Temporal de quarta-feira causou 13 ocorrências em Brusque; uma casa foi interditada

Na região, houve deslizamentos e alagamentos menores em Guabiruba e Botuverá

Temporal de quarta-feira causou 13 ocorrências em Brusque; uma casa foi interditada

Na região, houve deslizamentos e alagamentos menores em Guabiruba e Botuverá

A Defesa Civil de Brusque registrou 13 ocorrências durante a enxurrada que atingiu a cidade nesta quarta-feira, 16, à tarde. Em cerca de 90 minutos, choveu o esperado para o mês inteiro, segundo o órgão.

A chuva atingiu mais fortemente a região sul da cidade, nos bairros Zantão, Azambuja, Cedrinho, Dom Joaquim, São Pedro, Thomaz Coelho e Águas Claras. A rua Nova Trento também foi bastante atingida. O Zantão registrou o maior volume de água: 101 milímetros.

A ocorrência mais grave foi registrada na rua Nova Trento. Uma casa localizada na via foi interditada completamente pela Defesa Civil, após avaliação feita ontem. De acordo com o coordenador do órgão, Eliseu Muller Júnior, a construção havia sido vetada pelo Instituto Brusquense de Planejamento (Ibplan) e pela própria Defesa, mas, mesmo com os avisos, o morador construiu.

A família que morava no local não poderá mais voltar e será encaminhada para a assistência social da prefeitura. E a Defesa Civil vai pedir ao Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) a demolição da residência.

Uma outra casa na Ponta Russa também foi interditada com a chuva, porém, após avaliação ontem, ela foi liberada.

Obras do PAC

A enxurrada de quarta-feira mostrou um perfil diferente de alagamentos em Brusque. Alguns dos pontos alagados são novos e não costumavam ser inundados. Para o coordenador da Defesa Civil, não existe um culpado para isso.

“Não tem drenagem que aguente, é muita água”, diz Muller Júnior. Nos últimos anos, foram realizadas várias obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Macrodrenagem no município.

Apesar disso, diversos locais foram alagados. O coordenador de Defesa Civil não considera que isso indique ineficiência das obras do PAC. “Não é questão de não surtir efeito”, ressalva. “O nível do rio chegou a mais de 4 metros só com o que choveu aqui”, completa.

“A quantidade de chuva foi muito grande, não dá para dizer que o PAC não funciona”, avalia o coordenador da Defesa Civil.

Em frente ao Hospital Azambuja também houve alagamento. A Prefeitura de Brusque diz que notificará a empresa que faz um loteamento próximo dali e investigará o caso. “Estamos tomando as devidas providências e a Fundema notificará a empresa responsável para verificar se a licença está sendo seguida corretamente”, diz o prefeito José Luiz Cunha, o Bóca.

Ontem, as equipes da Secretaria de Obras e da Defesa Civil fizeram o trabalho de limpeza das vias e de avaliação dos danos.

Na região

Guabiruba teve pontos isolados de alagamentos, segundo a Defesa Civil local. Cláudio Correia Júnior, coordenador do órgão, diz que foram poucas ocorrências nos bairros Guabiruba Sul, Centro e Imigrantes. Conforme Correia Júnior, nenhum ponto ficou intransitável nem foi preciso de reforço.

Em Botuverá, também aconteceram alguns acidentes por causa da chuva. Jussara de Oliveira, integrante da Comissão de Defesa Civil municipal, diz que o caso mais grave foi uma queda de barreira na rodovia Pedro Merízio (SC-486), próximo à Baterias Erbs.
O local já foi limpo pela Secretaria de Obras de Botuverá. Além disso, um poste de luz caiu no bairro Lageado. De modo geral, o cenário foi tranquilo, avalia Jussara.


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