Reformulando
A diretoria do Brusque tem uma filosofia interessante para montar o time para a temporada 2021, que começa daqui a pouco mais de um mês. Montar um elenco “menor” para o Estadual e ampliar o investimento depois, próximo da Série B, parece ser uma boa, ainda que necessariamente isso não queira dizer que o time vá ao mercado já.
Dois jogadores que estão próximos de acertar com o clube são o zagueiro Sandro, ex-Criciúma, Joinville, Figueirense e Ceará, e o goleiro Dalberson, que disputou a última Série D pelo JEC e que viria com contrato até o meio do ano. Espere uma reformulação considerável. Cinco jogadores foram liberados nesta semana, sendo um titular (João Carlos). Significa dizer que o time irá ao mercado atrás de lateral-direito, já que conta apenas com Edilson para a função, e ele tem jogado as últimas partidas como ponta.
A Série B é outro mundo. São 38 rodadas e longos deslocamentos. Você pode ter que ir de São Luis a Pelotas em um curto espaço de tempo, jogando terça a noite, sexta a tarde ou no sábado. Isso exige um elenco maior, mas também a realidade financeira é outra, já que a CBF colocará mais ou menos R$ 6 milhões no caixa do clube, fazendo com que o Bruscão tenha um orçamento que jamais teve. Tem que saber gastar bem.
A presença na Série B, por si só, vai atrair a atenção do país, que intensifica a cobertura diária do Brusque. Logo, o time entra no catarinense com a obrigação de, pelo menos chegar, entre os quatro melhores. O time vai preservar alguns jogadores, mas vai ter que passar por mudanças. Seja por causa do mercado que vem atrás de alguém ou pela necessidade de mudar algumas peças que precisam ser trocadas devido ao aumento de exigência. O Whatsapp da turma do futebol não tá parando.
Fora da final
O Brusque não fez bom jogo contra o Santa Cruz e acabou ficando de fora da decisão da Série C. Aliás, com a vitória do Vila Nova sobre o Ituano, o time só iria para a final se vencesse o Santa. A pena é que, caso o Brusque fosse para a final contra o Remo, teria boa chance de título.
Carlos Renaux
Com um sonoro 11 a 0 sobre o Orleans, o Carlos Renaux fez a sua parte e conquistou o acesso para a segundona de SC neste ano, que deve iniciar em maio. Um jogo fácil que coroa o trabalho do clube, que montou o time com o firme objetivo de conquistar o acesso. A diretoria tomou uma decisão arriscada ao trocar o técnico a dois jogos do final da fase de classificação, mas acabou dando certo. Ouvi muita reclamação de que o ex-treinador Schwenck era muito nome e pouca bola nos treinos. O jovem Luizão, cria da casa, é um cara que estuda muito o jogo e fez jogadores como Maiquinho saírem do banco para brilhar. Agora é planejar a segundona. Quem sabe o time não voltará a enfrentar o Brusque em 2022.
Nível
O jogo foi fácil para o Carlos Renaux, mas é inconcebível que, em um campeonato profissional, um time seja tão fraco a ponto de tomar 11 gols. O Orleans foi o saco de pancada do campeonato, tomando uma goleada atrás da outra. Não sei o que aconteceu lá, mas a montagem do time foi mal feita. Outra curiosidade aconteceu com o time do Porto, de Porto União: o clube simplesmente escalou um goleiro usando o nome de outro na súmula. Tentou passar despercebido, mas será julgado no tribunal por isso. Foi irresponsável, fez algo inimaginável em futebol profissional e ainda furou o protocolo de Covid.
Camisas
Não é novidade que as camisas do Brusque venderam muito neste ano. Até poderia ter vendido mais, se não tivesse enfrentado alguns problemas de distribuição durante o ano. Uma loja procurada pela coluna informou que simplesmente triplicou a venda de camisas em 2020. A tendência é que o clube troque de fornecedor para 2021. Há grande chance do Bruscão ter uma marca própria, fabricada por uma empresa que pretende até fazer uma loja oficial.