Servidores da Prefeitura de Brusque aprovam estado de greve em assembleia

Medida, aprovada em assembleia, significa que a categoria pode paralisar as atividades a qualquer momento

Servidores da Prefeitura de Brusque aprovam estado de greve em assembleia

Medida, aprovada em assembleia, significa que a categoria pode paralisar as atividades a qualquer momento

Os servidores públicos de Brusque estão em estado de greve. A medida, aprovada em assembleia realizada na noite desta quarta-feira, 22, serve para alertar o governo de que a qualquer momento uma greve pode ser deflagrada, com paralisação total ou parcial das atividades.

Isso aconteceu porque os servidores não gostaram da proposta de 0% de reajuste salarial para o funcionalismo feita pela Prefeitura de Brusque. Em duas rodadas de negociações, já com a proposta do sindicato em mãos, – reajuste de pouco mais de 7% – o poder Executivo não formalizou nenhuma proposta ou contraproposta.

Na segunda reunião, realizada na tarde desta terça-feira, 22, o Executivo sinalizou verbalmente que não haveria reajuste, ou seja, 0% de aumento. Essa proposta foi formalizada por escrito somente na tarde de quarta-feira, às 17h20, pouco tempo antes da assembleia deliberativa do sindicato.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Brusque (Sinseb) Orlando Soares Filho, considerou absurda a ideia da prefeitura, e afirma que o estatuto do servidor público determina que seja reposta pelo menos a inflação do período, que foi em torno de 5%.

Soares Filho disse que, agora, o objetivo é “criar uma indignação dentro da categoria”. “A gente vem pisando em ovos nestes últimos meses, recebendo denúncias de que há provocação de chefes contra subordinados, das condições de trabalho. A gente vem relevando tudo isso, para chegar neste momento da data-base”, diz o sindicalista. Durante a assembleia, não houve uma voz ponderativa em relação à prefeitura.

Os servidores consideram que esta gestão não está disposta a valorizar o funcionalismo público, sobretudo por causa das críticas dirigidas pelo prefeito Jonas Paegle a parte dos servidores, no começo do ano, durante reunião no Grupo de Proteção da Infância e Adolescência (Grupia).

Na ocasião, Paegle afirmou que a falta de comprometimento de servidores era um dos maiores problemas enfrentados pela sua administração nos primeiros meses.

Encaminhamentos
Na reunião, a assessoria jurídica do sindicato informou que não poderia ser deliberada greve nesta assembleia, porque não foi para isso que ela fora convocada. Entretanto, o sindicato irá marcar uma assembleia específica para isso, caso as negociações continuem estagnadas.

Além do estado de greve, também foi aprovada, no encontro, a busca de apoio político de vereadores, em favor do reajuste.

Ainda será solicitado ao poder Legislativo, responsável por referendar o reajuste salarial, que nenhuma lei seja aprovada sem a discussão com os servidores públicos.

Para o sindicato, as contas da prefeitura mostram que é possível a concessão de reajuste. A argumentação do Executivo é de que um aumento salarial irá ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ao elevar os índices de comprometimento da folha de pagamento.

Isso, entretanto, não convenceu os servidores. Eles argumentam que o município fala em preservar a LRF ao mesmo tempo em que tem aumentado a folha de pagamento com contratação de comissionados.

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