O caminhão ficou na família durante 15 anos.
Ivan, inclusive, acompanhou o pai várias vezes durante viagens para São Paulo, carregando arroz ou então caixas com mercadorias das indústrias têxteis, principalmente
da Fábrica Renaux.
Naquele tempo, a viagem para São Paulo durava uns três dias.
Ivan lembra com carinho dos momentos vividos junto do pai com o caminhão FNM.
A sigla significa Fábrica Nacional de Motores, primeira fábrica de veículos brasileira. O primeiro ‘Fenemê’ da família Walendowsky era um D9500 azul e branco.
Após rodar por muitas estradas, José Walendowsky vendeu o caminhão para um colega, e por isso o veículo ficou em Brusque por mais alguns anos. Depois, foi vendido para outra cidade e se perdeu.
A solução encontrada para relembrar os tempos do ‘Fenemê’ da família Walendowsky foi comprar um caminhão semelhante ao que o patriarca teve durante 15 anos.
Proprietário
Zezé foi até a cidadezinha do Alto Vale do Itajaí para ver o caminhão,
e conseguiu comprá-lo.
Proprietário
Faz cerca de 10 anos que a família voltou a ter o caminhão FNM.
O atual é uma versão mais nova do que José Walendowsky tinha e também mais potente. Ano 1973 e motor V 11000.
Proprietário
A carroceria do caminhão é modelo standard, de fabricação própria da FNM, e foi restaurada.
Proprietário
Ivan Walendowsky aprendeu com o pai, José Walendowsky, a dirigir o “Fenemê”, e passou os ensinamentos também para Zezé.
Hoje, é o filho que mais dirige o caminhão que precisa de uma certa ‘manha’ para ser guiado.
O motorista de FNM tem que ser motorista de FNM. O caminhão é muito diferente dos outros. O caminhão é danado.
Geralmente, é Zezé que dirige. Às vezes, pai e filho dão umas voltas com o caminhão pelas ruas de Brusque, ou então vão até cidades vizinhas.
Eu aprendi com meu pai a dirigir e o Zezé hoje é que detém o conhecimento. Eu ensinei para ele. Pra mim é um orgulho.
Quando sai do pátio da empresa, no bairro Limeira, o caminhão faz sucesso por onde passa.
Ivan conta que muitas pessoas que viram o auge do FNM nos anos 1960 e 1970 buzinam quando veem o caminhão passando, pois se recordam dos tempos da juventude.
Apesar de não ser o caminhão original comprado pelo seu pai, Ivan tem um sentimento de carinho muito grande pelo veículo, pois traz diversas lembranças.
Proprietário
Reportagem, fotos e vídeos
Bárbara Sales
Edição de Texto
Marcelo Reis
Identidade visual
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Estratégias Digitais
Wendel Rudolfo