Secretaria de Saúde adere às consultas on-line em Brusque; saiba como funciona

Pacientes infectados pelo coronavírus são monitorados remotamente

Secretaria de Saúde adere às consultas on-line em Brusque; saiba como funciona

Pacientes infectados pelo coronavírus são monitorados remotamente

A telemedicina foi regulamentada no início da pandemia da Covid-19 com o objetivo de desafogar hospitais e centros de saúde com o atendimento de pacientes a distância, por meio de recursos tecnológicos, como as videoconferências.

Em Brusque, a Secretaria de Saúde aderiu a essa prática, como forma de facilitar os atendimentos.

De acordo com o secretário Humberto Fornari, a ferramenta que possibilita realizar os atendimentos online foi adquirida pela pasta há dois meses. No Centro de Triagem, que atende os pacientes com sintomas da Covid-19, esse modelo já acontece.

Os pacientes que tiveram teste positivo para o coronavírus são monitorados por médicos e enfermeiros de forma on-line. “Ainda estamos utilizando de forma tímida porque temos os pacientes do outro lado e muitos não tem essa prerrogativa de usar o WhatsApp, o celular e se disponibilizar a conversar”, diz.

Além do acompanhamento remoto dos positivados, a secretaria iniciou a montagem da ferramenta para ser utilizada nas unidades básicas de saúde. “A ideia é que daqui pra frente, as famílias recebam, além da visita das agentes de saúde, o acompanhamento do nosso telesaúde, formado por médicos e enfermeiros”.

Fornari destaca que o município já conta com o teledermato e o tele-eletro, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). No teledermato, as lesões dermatológicas são encaminhadas para avaliação de profissionais da UFSC. O médico avalia e devolve o resultado para a secretaria.

Processo semelhante é feito com o tele-eletro. O paciente faz o eletrocardiograma e o exame é encaminhada para Florianópolis. O cardiologista avalia e faz a devolução com o laudo.

Para os pacientes com Covid-19 que precisam tomar a hidroxicloroquina, o secretário explica que o exame cardiológico é analisado de forma on-line. “Todos os pacientes que precisam tomar a cloroquina fazem o eletro no Centro de Triagem. O exame é encaminhado para os cardiologistas da rede e devolvido em cerca de 15 minutos. Isso facilita muito”.

Consultas privadas

O presidente da Associação Brusquense de Medicina (ABM), Frederico Marchisotti, afirma que na rede privada, poucos profissionais do município adotaram essa forma de atendimento.

“No meu conhecimento não é uma prática que tenha criado raiz em Brusque. Não conheço nenhum colega que esteja fazendo telemedicina de uma forma sistemática. O que pode ter acontecido são algumas consultas desta forma, principalmente no início da pandemia, mas não percebo que tenha sido implantada aqui”.

O médico endocrinologista destaca que a telemedicina já havia sido implementada no Brasil em 2018, mas em 2019 a prática foi revogada porque gerou polêmica no meio médico. Com a pandemia, esta modalidade de atendimento voltou a acontecer.

De acordo com ele, a telemedicina precisa seguir uma série de critérios que garantam a segurança dos dados do paciente e também a privacidade.

“É preciso uma estrutura para assegurar o sigilo dessa consulta. Normalmente, quem proporciona esse tipo de serviço são as grandes empresas, que tem estrutura para oferecer ao médico”.

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