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Saiba como estão as obras da ETA Cristalina em Brusque

Terraplanagem do terreno deve ser concluída até o fim do ano

O serviço de terraplanagem do terreno que irá abrigar a Estação de Tratamento de Água (ETA) está quase 60% concluída. De acordo com o diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Luciano Camargo, ele deve ser finalizado até dezembro.

Luciano explica que a obra está dentro do prazo estabelecido com a empresa Terrabase no início do ano. Em 2020, por conta de vários problemas, ele aponta que a obra não rendeu. Contudo, Luciano afirma que a obra flui muito bem neste ano.

Ele aponta que pode ter algum atraso no final do serviço, como complicações geradas pelo tempo. Por exemplo, nenhuma intervenção é feita na terraplanagem em dias chuvosos. “Como as chuvas na última semana, que não conseguiram trabalhar na obra”, detalha.

Segundo ele, mesmo com imprevistos, a empresa trabalha diariamente com todo o potencial. “A execução do gabião está quase 60% concluída, a parte da drenagem está bastante avançada. Só mesmo a escavação, que está na parte dos 40%, que nós acreditamos que seja concluída até o fim do ano’, completa.

Construção da ETA

Luciano conta que o Samae já está com o projeto de construção da estação em mãos. Segundo ele, o valor do investimento é constantemente atualizado e atualmente está em cerca de R$ 55 milhões. Este valor é para a obra totalmente pronta.

“Seria para a produção de 400 litros [de água] por segundo, que hoje não tem essa necessidade. Então ela pode ser feita de forma parcial, construindo o modo primeiro para 200 litros por segundo. Com isso, deve cair um percentual grande da obra”, contra

Luciano detalha que a prefeitura busca fazer o financiamento da obra e está em contato com instituições financeiras. A expectativa é que a construção comece no início de 2022, com prazo previsto de 36 meses para ser finalizada. Portanto, a previsão é que a ETA da Cristalina fique pronta até 2025.

Samae de Brusque/Divulgação

Vereador aponta denúncias de irregularidades

Em sessão ordinária de 21 de setembro, o vereador Valdir Hinselmann (PL) falou sobre a supressão de áreas verdes e o assoreamento de um ribeirão no entorno das obras de construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) da Cristalina.

“Tivemos denúncias de que começaram a aterrar o ribeirão. Foi tubulado desde onde está a estação velha, tubularam ela toda. A gente vê que ali deve ser área de APP [área de preservação permanente] e hoje está dessa forma”, conta.

Na ocasião, o vereador perguntou qual é a autorização para aterrar o local, se a estação fica em cima do morro. Na sequência, o vereador Nik Angelo Imhof (MDB) sugeriu que, a princípio, as intervenções citadas por Valdir não seriam de responsabilidade do Samae, mas de propriedade particular.

Valdir respondeu que, se a hipótese levantada por Imhof estiver correta, a situação é ainda mais preocupante. Então, apontou a responsabilidade para a fiscalização da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema).

Valdir Hinselmann/Divulgação

Samae e Fundema respondem

A superintendente da Fundema, Ana Helena Boos, afirma que a tal obra está devidamente licenciada e a fiscalização é realizada. “Na semana passada, inclusive, verificamos o local. Temos acompanhado a obra da ETA e monitoramos essa obra”, destaca.

Ana explica que a obra serve como ‘bota-fora’ para a obra da Cristalina. “Ou seja, é um barro que está sendo tirado do morro e, ao invés de transferir para outro local, para não impactar o trânsito principalmente, estão colocando em um terreno vizinho”, finaliza.

Valdir fez um pedido de informação sobre o assunto. Ele questionou se o curso d’água existente nas proximidades da ETA é considerado APP. Além disso, pede cópia dos processos, consultas de viabilidades, estudos hidrológicos e de impacto ambiental, entre outros documentos.

Luciano fala que o Samae ainda não recebeu o pedido de informação, mas já responderam ao vereador. Ele destaca que não há nada a esconder sobre a obra e que tudo está dentro da legalidade. “Tudo o que foi enviado ao vereador deve ter uma média de 100 páginas”, completa.


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