FNM Standard

Os empresários Ivan José Walendowsky, e Ivan José Walendowsky Filho, o Zezé, são pai e filho, e têm guardado no pátio da empresa um caminhão FNM amarelo que desperta muitas lembranças.

No fim da década de 1950,  José Walendowsky, pai de Ivan, foi até a fábrica da FNM, em Resende, no Rio de Janeiro, para tirar seu ‘fenemê’ - como os caminhões da marca são popularmente chamados - ano 1957, zero quilômetro.

Da fábrica, José Walendowsky já colocou uma carroceria e voltou para Brusque dirigindo o novo caminhão, um dos primeiros deste modelo da cidade.

O caminhão ficou na família durante 15 anos. 

Ivan, inclusive, acompanhou o pai várias vezes durante viagens para São Paulo, carregando arroz ou então caixas com mercadorias das indústrias têxteis, principalmente
da Fábrica Renaux.

Naquele tempo, a viagem para São Paulo durava uns três dias.

Ivan lembra com carinho dos momentos vividos junto do pai com o caminhão FNM.

A sigla significa Fábrica Nacional de Motores, primeira fábrica de veículos brasileira. O primeiro ‘Fenemê’ da família Walendowsky era um D9500 azul e branco. 

Após rodar por muitas estradas, José Walendowsky vendeu o caminhão para um colega, e por isso o veículo ficou em Brusque por mais alguns anos. Depois, foi vendido para outra cidade e se perdeu.

A solução encontrada para relembrar os tempos do ‘Fenemê’ da família Walendowsky foi comprar um caminhão semelhante ao que o patriarca teve durante 15 anos.

Ivan José walendowsky

Proprietário

Zezé foi até a cidadezinha do Alto Vale do Itajaí para ver o caminhão,
e conseguiu comprá-lo.

Ivan José walendowsky

Proprietário

Faz cerca de 10 anos que a família voltou a ter o caminhão FNM.

O atual é uma versão mais nova do que José Walendowsky tinha e também mais potente. Ano 1973 e motor V 11000.

Ivan José walendowsky

Proprietário

A carroceria do caminhão é modelo standard, de fabricação própria da FNM, e foi restaurada.

Ivan José walendowsky

Proprietário

Ivan Walendowsky aprendeu com o pai, José Walendowsky, a dirigir o “Fenemê”, e passou os ensinamentos também para Zezé.

Geração em geração

Hoje, é o filho que mais dirige o caminhão que precisa de uma certa ‘manha’ para ser guiado.

O motorista de FNM tem que ser motorista de FNM. O caminhão é muito diferente dos outros. O caminhão é danado.

Geralmente, é Zezé que dirige. Às vezes, pai e filho dão umas voltas com o caminhão pelas ruas de Brusque, ou então vão até cidades vizinhas.

Eu aprendi com meu pai a dirigir e o Zezé hoje é que detém o conhecimento. Eu ensinei para ele. Pra mim é um orgulho.

Quando sai do pátio da empresa, no bairro Limeira, o caminhão faz sucesso por onde passa.

Ivan conta que muitas pessoas que viram o auge do FNM nos anos 1960 e 1970 buzinam quando veem o caminhão passando, pois se recordam dos tempos da juventude.

Apesar de não ser o caminhão original comprado pelo seu pai, Ivan tem um sentimento de carinho muito grande pelo veículo, pois traz diversas lembranças.

Ivan José walendowsky

Proprietário

Reportagem, fotos e vídeos
Bárbara Sales

Edição de Texto
Marcelo Reis

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Wendel Rudolfo