Segunda entrevista da série lançada pelo MDD com Celso Carlos Emydio da Silva

O vereador avalia a condução dos trabalhos na Câmara como seu projeto mais importante no primeiro mandato. Reeleito, quer continuar representando a Saúde, além de legislar em favor de outras causas.

Segunda entrevista da série lançada pelo MDD com Celso Carlos Emydio da Silva

O vereador avalia a condução dos trabalhos na Câmara como seu projeto mais importante no primeiro mandato. Reeleito, quer continuar representando a Saúde, além de legislar em favor de outras causas.

A segunda entrevista da série “Representantes do Povo”, lançada pelo jornal Município Dia a Dia, apresenta a trajetória política e os projetos do vereador Celso Carlos Emydio da Silva (PSD), reeleito para uma das 15 cadeiras da Câmara Municipal do município.

Conhecido como doutor Celso, ele sempre atuou na área da Saúde. Fez residência médica em Florianópolis e em Brusque começou a trabalhar no Hospital Azambuja. Hoje continua atendendo em Azambuja, trabalha na rede pública de saúde, tem consultório pediátrico próprio e é cooperado da Unimed. Segundo Celso, a prioridade sempre foi o atendimento e nunca teve o foco no dinheiro. 

– Procuro dar o melhor de mim porque as pessoas merecem. Sempre cuidei da minha família com dedicação, amor, dignidade, que são valores que norteiam a sociedade dentro de parâmetros de segurança social – salienta Celso.   


Trajetória política

Assim que chegou a Brusque, Celso se filiou ao Partido da Frente Liberal (PFL), que um mês depois se transformou no Partido dos Democratas (DEM), e há pouco mais de um ano Celso está filiado ao Partido Social Democrático (PSD). Mas foi em 2001 que entrou para a vida pública, propriamente dita, quando foi convidado para trabalhar na Secretaria de Saúde.

– Minha visão foi só uma: achei que tinha uma boa bagagem e que poderia contribuir com o município nesta área – afirma Celso.

A motivação para a filiação ao PSD se deu por desgastes no DEM e por maiores possibilidades de atuação e de transformação da sociedade, por ser uma sigla nova.  

Entrevista

Jornal Município Dia a Dia: Como o senhor avalia seu primeiro mandato?
Celso Carlos Emydio da Silva: “O meu primeiro mandato foi extremamente difícil, complicado, mas trabalhamos sempre de forma muito séria. Houve confrontos político-partidários, mas tudo dentro de um clima de manutenção da ética e da dignidade. Todos os projetos apontados de origem executiva, considerados bons para a sociedade, foram aprovados. Poucos projetos não foram aprovados. Na presidência da Câmara, tentamos dar essa visão para a sociedade: que ali está o poder, na realidade, que estamos autorizados pela população, pelo voto. É claro que não conseguimos transformar todas as coisas, porque temos que inovar ou melhorar as coisas que existem, e é difícil porque há um colegiado e cada cabeça é uma sentença. A Câmara teve uma integração com a sociedade muito maior do que tinha e, politicamente, o município ganhou muito. O povo desenvolvido é um povo educado e politizado. Foi um período muito proveitoso e extremamente rico, no sentido pessoal, de visão um pouco diferente.” 

MDD: O que o levou a se candidatar para o segundo mandato?
Celso: “Em primeiro lugar porque a lei permite. Em segundo lugar porque tenho a vontade de ajudar a ter uma sociedade melhor. Vejo tanta coisa, ouço dizer que o Brasil saiu da miséria; mas vejo a miséria em que o povo vive. Falta muito para a miséria deixar de existir, e nunca vai acabar”.

MDD: Qual será o primeiro projeto a ser apresentado na Câmara?
Celso: “Devo apresentar um projeto de emenda à Lei Orgânica na área de saúde, para a melhoria de acesso em determinados casos. Era para ter sido apresentado no ano passado, mas por questões de regulamentação eleitoral, não pôde ser feito.”

MDD: Como um dos representantes da área da Saúde, quais demandas poderão ser resolvidas pela Câmara?
Celso: “Em todas as áreas existem problemas, mas com relação à Saúde Pública municipal, a política hospitalar precisa ser estudada. Da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) o hospital tira 40% para seus custos. Como vai fazer para dar conta disso tudo só com isenção tributária? Há a possibilidade de convênios, descontos com a importação de equipamentos, mas não é suficiente. Quem está na gestão tem uma visão muito focada na política do SUS e acha que o SUS é a maravilha e que os gestores dos hospitais particulares estão todos errados. Na realidade, é impossível fazer Saúde com a tabela do SUS. E isso depende muito da gestão”.

MDD: Ser filiado ao partido de oposição na Câmara dificulta as ações?
Celso: “Acho que não. Somos oposição, mas não por fazer oposição. Somos de um partido que se confrontou politicamente nas urnas e saímos perdedores, mas o governo terá o nosso apoio para tudo o que for considerado bom. O foco é o bem-estar da população, e se esse foco for verdadeiro, só vamos construir”.

> Leia na edição impressa de sexta-feira, 11, a terceira entrevista da série Representantes do Povo com o vereador Claudemir Duarte – Tuta
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