Reajuste em medicamentos chega às farmácias de Brusque
Governo autorizou aumento nos preços de remédios em até 7,70%
Governo autorizou aumento nos preços de remédios em até 7,70%
Desde o dia 1º de abril os medicamentos ficaram mais caros nas prateleiras das farmácias. O reajuste autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento (Cmed) vai até 7,7%, enquanto que no passado não ultrapassou 5,68%. Em Brusque, vários estabelecimentos já trocaram os preços nas etiquetas, em alguns casos, até mesmo acima de 10%.
A Cmed é vinculada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e fixa anualmente os novos valores dos remédios em todo o país. São considerados no cálculo a inflação dos últimos 12 meses, que foi de 7,7%, a produtividade da indústria farmacêutica, a variação de custos dos insumos e a concorrência dentro do setor.
Os reajustes autorizados pela comissão são divididos em três categorias. Os fármacos com baixa concorrência tiveram acréscimo de 5%, os de média, 6,35%, e os de alta concorrência, 7,7%. Remédios de alta tecnologia, como o Ritalina – para déficit de atenção -, tem pouca competição no mercado, enquanto aqueles mais comuns, como genéricos, têm alta disputa e por isso ficaram 7,7% mais caros. Em 2014, a Cmed havia autorizado reajustes de 1,02% a 5,58%.
Na farmácia Brusque, os preços já foram reajustados nas prateleiras, conta a farmacêutica Flávia Santana. Os valores foram revistos no primeiro dia de vigência da nova tabela autorizada pela Cmed. A lista contém milhares de medicamentos, mas alguns não estão lá e podem ser precificados livremente. Em alguns casos, diz Flávia, houve aumentos maiores, de até 15%.
César Amaral, proprietário da farmácia Bom Preço, explica que no estabelecimento dele também já está tudo de acordo com os novos valores, que foram repassados pelos fornecedores. “Os medicamentos de uso contínuo têm menor aumento. Remédios para pressão, colesterol, diabetes são exemplos”, diz. Estes foram enquadrados na faixa dos 5,68%.
É nesta categoria de medicamentos que estão os pacientes que mais sentem a subida de preços, na visão de Amaral. Como estes clientes compram periodicamente os remédios, qualquer variação afeta o orçamento familiar.
Na farmácia Prosaúde, nem todos os medicamentos já tiveram seus preços revistos. O farmacêutico Rafael Marchi afirma que são muitos itens e ainda vai levar cerca de dez dias para conseguir mudar tudo.