Uma das histórias mais longas e ricas do futebol guabirubense é do Clube Esportivo Beneficente São Pedro, fundado há mais de 70 anos no bairro de mesmo nome.
Em sua trajetória, que começou em 1949, o time heptacampeão municipal passou por algumas sedes, mas agora se estabeleceu na rua Adriano Habitzreuter e cresce dando orgulho para a comunidade.
A primeira sede do São Pedro foi em um outro ponto do bairro, onde hoje fica a empresa de pré-moldados Rieg.
Time do São Pedro na década de 1950.
Quando esse primeiro terreno foi vendido, o clube se mudou para a rua Holstein, perto de onde mora atualmente o presidente do clube, Gilmar Carminati.
Há cerca de 40 anos, o clube decidiu comprar uma área para estabelecer sua sede e seu campo e acabou adquirindo terras que eram da família Carminatti, no local onde está até hoje.
Em homenagem ao ex-proprietário do lote, o São Pedro batizou o estádio de Luiz Carminatti, tio de Gilmar.
Nos últimos anos, a sede do São Pedro passou por várias mudanças.
Gilmar acredita que o clube e a comunidade
do bairro têm uma boa relação e que as pessoas estão muito satisfeitas com a estrutura do São Pedro.
Café colonial foi um dos eventos promovidos pelo São Pedro para integração da comunidade e arrecadação de recursos.
"Em 2020, não arrecadamos nada por causa da pandemia, só a contribuição de alguns sócios para manter a estrutura. Hoje, estamos devendo alguma coisa, mas com os eventos vamos pagando e avançando", conta Gilmar.
O clube realizou a reestruturação da cozinha, a construção de uma área de churrasqueira, a instalação de uma estrutura de pré-moldado para ampliar a área de convivência do estádio, entre outras obras.
Sócios se divertem em baile de encerramento do São Pedro no ano passado.
Com as mudanças que o clube passou recentemente, o São Pedro chegou
a cerca de 80 sócios, agora tem
um bar que movimenta o bairro e é ponto de encontro, e também se reaproximou da comunidade.
O próximo passo é reestruturar o time para
a disputa do municipal deste ano. O objetivo é formar uma equipe forte, como a do último título em 2011 e das outras que levaram para o bairro São Pedro sete campeonatos do futebol amador.
“Em 2011, fomos campeões e tínhamos um timaço. Na final, perdemos o primeiro jogo por 1 a 0 no Angelina, em Brusque (o time adversário tinha alugado o campo lá para jogar). No segundo jogo, saímos perdendo por 1 a 0, mas viramos para 3 a 1 e vencemos o título”, lembra Gilmar.
O objetivo da atual diretoria é movimentar ainda mais os dias de jogo no São Pedro e lotar o estádio para acompanhar a equipe.
A relação de Gilmar com o São Pedro começou desde quando ele era jovem e seu pai jogava pelo time. Ele ainda não era jogador do time, porque fazia do Peñarol, do bairro Holstein, mas sempre foi sócio e depois seguiu os passos do pai.
A missão de assumir a presidência do clube foi designada a Gilmar em 2021, mas ele só aceitou após ter assegurado que a equipe que a equipe que já trabalhava nos bastidores no período anterior ia continuar envolvida.
“Já estávamos no ritmo, tínhamos passado pela parte mais grave da pandemia que não podíamos fazer nada de evento, não tinha dinheiro nem para pagar a energia. Mas eles ficaram e deu tudo certo", lembra o presidente.
"O tempo que a gente gasta para o clube é bastante, mas vale a pena. Está sendo muito legal", ressalta o presidente.