Reitora da Unifebe, Rosemari Glatz lançará livro sobre a vida do Cônsul Carlos Renaux

Autora conta um pouco sobre a obra, que integra a programação dos 160 anos de nascimento do Cônsul

Reitora da Unifebe, Rosemari Glatz lançará livro sobre a vida do Cônsul Carlos Renaux

Autora conta um pouco sobre a obra, que integra a programação dos 160 anos de nascimento do Cônsul

A reitora da Unifebe e colunista do jornal O Município, professora Rosemari Glatz, lançará o novo livro “Política, Poder e Fortuna: Nuances da vida do Cônsul Carlos Renaux”. A obra integra a programação dos 160 anos de nascimento de Carlos Renaux, comemorados nesta sexta-feira, 11.

A escrita é o resultado de cinco anos de pesquisas feitas pela reitora com base que na vida e obra do Cônsul Carlos Renaux, tanto no Brasil, quanto na Alemanha. Além de oito anos dedicados a pesquisas sobre a imigração alemã para os vales do Itajaí e Itajaí-Mirim.

O livro será lançado no dia 10 de março, às 19h30, no Auditório do Bloco da Saúde (Bloco F) da Unifebe. A obra custará R$ 50 e pode ser adquirida a partir do dia 11 de março nas principais livrarias de Brusque.

Reprodução

Obra

Segundo Rosemari, a vida de Cônsul Carlos Renaux, sob a perspectiva da política, do poder e também da fortuna dele, a inspiraram a escrever, pela primeira vez, uma história baseada em fatos reais. Portanto, que mistura de ficção com realidade histórica.

“Estou ‘estreando’ neste segmento. Mas o resultado foi um ‘livro de cabeceira’, de leitura leve, que motiva o leitor a continuar a leitura. Mas antecipo que este livro foi escrito para o público adulto, e contém algumas ‘passagens mais ousadas'”, conta Rosemari.

Sob a ótica da autora, Brusque e região, assim como Santa Catarina e o Brasil, mereciam que esta história fosse escrita.

“A sociedade fazia jus a uma resposta acerca de como Renaux se tornou o homem que foi, e o que fez para que Brusque não conseguisse se ver sem o Cônsul Carlos Renaux.  E coube a mim essa missão. É minha contribuição literária para a imortalização de um dos sábios pioneiros da nossa cidade. As pessoas precisam conhecer a história da nossa cidade, ela precisa ser ensinada às crianças e jovens e, nada melhor do que um livro para deixar essa rica história imortalizada”, diz.

Ao descrever o livro, a autora afirma que guerras, casamentos, infidelidade, mortes, negócios e política se misturam numa tentativa de capturar o espírito e as condições sociais da época.

“A cada fato revelado por meio de muita pesquisa sobre a vida deste grande homem fez com que a minha imaginação sobre os tempos passados, paisagens, perfumes e sabores ficasse tão nítida, ao ponto de revivê-las emocionalmente e transcrevê-las nesta obra escrita no estilo autobiográfico”, relata.

Arquivo pessoal

Pesquisas

A escrita da parte específica, familiar, foi subsidiada por inúmeras fontes primárias. Dados originais, documentos oficiais de instituições governamentais, jornais da época, documentos pessoais, cartas, fotografias, bilhetes, postais, relatórios, cartões, anotações, são exemplos do acervo que fundamentaram a produção literária.

As fontes primárias integram o acervo do Arquivo Histórico da Indústria Têxtil Catarinense, do Centro Universitário de Brusque (Unifebe). Fontes secundárias também foram utilizadas como mananciais de informação.

“Além das pesquisas documentais, eu aprofundei minhas pesquisas “in loco”. Em 2017, fui conhecer a mansão que pertenceu ao Cônsul Carlos Renaux e onde ele e sua terceira esposa, a consulesa Goucki, viveram entre os anos de 1922 e 1935, período em que ele desempenhou a função de Cônsul Honorário do Brasil em Baden-Baden, no estado de Baden-Württemberg, Alemanha”, complementa.

“O resultado disso tudo é o livro ‘Política, Poder e Fortuna: Nuances da vida do Cônsul Carlos Renaux’, uma história atrativa baseada em fatos reais, que se apresenta com escrita fluída, culta e refinada, um trabalho intelectual pioneiro e inédito, com o qual presenteio o leitor”, conclui.

Arquivo pessoal

Legado

Karl Christian Renaux, filho de Johann Ludwig Renaux e de Christina Sophie Ludin Renaux, nasceu em 11 de março de 1862, em Loerrach, no Grão-ducado de Baden, Alemanha. Em setembro de 1882, com 20 anos de idade, chegou ao Brasil, tendo como primeira parada o Rio de Janeiro. De lá, seguiu para Santa Catarina, com destino a Blumenau. Foi no mesmo município, que em 1884, Carlos Renaux se casou com Selma Wagner, com quem teve onze filhos.

Foi o perfil empreendedor de Carlos Renaux que o impulsionou a vir para a Villa de São Luiz Gonzaga (Brusque), e iniciar seu trabalho em um pequeno comércio de exportação de produtos coloniais. Após anos atuando como comerciante em Brusque, em 11 de março de 1892, ao completar 30 anos de idade, em sociedade com Paul Hoepcke e Augusto Klapoth, e motivado pelos tecelões poloneses, vindos de Lodz, dá início às atividades da Fábrica de Tecidos Renaux.

Pioneirismo

O pioneirismo da fábrica em ser a primeira indústria a instalar uma fiação em Santa Catarina, foi, anos mais tarde, inspiração para o padre e cientista Raulino Reitz criar o slogan do Centenário da cidade como: “Brusque, Berço da Fiação Catarinense”.

Além dos feitos empresariais, na vida política, foi o primeiro Intendente Municipal (atual cargo de prefeito) da época republicana, e exerceu a função em três períodos. Foi eleito deputado da primeira Constituinte Republicana Estadual, marcando, para sempre, o seu nome na política catarinense ao assinar a primeira Constituição do Estado de Santa Catarina, promulgada em 1º de junho de 1891.

Em 1922, durante a permanência na Europa, passou a exercer a função de Cônsul Honorário do Brasil para o Consulado em Baden-Baden, na Alemanha. A partir de então passou a usar, oficialmente, o título que até hoje é conhecido em Brusque.

Carlos Renaux faleceu no dia 28 de janeiro de 1945, em Brusque,  onde deixou um importante legado, emprestando o nome para designar vias públicas, colégio, estádio de futebol e hospitais.

Acervo Cônsul Carlos Renaux

Autora

Rosemari Glatz é escritora, pesquisadora, reitora, professora universitária e funcionária pública federal aposentada. Nasceu em Taió, Alto Vale do Itajaí (SC), é neta e filha de comerciantes. Brusquense de coração, em 2020 recebeu o título de Cidadã Honorária de Brusque.

Rosemari tem se destacado por suas publicações em livros e jornais, e este livro é a sua estreia neste segmento, onde a autora apresenta uma mistura de ficção com realidade histórica baseada em fatos reais.

Professora universitária desde 1997 no Centro Universitário de Brusque – Unifebe, atuou em cursos de graduação e pós-graduação e ali foi assessora da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura. Coordenou o Grupo de Pesquisa, História, Memória e Patrimônio Cultural (CNPq).  Presidiu o Conselho Editorial da Editora da Unifebe. Desde abril de 2019, Rosemari Glatz é Reitora, Presidente dos Conselhos Universitário e Administrativo do Centro Universitário de Brusque (Unifebe), e Presidente da Fundação Educacional de Brusque (Febe).

Vida pública

Funcionária pública aposentada pela Receita Federal do Brasil, também trabalhou na Prefeitura Municipal de Taió e na Exatoria Estadual de Santa Catarina. Foi Chefe da Agência da Receita Federal em Brusque entre abril de 2009 e fevereiro de 2018, quando se aposentou do serviço público.

Mestre em Administração, há alguns anos descobriu sua grande paixão pela história e desde então vem se dedicando à pesquisa e à escrita, principalmente aos temas relacionados à educação, turismo regional e imigração alemã e polonesa para os vales do Itajaí e Itajaí-Mirim. É considerada uma autoridade no que se refere a imigração alemã e polonesa para Brusque e cidades do entorno.

Foi diplomada com o título Ad Immortalitatem, como titular da Cadeira Perpétua número 02, da Academia de Letras do Brasil do Estado de Santa Catarina – Seccional Guabiruba (ALEG).

No seu canal do Youtube, Rosemari compartilha suas pesquisas históricas de ontem, de hoje e as expectativas do que está por vir.


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