Distante mais de 2 mil quilômetros de sua terra natal, colegas se reuniram para criar o time do
Poço Central, que surgiu em 2016
e participa dos campeonatos municipais de futebol de
campo de Guabiruba.
Poço Central é um distrito da cidade de Aurelino Leal, pequeno município do sul da Bahia, que tem cerca de 11 mil habitantes.
De lá, vieram Matheus Silva Freitas e Anailton Baptista dos Santos, o Nanai, que comandam o clube. A equipe aguarda com bastante expectativa o retorno do campeonato municipal, que não aconteceu nos últimos dois anos devido à pandemia da Covid-19.
A história do Poço Central iniciou em 2016. A Secretaria de Esportes procurava um time para que o campeonato municipal tivesse dez equipes e chaves com o mesmo
]número de participantes.
Nanai, que já havia jogado em outros times, como o Solução e o Bahia, e Matheus foram chamados para uma reunião e decidiram abraçar a ideia.
Como um time chamado Bahia já havia participado de campeonatos municipais anteriormente, inclusive sendo finalista, o grupo pensou em nomear a nova equipe de Bahia B, mas depois resolveu escolher Poço Central, para homenagear a terra natal.
No primeiro ano, ainda buscando se adaptar
e entender a competição, o time não conseguiu ser páreo para as tradicionais equipes do município.
Nos anos seguintes, porém, com uma
base mais estabelecida, o Poço Central foi mais competitivo e chegou a disputar o mata-mata do campeonato.
A vida dos times amadores que não têm sede ou campo próprio tem ainda mais desafios. O Poço Central chegou a optar por jogar apenas como visitante durante um dos campeonatos que disputou, por questões financeiras.
A casa alugada do time, normalmente, é o campo do Lageadense, no Lageado Baixo.
Mesmo com os jogadores tirando do próprio bolso o dinheiro para custear e viabilizar a participação do Poço Central no campeonato municipal, a vontade de estar envolvido não diminui. “Temos uma amizade muito
grande, priorizamos isso. Nosso time é
bem unido e concentrado”.
Para participar dos campeonatos municipais,
o Poço Central mantém uma base de jogadores que fazem parte desde o início,
mas também precisa procurar reposição quando alguém se destaca.
Apesar da criação do time ter sido feita pelos ex-moradores da cidade baiana, hoje o time conta com jogadores naturais de Guabiruba e também vindos de outros estados, que se estabeleceram no município.
Para 2022, o Poço Central já tem a equipe montada e aguarda com expectativa a disputa do campeonato municipal em setembro.
“Com esses dois anos parado por causa da pandemia, perdemos alguns que se mudaram, mas aí vamos renovando. Estamos planejando já para esse ano o time. Está todo mundo com muita vontade”, destaca Matheus.
“Com esses dois anos parado por causa da pandemia, perdemos alguns que se mudaram, mas aí vamos renovando. Estamos planejando já para esse ano o time. Está todo mundo com muita vontade”, destaca Matheus.
Apesar do espírito competitivo e da vontade de ganhar, Nanai destaca que a importância do Poço Central para eles vai além do
campo de jogo.