Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Sem confiança no governo federal, SC reserva R$ 200 milhões para compra de vacina para Covid-19

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Sem confiança no governo federal, SC reserva R$ 200 milhões para compra de vacina para Covid-19

Raul Sartori

Vacina
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) não esperou o bombardeio vindo de fora e tornou público que tem disponíveis R$ 200 milhões para comprar vacinas contra o coronavírus, se o lento Ministério da Saúde continuar demorando para dar encaminhamento nacional à questão. Também tem a logística pronta, com 18 centros de distribuição e estudos para dobrar a mão de obra para aplicação nas 3.153 salas de vacina espalhadas pelo Estado. Que bom.

Diplomação
A 53a Zona Eleitoral, da comarca de São João Batista, dá um bom exemplo: agendou para o próximo dia 17 próximo, às 17 horas, o início da expedição dos diplomas, com sua disponibilização na internet, para os prefeitos e vereadores eleitos. A forma, simples, prática e sem custo nenhum, sem a pomposa cerimônia, deve-se à covid-19. Mas bem que poderia permanecer assim para sempre.

Geografia
Em 96 municípios brasileiros ainda não está definido quem será o prefeito a partir de 2021, por terem pendencias com a Justiça Eleitoral. Em SC estão Anita Garibaldi e Petrolândia. Mas, uma lista publicada pelo jornal “O Globo”, tendo como fonte o Tribunal Superior Eleitoral, diz também estarem “sob judice” os prefeitos eleitos em municípios de SC que não existem, como Pinheiro Machado, Putinga e Tiradentes do Sul. São todos gaúchos.

Trapaça
Mais uma performance do nosso Supremo Tribunal Federal. Apesar do que está mais que claro na Constituição (art. 57, § 4°), inicia hoje julgamento de ação que questiona a possibilidade de reeleição para a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado. Os inconfiáveis Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre não querem conhecer limites para se manter no poder.

Critica
O senador Esperidião Amin (PP-SC) inquiriu, bravo, o ministro da Saúde, Eduardo Pazzuello, em audiência remota, anteontem. Disse a ele lamentar que enquanto milhões de testes comprados pelo governo federal ainda não foram distribuídos, prefeituras de SC tiveram que adquirir kits de testagem “por preços quatro, cinco vezes superiores ao preço médio desses testes do ministério”.

Lembrança
O que o cantor baiano Gilberto Gil fez para Florianópolis para ser agraciado com o título de cidadão honorário, como querem alguns vereadores eleitos, que ainda não assumiram o cargo? Pelo contrário, deve ter lembranças amargas. Em julho de 1976, junto com Maria Bethânia e o grupo Doces Bárbaros, foi preso num hotel de Florianópolis, por porte e uso de maconha.

Primeira vez
Há bombeiros em ação, acenando bandeira branca, depois que autoridades interromperam uma missa, em que todas as medidas sanitárias estavam sendo seguidas, dia 28, em Botuverá. Muito indignado, o arcebispo metropolitano de Florianópolis, dom Wilson Tadeu Jönck, publicou uma nota dizendo que nos mais de 40 anos de sacerdócio isto nunca aconteceu – interromper uma missa – e que não consegue encontrar um motivo pela “implicância” . “Mas deve haver um”, provoca.

20 anos
Fez 20 anos, ontem, que o nosso Gustavo Kuerten ganhou a Masters Cup de 2000, em Lisboa, batendo Pete Sampras, o que o levou para o primeiro lugar no ranking mundial. Foi uma conquista tão memorável que se tornou, por lei aprovada no Congresso, Dia Nacional do Tênis, em sua homenagem. Em entrevistas que vem dando sobre o fato, lembra que aquela vitória ajudou a mudar o cenário do tênis no Brasil, com mais pessoas, de todas as classes sociais, começando a jogar, mas que faltou o dever de casa.

Matar
O deputado estadual Jessé Lopes (PSL) acusa, com certa razão, a mídia estadual de criminalizar a ação da polícia por destacar o crescimento de 17% no número de pessoas mortas pela PM-SC neste ano. Na tribuna, disse: “Matou pouco, deveria matar muito mais; a PM tem de parar de investir em tablete, câmera e investir em armas longas, como a .50”. Deixou colegas de orelha em pé.

Formalidade burra
O apego à formalidade e burocracia ainda prosperam no serviço público, lamentavelmente. Demonstração disso apareceu em ação que chegou ao TJ-SC na qual um pai não conseguia resgatar veículo do filho, apreendido em blitz e levado para galpão de órgão de trânsito. O rapaz, que cumpre pena privativa de liberdade em presídio, não podia comparecer na repartição pública para resolver a situação, mas deu procuração a seu pai. Apesar de ter toda a documentação regularizada, o pedido foi negado, pela ausência do famigerado reconhecimento de firma na assinatura do jovem.

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