Seis pessoas são condenadas por morte de casal em Biguaçu; corpos nunca foram encontrados
Penas somam mais de 360 anos de prisão
Penas somam mais de 360 anos de prisão
Seis pessoas foram condenadas pela morte do casal de empresários Valter Agostinho de Faria Junior, de 62 anos, e Araceli Cristina Zanella, de 46, desaparecidos desde 11 de novembro de 2024, em Biguaçu, na Grande Florianópolis.
Embora os corpos nunca tenham sido localizados, a Justiça entendeu que as provas reunidas confirmam o assassinato do casal.
A sentença, publicada na segunda-feira, 27, pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), tem 165 páginas e detalha a cronologia dos fatos que levaram ao crime. Quatro homens e duas mulheres foram condenados por latrocínio, ocultação de cadáver e furto.
As penas individuais variam entre 50 e 64 anos de prisão, totalizando 364 anos e 11 meses. Uma das rés cumprirá pena em regime domiciliar, sob medidas de segurança.
De acordo com a investigação, o crime teria sido motivado por um desentendimento envolvendo a locação de um imóvel pertencente às vítimas.
O local abrigava uma casa noturna administrada por dois dos condenados. Após a rescisão do contrato, o casal combinou de receber as chaves do imóvel, mas nunca mais foi visto.
O Ministério Público apontou que familiares e amigos dos locatários participaram do crime. Além de executarem o casal, os envolvidos teriam furtado diversos bens, entre eles um veículo Volvo, um celular, cartões bancários e equipamentos que deveriam permanecer no imóvel. Os cartões foram usados para saques após o desaparecimento.
O juiz responsável pela decisão ressaltou que, mesmo sem a localização dos corpos, o conjunto de provas e depoimentos testemunhais foi suficiente para comprovar o latrocínio.
Segundo a decisão, o Código de Processo Penal permite a condenação com base em prova indireta, quando o conjunto de indícios é considerado robusto.
Durante as investigações, o delegado que conduziu o caso afirmou que “pessoas adultas, com vínculos familiares e sociais, não desaparecem sem deixar rastros”.
Valter e Araceli viviam juntos havia cerca de cinco anos. Ela se mudou para Biguaçu após conhecê-lo, e juntos administraram um pequeno comércio que encerrou as atividades pouco antes do desaparecimento.
Segundo familiares, o casal planejava se mudar para uma propriedade na praia de Governador Celso Ramos, a cerca de 30 quilômetros de Biguaçu, onde pretendiam iniciar uma nova fase após a aposentadoria de Valter.
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