Oficialmente fundado em 1978, o Lageadense tem uma história ainda mais longa, de tempos em que Guabiruba ainda era território pertencente a Brusque. Desde a década de 1950, os antigos moradores do bairro já jogavam com esse nome.
A oficialização aconteceu algumas décadas depois, para que o time conseguisse receber incentivos públicos e privados.
Desde então, o Lageadense teve momentos
de glória e também de abandono, mas que foram superados. Hoje, o time é uma das forças do futebol guabirubense, com três
finais nas últimas quatro edições do campeonato municipal.
Hoje, o Lageadense tem uma sede movimentada, com bar aberto diariamente e cancha de bocha.
A fundação do clube, oficialmente, foi realizada em 2 de novembro de 1978 como Clube Esportivo Lageadense. A sede do clube funcionou sempre no mesmo lugar, desde 1978, onde havia uma barraquinha de lona para as pessoas se reunirem.
Além disso, 41 pessoas se reuniram para contribuir com quantias de dinheiro para investir na estrutura do clube. Nem todos tinham condições, mas fizeram um esforço para reunir os recursos. Os nomes desses 41 sócios-fundadores constam no Livro Ouro do clube.
Nomes dos sócios-fundadores estão registrados no livro.
Nos primeiros anos, os jogadores tinham uma estrutura precária, com traves de bambu, sem rede ou marcação de área, e eles jogavam descalços. Para que fosse finalmente instalada a estrutura, eram organizados bailes e bingos.
Depois de muita mobilização, o Lageadense conseguiu superar os obstáculos e inaugurar o campo em 1987, com uma estrutura propícia para a prática do esporte em nível mais alto.
Até o fim da década de 1980, o Lageadense não conseguiu grandes resultados nos campeonatos de Guabiruba. Enquanto outros times buscavam jogadores de Brusque para reforçar os elencos, o time utilizava basicamente jogadores do
bairro Lageado Baixo.
Em 1992, porém, o time conseguiu uma campanha fora da curva. O Lageadense conseguiu agregar jogadores de outros bairros e fez um campeonato memorável, com destaque para Jailson, filho de Pedro Pollheim, um dos grandes jogadores do clube na história, e Nilton, artilheiro do campeonato daquele ano.
Osnildo Westarb e Gilberto Batschauer eram os técnicos. A final foi disputada no estádio do Guabirubense, e o time bateu o Cruzeiro.
Durante os anos 1990, sob a administração de Vilmar Ebel, o Lageadense passou a ser uma Sociedade Beneficente e Recreativa e chegou a ter quase 150 sócios no fim da década. O time foi vice do torneio da Afab duas vezes, mas, depois disso, passou por anos sem brilho no futebol amador.
Em 2004, o time formou um verdadeiro esquadrão para a disputa do campeonato municipal e venceu todas as partidas até chegar à decisão. Na final,
porém, o São Pedro levou as duas partidas e garantiu o título. Depois disso, o Lageadense entrou em uma era de ostracismo.
Após aquele ano, muitos veteranos abandonaram os campeonatos e, além disso, a transição para as gerações mais jovens não foi bem-sucedida. Houve um breve retorno em 2008, mas o projeto não teve força para continuar e foi abandonado
por um tempo.
A retomada do Lageadense aconteceu em 2013, com o jovem trio Brian Mannrich, Eduardo Becker e Euller Zimmermann. Na época, eles tinham 22, 17 e 19 anos, respectivamente, e decidiram primeiro formar um time de futsal e cuidar da estrutura do estádio.
Eles pediram ajuda para a Prefeitura de Guabiruba para reformar o campo e comprar novas traves, já que o clube não tinha condição, apesar da força de vontade de reerguer uma sede abandonada. “Hoje, temos iluminação no campo, e conseguimos um dinheiro com cerca de 20 sócios que utilizam o campo”.
O primeiro campeonato municipal em que o time participou após a nova diretoria assumir foi em 2014. Desde então, o Lageadense se reafirmou como uma das forças do futebol guabirubense, chegando a três finais - em 2016, 17 e 18, todas perdendo para o Olaria na decisão.