Responsável por rifa beneficente diz que entregará o valor após comprovante da compra da prótese

Marcelino Barth afirma que o dinheiro está guardado e que não tem intenção de ficar com ele

Responsável por rifa beneficente diz que entregará o valor após comprovante da compra da prótese

Marcelino Barth afirma que o dinheiro está guardado e que não tem intenção de ficar com ele

Após O Município noticiar o caso da rifa beneficente para angariação de fundos para compra de perna mecânica para Patricia Smanioti, o responsável pela ação em prol da jovem, Marcelino Braz Barth, entrou em contato para informar a sua versão da história. A rifa foi realizada para arrecadar fundos para compra de prótese de Patricia, após ter a perna amputada em um acidente de carro no qual Barth era o motorista.

Barth alega que ainda não entregou o dinheiro para Patricia pois está esperando um comprovante com o valor que foi pago na prótese. Ele disse não ter certeza do valor que foi pago.

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“A princípio me informaram que a perna custaria entre R$ 20 mil a R$ 25 mil. Passados alguns dias a mãe dela comunicou alguém da minha família e disse que a perna custaria R$ 39,9 mil. Depois com o decorrer da rifa me passaram R$ 36,6 mil e no jornal foi divulgado R$ 35,9 mil”, explica.

Com isso, ele afirma que precisou alterar o valor da venda do bilhete da rifa para arrecadar mais dinheiro. Barth disse que ele e os pais de Patricia concordaram verbalmente de que o dinheiro seria entregue apenas com a comprovação da compra.

Ele afirmou que a jovem não passou nenhum orçamento a ele e que não sabe se ela entrou em contato com outras empresas para procurar outros orçamentos. Ele foi além e garantiu que não foi acordado que o dinheiro restante seria destinado para gastos médicos.

“Que me preste contas também, porque eu vou estar entregando esse dinheiro para ela e eu não sei com o que ela tá gastando, se ela pagou tudo isso na perna”, afirma Barth.

No entanto, o advogado da jovem, Luiz Antônio Vogel Junior informou que essas afirmações são falsas. “Todo valor arrecadado era para ela. Não cabe a ele julgar se ele vai repassar ou não”, explicou. “Em momento algum ela aceitou fazer a rifa com nome e imagem dela, se o dinheiro não fosse todo revertido para ela”, complementa.

O dinheiro
Dos 500 blocos, 418 foram vendidos por completo e cinco parcialmente. Outros 67 não foram vendidos e dez não foram devolvidos. A arrecadação foi de R$ 41.940, sendo que deste valor R$ 7 mil eram destinados para a premiação e outros R$ 850 para fabricação das rifas. Com isso, o valor líquido é de R$ 34.090, dos quais R$ 24,9 mil estavam com Patricia, que vendeu 249 blocos.

Barth garantiu que os R$ 9,19 mil estão em sua posse e que ele não tem intenção alguma de ficar com a quantia. “Se for preciso eu vou lá e faço um depósito judicial e fica para ela a juízo. A hora que o juiz declarar que é dela, é dela.”

Documentos de prestação de contas da rifa foram registrados em cartório/Foto: Eliz Haacke

Outras acusações
Quando questionado do porque não entrou em contato com Patricia para pedir o comprovante, Barth afirmou que não tem contato com os familiares dela e que como os pais são vizinhos, poderiam ter conversado.

Ele também alega que os pais dela sabiam onde ele trabalha e que poderiam ter procurado por ele na empresa. “Estão falando que eu sou foragido, mas estou na empresa todos os dias.”

O advogado de Patricia disse que a família acobertou Barth e não informou onde ele estava. “Ele só veio a tona agora depois da reportagem.”

Em relação à cobrança dos valores, Barth disse que o namorado de Patricia foi no dia 21 de dezembro, um dia antes do sorteio da rifa, até a casa dos pais dele para pedir o dinheiro. Barth informou que a jovem só teria a perna mecânica por meados de março e só então ele entregaria o dinheiro a ela.

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Segundo Vogel, os familiares cobraram o dinheiro várias vezes e no acordo foi decidido que o valor seria entregue para ela antes do sorteio.

Referente ao dinheiro que ele pediu às empresas, Barth garantiu que o valor doado foi revertido em bilhetes da rifa e entregue aos responsáveis.

“Isso é o que ele está falando. Como ele não prestou contas, a gente desconfia que ele ficou com esse dinheiro também”, diz Vogel.

Barth informou que pretende entrar em contato com Patricia para pedir o comprovante e entregar o dinheiro a ela. Ele disse que vai procurá-la para prestar contas do valor arrecadado.

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