Sul e SC poderão se tornar a “Venezuela do Sul”?

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Rio Grande do Sul e SC poderão se tornar a “Venezuela do Sul”?

Raul Sartori

Venezuela do Sul
Se forem confirmadas as previsões quanto à eleição presidencial argentina, o Rio Grande do Sul e SC poderão se tornar a “Venezuela do Sul”, o destino mais próximo para refugiados do vizinho país? Há gente já fazendo esta preocupante pergunta.

Na mídia
Carlos Moisés começa a despertar interesse na mídia nacional por algumas diferenças. Em extensa entrevista à Folha de S. Paulo, ontem, além de destacar ações distintas do governo federal, como taxar agrotóxicos, incentivar agricultura orgânica e ter uma abertura para a pauta de LGBTs e de grupos indígenas, o governador se orgulha em dizer que escolheu sozinho seu primeiro escalão, algo que “não existe no Brasil inteiro”.

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Banana
Na maior tranquilidade, e sem consultar os maiores interessados ou prejudicados, a maioria dos deputados estaduais estava se encaminhando para aprovar projeto de lei proibindo a pulverização aérea de lavouras em SC. Mas ficaram espantados com a presença de tantos bananicultores (3,4 mil famílias dependem da atividade no estado) nas galerias do Palácio Barriga Verde, que foi retirado de pauta por pedido de vista. É um exemplo da espantosa capacidade de nossos políticos legislarem dentro de gabinetes.

Mais e menos
Escreveu-se aqui, ontem, que algo não bate na devolução de R$ 223 milhões de “sobras” do duodécimo do Tribunal de Contas, enquanto o Executivo, que os recebeu, enfrenta dificuldades extremas para atender demandas básicas. O presidente do TCE, Adircélio de Moraes Ferreira Júnior, diz que a “lógica do duodécimo é dar condições para a independência e autonomia para os poderes exercerem suas competências constitucionais”. Mas se sobra tantos milhões, há tantos anos, porque não pedir a redução do repasse? Quem sabe, assim, o TJ, MP e Alesc fiquem encorajados e façam o mesmo?

Defesa pessoal
A Prefeitura de Florianópolis, que em meados do ano passou a oferecer um treinamento para mulheres se protegerem contra agressões, assaltos e estupros, não esperava tanto sucesso da iniciativa. De cara, 4.633 se inscreveram e, em três meses, cerca de 400 receberam o treinamento. Tem até dica de acessórios, como o spray de gengibre.

Calhamaço
Segue célere a CPI da Ponte Hercílio Luz na Assembleia Legislativa. Já tem 17 mil páginas de documentos. Mas não há como ela operar um milagre: restituir ao contribuinte catarinense uma pequena parte que fosse dos R$ 700 milhões desviados para o bolso de corruptos. Exemplo de indignação: o deputado estadual Jessé Lopes exibiu na tribuna uma simulação de implosão da ponte, que acaba de receber mais um aditivo de R$ 14 milhões.

Luz apagada
Informação do secretário executivo de Meio Ambiente do governo estadual, Felipe Assunção Alencar: havia quase 1,6 mil outorgas de pequenas centrais hidrelétricas (que tem zero de impacto ambiental) no início da atual gestão. Alguém sentava em cima delas, não raro criando dificuldades para obter facilidades. O Instituto de Meio Ambiente (IMA-SC) responde que apenas cumpre o regramento legal existente.

Conselho
Um leitor, negro, pede para a coluna não mais escreva o verbo denegrir, que no dicionário Aurélio significa “tornar negro”. Sugere sinônimos, como ofender e difamar. Feito.

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Candidato
Não faz nem um ano das eleições para governador e já se pensa na sucessão de Carlos Moisés. E já tem até pré-candidato postado. O primeiro da fila é Joares Ponticelli (Progressistas), prefeito de Tubarão, com todas as bênções do cacique Esperidião Amin. O problema que se coloca e pergunta: de agora em diante ele só vai ficar pensando naquilo?

Fila zerada
Em fato tido como inédito no Brasil, SC não tem mais, depois de décadas, adolescentes aguardando, na rua, por vagas de internação no atendimento do sistema socioeducativo. O resultado vem de parceria entre Ministério Público, TJ-SC e governo do estado, iniciada em 2018, quando tinha mais de mil adolescentes em conflito com a lei, do sexo masculino, esperando internação. Agora só falta mais afinco na melhoria do atendimento com programas de profissionalização e de acompanhamento.

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