Santa Catarina fica sem nenhum cargo na mesa-diretora do Senado
Santa Catarina fica sem nenhum cargo na mesa-diretora do Senado
- Por Raul Sartori
- 08/02/2019
- 4:49
De fora
Mesmo com o segundo lugar na eleição para presidente do Senado, com Esperidião Amin (PP), SC é um zero na sua nova mesa diretora. Mas o Rio Grande do Sul ficou com dois cargos. Falta de prestigio? Quem sabe…
Mais exclusão
A Mesa do Senado para o biênio 2019-2020 terá a participação de senadores de todas as cinco regiões do país, fato que volta a acontecer depois de quatro anos. O senador Dário Berger (MDB-SC) é autor de uma Proposta de Emenda à Constituição apresentada em 2016 e aguardando relator na Comissão de Constituição e Justiça, que torna isso obrigatório. Limita a participação de apenas um senador de um mesmo estado.
Serviço
A jovem deputada federal chapecoense Caroline de Toni (PSL) já mostra serviço no Congresso Nacional. Foi autora de requerimento, aprovado na sessão de quarta-feira, para abertura de CPI sobre os gastos da União com propaganda e publicidade institucional.
Miudeza
Jornalistas mais veteranos de SC, que já trabalharam em diferentes gestões de governadores, têm uma opinião formada toda vez que se anuncia, corte de gastos, como agora, começando pela extinção do cafezinho servido nas repartições. Não é um bom sinal. Uma diária a menos em viagem desnecessária fica bem mais cara. Ademais, o café ajuda a manter o ânimo.
Peitos
Radical defensora do feminismo, a jornalista Mariliz Pereira Jorge escreveu o artigo “Peitos da discórdia”, ontem, na “Folha de S. Paulo” fazendo uma defesa intransigente da deputada estadual catarinense Ana Paula da Silva (PDT), que depois de apresentar-se na sua posse com um vestido-macacão vermelho de amplas aberturas frontais, recebeu elogios, mas também muitos achincalhes ofensivos nas redes sociais. A feminista não gostou do fato do Legislativo ter se dado ao trabalho de emitir nota afirmando que o decote de Paulinha não viola o regimento interno da Casa.
Parceria
Presente na cerimônia da leitura da mensagem do governador Carlos Moises na Assembleia Legislativa, terça-feira, o procurador-geral de Justiça, Sandro José Neis, ficou feliz com a quase certa instalação da CPI da Ponte Hercílio Luz. O MP-SC já ajuizou diversas demandas sobre o assunto e se colocou à disposição, como parceiro, para desencadear as medidas que sejam da sua responsabilidade. A sociedade catarinense espera por isso há décadas.
Estado inovador 1
O secretário nacional de Segurança Pública, general Guilherme de Oliveira, conheceu e ficou encantado, anteontem, com projetos catarinenses na segurança pública. Entusiasmou-se tanto que já anunciou a intenção de aplicá-los no resto do Brasil. Admirou-se com a iniciativa de policiais terem câmeras pessoais que filmam o momento do flagrante, a confecção de termos circunstanciados em tablets nas viaturas da PM, os flagrantes gravados em audiovisual pela Polícia Civil e o exame toxicológico de constatação no local da apreensão de pequenas quantidades de drogas.
Estado inovador 2
A propósito, há uma polêmica nacional por conta de norma do Conselho Federal de Medicina permitindo que médicos possam fazer consultas on-line, telecirurgias e telediagnóstico, entre outras formas de atendimento a distância. O CFM parece ignorar o que acontece há algum tempo em SC. Aqui existe um invejável sistema de telemedicina, operado pela Secretaria de Estado da Saúde, com rede de 620 pontos de realização de exames pelo Estado, dos quais 335 de eletrocardiograma e 285 de teledermatologia. Desde 2017, qualquer paciente do interior de um estado com problema dermatológico, por exemplo, é inicialmente atendido por médico na Unidade Básica da Saúde de seu município, que faz uma foto em alta resolução da parte afetada e discute o caso com um especialista em Florianópolis, em tempo real. Caso necessário, são recomendados mais exames. Uma vez realizados, o paciente é informado, em casa, do resultado, e definido o encaminhamento. Um serviço maravilhoso que poucos conhecem.
Nova lei
Em julgamento realizado esta semana foi aplicada pela primeira vez em SC nova lei para conceder prisão domiciliar a mulher presa por tráfico por ter filho menor de 12 anos que necessita de seus cuidados. A possibilidade está prevista na lei federal 13.769, de 19 de dezembro de 2018, que admitiu tal possibilidade para presas provisórias que respondem por crimes praticados sem emprego de violência ou ameaça contra as vítimas ou que não tenham vitimado os próprios filhos.