Samae muda de planos para evitar desabastecimento no verão

Autarquia anuncia uma série de pequenas medidas para aumentar produção de água tratada

Samae muda de planos para evitar desabastecimento no verão

Autarquia anuncia uma série de pequenas medidas para aumentar produção de água tratada

Com vistas a evitar o desabastecimento de água durante o próximo período de estiagem, o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Brusque (Samae) anuncia uma série de medidas para aumentar a produção de água. Segundo o diretor-presidente da autarquia, Roberto Bolognini, as medidas devem evitar que alguns bairros fiquem sem água, como registrado durante o último período de seca.

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“Assumimos o Samae numa situação adversa, ele não afundou por falta de água. O problema está na incapacidade de atender a demanda, produzimos menos do que a demanda em horário de pico. Foram feitas obras desnecessárias e não foram feitas obras para a produção de água”, afirma Bolognini.

Segundo ele, das 9h30 às 14h30, no horário de pico, a produção de água está em torno de 900 m³ por hora, e a demanda chega a 1,1 mil m³ por hora. Bolognini diz que nos últimos tempos o Samae não produziu água de novas fontes.

“Para o verão, estamos implementando pequenas obras, já que não dispomos de recursos para grande produção de água. Temos ainda um agravante que é o rompimento de redes, não só o consumo, não temos uma resposta rápida para uma perda muito grande”. Na soma, diz o diretor, essas ações vão dar uma condição “de certo conforto” para desenvolver os projetos.

Entre as medidas previstas estão a realização de manutenção nas adutoras e nos rotores das bombas de água. Outra medida adotada é a remoção de alguns produtos químicos da estação de tratamento central e a melhora de sua operação, de forma a ter uma produção maior de água, mas com boa qualidade.

No parque Leopoldo Moritz, segundo Bolognini, será implantando, até o início do verão, um reservatório com capacidade de armazenar 7 milhões de litros de água. Ele explica que, à noite, o Samae tem uma produção reprimida de 3,8 milhões de litros de água. “Está todo mundo dormindo, o reservatório cheio e as bombas paradas. Vou colocar as bombas em movimento”, afirma. Ele afirma que a intenção é reservar esta água reprimida para que ela possa ser utilizada pelo Samae no abastecimento durante o dia.

Nova estação de tratamento

Bolognini informa que a Estação de Tratamento de Água (ETA) II, que seria implantada no espaço próximo à ponte Mário Olinger, próxima ao Corpo de Bombeiros, na rua Carlos Gracher, está fora dos planos do Samae. Como já alegou em outras oportunidades, ele considera o local impróprio para captação e tratamento de água, e o processo está suspenso.

Com isso, o Samae irá reiniciar os estudos para definir onde implantar uma nova ETA, mas possivelmente será no bairro Dom Joaquim. Bolognini afirma que irá consultar especialistas em tratamento de água, assim como professores da Universidade Regional de Blumenau (Furb).

Havia um projeto preliminar idealizado em 2011 cuja intenção era implantar uma estação na localidade de Cristalina, mas hoje ele não pode mais ser aplicado, porque atualmente a Cristalina é uma área considerada rural e de preservação ambiental.

Além disso, ele afirma que um projeto deste tipo leva três anos para ficar pronto, e não há como esperar. “Então vamos desenvolver projetos para implantar na estrutura do Samae”, afirma, citando a construção de uma captação nova no bairro Guarani, ao lado da atual. Possivelmente, afirma Bolognini, a prefeitura terá que desapropriar um terreno próximo. Em relação às adutoras, uma das mais antigas ligadas à captação do Guarani será substituída e trocada por uma nova.

Segundo o diretor do Samae, uma nova estação de tratamento será implantada ao lado da central, no espaço onde hoje fica um estacionamento. Aí, diz ele, há um problema, porque o governo não libera dinheiro para implantação de estações compactas, como pretende o Samae, mas apenas para as convencionais, bem maiores e caras.

Com isso, a autarquia vai desenvolver um projeto de uma estação compacta e bancá-la com recursos próprios; Bolognini diz que uma estação compacta pode produzir os mesmos 900 metros cúbicos de água que uma estação convencional.

Ele afirma que existe ainda a possibilidade de utilizar as águas da chamada Cachoeira do Merico, onde, para Bolognini, pode ser implantado um sistema de tratamento com estação compacta, em terreno de propriedade da prefeitura.

Veja também:

>> Vídeo: Samae anuncia medidas para aumentar produção de água tratada

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