Rodovia Antônio Heil é classificada como ruim em pesquisa da CNT

Metodologia levou em conta itens como pavimentação, sinalização e traçado da via

Rodovia Antônio Heil é classificada como ruim em pesquisa da CNT

Metodologia levou em conta itens como pavimentação, sinalização e traçado da via

A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou nesta semana a sua 21ª pesquisa sobre a situação das rodovias brasileiras. A avaliação destaca que, em Santa Catarina, 63,7% da extensão avaliada apresenta algum tipo de problema, enquanto 36,3% foram classificadas como boas ou ótimas.

A CNT avaliou o estado geral das rodovias, e também conferiu notas em relação ao pavimento, a sinalização e a geometria (traçado da via). Foram percorridos 3.249 quilômetros no estado.

Da região de Brusque, a rodovia Antônio Heil (SC-486) foi a única avaliada, e foi classificada como ruim.

A nota da rodovia, que passa por obras de duplicação, caiu do ano passado para cá, pois em 2016 seu estado geral havia sido avaliado como regular.

Na avaliação deste ano, a Antônio Heil foi classificada como ruim em três critérios: estado geral, pavimentação e sinalização, e como regular no quesito geometria.

Apesar do avanço das obras de duplicação, a CNT apontou que o estado da pavimentação da rodovia, que foi avaliado como bom em 2016, piorou em 2017.

No quesito sinalização também houve piora. A CNT levou em conta a presença, a visibilidade e a legibilidade de placas ao longo da rodovia, além da situação das faixas centrais e laterais.

Em Santa Catarina, conforme o relatório, ao se analisar os trechos onde foi possível a identificação visual de placas, 24,3% estavam desgastadas ou totalmente ilegíveis.

A geometria da rodovia Antônio Heil foi o único quesito em que se obteve uma avaliação considerada regular. Nesse critério, a CNT leva em consideração o tipo de pista (simples ou dupla), a presença de faixa adicional, de pontes, viadutos, curvas perigosas e as condições de acostamento.

Necessidade de investimentos

O relatório da Confederação Nacional dos Transportes também traz um cálculo relacionado às necessidades de investimento para melhoria das condições viárias de Santa Catarina.

Conforme a CNT, o acréscimo do custo operacional devido às más condições do pavimento chega a 28,3% no transporte rodoviário de Santa Catarina.

Na avaliação da confederação, apenas para as ações emergenciais de reconstrução e restauração das rodovias, com a implementação de sinalização adequada, estima-se que é necessário R$ 1,3 bilhão.

Já para a manutenção dos trechos classificados como desgastados, o custo estimado é de R$ 353,5 milhões.

“Depois de atravessar a pior recessão de sua história, o Brasil precisa consolidar o processo de recuperação econômica”, diz, em nota, o presidente da CNT, Clésio Andrade. “A expansão dos investimentos em infraestrutura é o caminho mais rápido e seguro para alcançarmos um novo ciclo de desenvolvimento sustentável”.

Avaliações semelhantes da Fiesc

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) realizou, no fim do ano passado, estudo semelhante ao da CNT.

Nesse estudo, a entidade constatou que as intervenções paliativas que são realizadas pelo governo do estado, como as operações tapa-buracos e roçadas, não são insuficientes para melhorar a situação e a segurança de estradas.

Conforme o levantamento, o mau estado de conservação das rodovias resulta no acréscimo do consumo de combustíveis (em até 58%), no aumento no custo operacional dos veículos (em até 40%), na elevação do índice de acidentes (em até 50%) e no acréscimo no tempo de viagem (em até 100%).

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