Real Brusquense vence River nos pênaltis e conquista a 2ª Divisão do Amador de Brusque

Goleiro Severino defendeu dois pênaltis e garantiu a taça para a equipe

Real Brusquense vence River nos pênaltis e conquista a 2ª Divisão do Amador de Brusque

Goleiro Severino defendeu dois pênaltis e garantiu a taça para a equipe

Em um jogo com tempos bastante distintos e muita garra, o Real Brusquense se sagrou campeão da 2ª divisão do Campeonato Municipal de Futebol Amador de Brusque – Taça Vidraçaria Azaléia neste sábado, 15.

O Real ergueu a taça após vencer nos pênaltis o River Plate Azambuja em partida realizada no estádio Augusto Bauer, às 17h15. O técnico Fio comemorou muito a conquista.

“A gente fez um projeto e dentro dele houve algumas falhas e vários acertos. Porém, o que foi projetado aconteceu porque a gente queria esse título. É o nosso primeiro ano no Amador. A gente tira de exemplo o Angelina, que no ano passado tinha estrutura, campo, e foi campeão da segunda divisão”, disse.

O treinador contou que foram gastos mais de R$ 6 mil em aluguel de campo e outros custos para jogar o Amador. Ele destacou a união do time para chegar à conquista.

Intensidade
O Real começou superior e foi senhor do primeiro tempo. O River pouco conseguiu criar e se segurou como pôde.

A partida iniciou nervosa, mas logo aos 5 minutos o Real levou perigo em uma cobrança de escanteio. A equipe dominou o meio de campo e sufocou o River, que conseguia sair só em contra-ataques esporádicos.

Um deles aconteceu aos 7 minutos e resultou em uma falta. Na cobrança, a zaga do Real afastou a bola. Três minutos depois foi a vez do River ver a bola quase entrar em sua meta após um tiro livre.

Até os 15 minutos do primeiro tempo, o cenário continuou o mesmo: Real com mais posse de bola e ousado, River acuado e errando muito.

O ataque do Real era puxado quase sempre pelo lado direito. O atacante Luiz Varela, que vestia a 11, recebeu várias bolas esticadas no costado da zaga e levou perigo.

Além dele, o 19, Zanluca, também teve papel destacado no meio-campo. Junto com o 2, Maycon, ele encostou em Varela e criou boas chances. Mas faltou qualidade técnica à equipe para meter a pelota na rede.

Aos 17 minutos, o Real teve uma ótima chance de tirar o zero do placar. Após bela jogada tramada pela direita, a bola sobrou para o arremate da entrada da área, mas a defesa afastou.

Aos 23 minutos, o camisa 8, Alan, costurou pelo meio de campo e caiu dentro da área. Houve quem pedisse pênalti, mas o árbitro mandou o jogo seguir.

O River só foi levar algum perigo à meta de Severino aos 32, novamente, em uma bola parada. O arqueiro defendeu sem grande problema.

Muitas faltas
Com o 0 a 0 no placar e a torcida participativa, os jogadores entraram nervosos para o segundo tempo. Os primeiros minutos foram de um jogo pegado, com faltas bobas e até duras.

O Augusto Bauer é um campo grande para os padrões do futebol amador. Isso impactou claramente na parte física das duas equipes, que começaram a substituir os atletas para tentar manter o ritmo da primeira etapa.

Mas o segundo tempo foi bastante diferente do primeiro, que havia sido intenso e com chances de gol. O nível técnico caiu, assim como a temperatura no estádio.

O River conseguiu deixar o jogo mais igual durante grande parte do tempo. O camisa 7, Derval, fez bons dribles pelo meio e tentou alimentar o ataque, mas sem efetividade suficiente.

Com os jogadores cansados e o tempo a se esgotar, o jogo ficou ainda mais morno. As duas equipes esperavam pelos pênaltis para decidir quem sairia consagrado.

River comemorou o vice-campeonato | Foto: Marcos Borges

Gol irregular
Quando o jogo dava mostras de que ficaria num 0 a 0 decepcionante para uma grande final, o River surpreendeu. Em um lance muito rápido, já perto dos 40 minutos, o atacante recebeu em boa posição, na ponta direita da grande área, e bateu para o fundo das redes.

A festa foi grande entre os jogadores e a torcida. Era a redenção para o time, mas o assistente assinalou o impedimento para indignação do banco de reservas.

Depois não teve mais surpresas e o jogo terminou como começou: 0 a 0.

Consagração
O sábado ficará para sempre marcado na memória do goleiro Severino, do Real Brusquense. Ele pegou nada menos que duas cobranças e foi o principal responsável para o título.

O camisa 15 do River, William, bateu a primeira penalidade, que foi defendida por Severino. Pelo lado do Real, o lateral-direito Maycon chutou por cima da trave na série de cinco, que terminou 4 a 4.

O camisa 21, Paulo, bateu e converteu nas alternadas. Na sequência, o zagueiro Wilton chutou para a defesa de Severino, que sacramentou a glória do Real Brusquense, o estreante que já entrou para a história.

Campeonato Municipal de Futebol Amador – Taça Vidraçaria Azaléia
Final
Sábado, 15 de junho de 2019
Estádio Augusto Bauer, Centro

Real Brusquense: Severino; Eron, Domingos, Charles (Dener, intervalo, depois saiu para Marcio Santigo 44’-2ºt), Maycon, Rodolfo; Zanluca (Paulo Silva 36’-2ºt), Santana (David 28’-2ºt), Neném (Jailson Santos 10’-2ºt); Alan (Luís Hellt 25’-2ºt) e Varela (Jonata Araldi 18’-2ºt).

River Plate: Rafael, Manoel, Diego, Wilton, William, Índio; Derval, Carneirinho, Richard (Lyssandro 9’-2ºt), Nilson (William Gomes 16’-2ºt) e Tito (Lucas 35’-2ºt, que saiu para Wellington 44’-2ºt).

Trio de arbitragem: Nuno Kühn, auxiliado por Jonatas Diego Casas e Luis Gustavo Boscariol

Cartões amarelos: Charles, Jailson Santos e Carneirinho

Pênaltis:
Real Brusquense: Luís Hellt (Gol), Jailson Santos (Gol), David (Gol), Maycon (X), Eron (Gol), Rodolfo (Gol) e Paulo Silva (Gol)

River Plate: William Gomes (X), Índio (Gol), William (Gol), Carneirinho (Gol), Derval (Gol), Lyssandro (Gol) e Wilton (X)

Colabore com o município
Envie sua sugestão de pauta, informação ou denúncia para Redação colabore-municipio
Artigo anterior
Próximo artigo