Rodrigo Santos

Jornalista esportivo - [email protected]

Um inimigo chamado desgaste

Rodrigo Santos

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Um inimigo chamado desgaste

Rodrigo Santos

Quando o Brusque fez 3 a 0 sobre o Marcílio Dias, em um ritmo avassalador, com 27 minutos do primeiro tempo, muita gente já estava pensando em goleada ou em uma vitória tranquila. Não foi o que aconteceu: o time começou a perder perna, cedeu um gol no primeiro tempo, outro no segundo, e só não tomou o empate por cauda de uma bola na trave. Era claro que o desgaste pegou e o time “morreu” nos vinte minutos finais. Pior: as opções no banco de reservas eram poucas, dando problemas para Waguinho Dias. Ainda bem que deu tudo certo e a vitória veio.

Depois do jogo, o treinador não escondeu sua preocupação. A maratona de jogos e viagens, combinada com um time que começou a treinar há um mês começa a cobrar a conta, e a falta de um elenco maior piora a situação. Se não vejamos: hoje, o time tem em Crislan o único nove de referência, já que Guilherme ainda vai levar um tempo para entrar em forma. Aí ele machucou, vai ficar mais duas semanas fora, e não tem reposição (Waguinho garantiu que a diretoria vai trazer um outro atacante nos próximos dias). Além disso, Diego Jardel e Fernandinho não aguentam um jogo inteiro, e o treinador prefere não arriscar com Pedoca ou Jonatha. Esse cobertor curto vai criando dúvidas e mais dúvidas para a sequência, onde o Brusque joga amanhã em Chapecó e quarta em casa contra o Avaí.

Inevitavelmente será necessário “rodar” algumas posições do time, antes que algum jogador tenha lesão e fique de fora por um tempo maior. O problema é que não há muito o que fazer. Diego Mathias é mais uma baixa, tendo mal-estar após o jogo de quarta. Alex Ruan tem quadro de gripe e parou no hospital. Hoje não há reserva para a lateral-esquerda, e a opção de meio campo se resume a Trindade. Isso que nem chegamos na metade da fase de classificação.

Futebol à parte, e isso dá assunto pra mais uma coluna inteira, está complicado para o Brusque lidar com o desgaste. Se houvesse uma semana entre um jogo e outro, combinando com um time inteiro, o cenário seria outro e a cobrança também. Mas no cenário atual, é rezar pro time jogar bem e ninguém acabar “estourando”.

Estádio

A agonia do torcedor do Brusque para saber se o leilão do Centro Esportivo do Sesi vai dar certo foi empurrada por mais duas semanas no mínimo. O processo foi adiado porque esqueceram que o ginásio do Sesi, que não entrará na venda, precisa de um pedaço de área para acesso. O tempo vai passando e a incerteza aumentando. Ontem a CBF divulgou a tabela da Série B e o Brusque estreará contra o Guarani em campo neutro, por causa da perda de mando no caso Celsinho. A estreia em casa será na quarta rodada. A contagem do tempo começou.

Camisa

Muitos torcedores perguntam porque o Brusque só joga com a camisa preta no campeonato catarinense. A explicação é simples: a empresa que fabricava os uniformes do Brusque apenas tem as peças pretas em estoque, não fabricando mais as brancas ou amarelas. Enquanto o novo fornecedor, a Tolledo Sports, não assumir a produção das camisas, o jeito vai ser se virar com o que tem. A interrupção do contrato da marca BFC 87 criou uma grande dor de cabeça para o clube.

Vôlei

E hoje é a estreia em casa do Moda Brusque Vôlei na Superliga B, contra Blumenau, na Arena. Um jogo que promete ser difícil. O técnico Maurício Thomas alerta que o time blumenauense fez sete contratações e é bem diferente daquele que disputou o Estadual e os Jogos Abertos. Com duas vitórias por 3 a 0 fora de casa, o time conta com o apoio da torcida para se manter na liderança da competição. Mesmo com o bom desempenho, o técnico brusquense é pé no chão: a meta do time é se manter na Superliga B e ganhar corpo e estrutura.

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