Tenista mais velho de Brusque completa 80 anos e não pensa em abandonar as quadras

Luiz Dal Forno pratica tênis há quase 35 anos

Tenista mais velho de Brusque completa 80 anos e não pensa em abandonar as quadras

Luiz Dal Forno pratica tênis há quase 35 anos

No seu aniversário de 80 anos, nesta sexta-feira, 5, o bancário aposentado Luiz Dal Forno estará mais uma vez em um local que se sente muito bem: a quadra de tênis. Ele e os amigos se encontram várias vezes na semana para jogar no Clube Guarani e, mesmo sendo o mais velho tenista da cidade, ele disputa com os mais novos.

A história de Luiz com o tênis começou quando ele tinha 46 anos e ainda morava na cidade gaúcha de Não-Me-Toque. Na época, ele jogava futebol, mas estava cada vez mais difícil continuar. “Arrumava a bola, o time e ninguém passava para mim”, lembra, bem-humorado.

Na época, então, um conhecido o convidou para participar do tênis, insistiu e conseguiu convencê-lo. Desde então, ele começou a praticar e não parou mais. “Comecei a aprender a jogar e continuo desde então”.

Mudança para Brusque

Luiz trabalhou em bancos por três décadas. Natural de Silveira Matos (RS), ele foi transferido para várias cidades gaúchas desde que começou a trabalhar, em Cruz Alta. Passou por Júlio de Castilhos, Tapera, Não-Me-Toque e Santa Rosa, antes de retornar para Cruz Alta, onde morava antes de se mudar para Santa Catarina.

A mudança para Brusque aconteceu em 2013, quando sua neta caçula nasceu. “Minha filha queria que a mãe viesse passar um tempo aqui, para ajudar por um período, e acabamos ficando alguns meses e depois voltamos para o Rio Grande do Sul por um período. Tínhamos casa aqui e lá, até que resolvemos ficar aqui em definitivo. Aqui a qualidade de vida é muito superior, porque lá é muito frio”, conta.

Desde então, Luiz é sócio do Clube Guarani e, nos últimos tempos, estabeleceu uma meta: jogar, pelo menos, 100 dias no ano. Desde 2008, ele tem um caderno em que anota as partidas que joga. Naquele ano, foram 199 dias em quadra. “Tenho conseguido (cumprir a meta de 100 dias), mas neste ano está meio difícil porque estou passeando muito. Estou com 50 até agora. Vou tentar, mas o tempo está curto”, ri.

Nesta sexta-feira, 5, vários amigos vão se reunir, no dia do aniversário de Luiz, para um torneio de duplas no Guarani. E ele vai estar na disputa.

Bancário aposentado registra em um caderno a quantidade de dias que joga tênis por ano | Foto: Arquivo pessoal

Incentivo ao esporte

Desde que veio para Brusque, ele também incentivou os genros a abandonarem as chuteiras e partirem para as quadras. Eduardo Bianchini conta que lembra muito bem de quando foi convencido pelo sogro a mudar de esporte.

“Ele estava me visitando, quando ele ainda morava no Rio Grande do Sul. Eu jogava futsal no Sesc e cheguei mancando em casa. Me lembro da imagem dele dando risada na sala. Ele me disse: “para com isso, tu não tens mais idade para isso”. Ele me disse que, no tênis, só precisava de mais uma pessoa para jogar, não precisava de tanto empenho. Me convenceu na hora e ainda me presenteou com uma raquete, que eu passei para o outro genro dele começar a jogar”, lembra.

Luiz e os colegas em mais um dia de jogos de duplas | Foto: Bruno da Silva/O Município

Além disso, Luiz virou um incentivador das partidas de duplas no município. Por causa da idade, para ele, as partidas de simples exigem muito, então ele mobilizou os colegas do esporte e hoje transformou vários deles em duplistas. Ele tem o contato deles salvos no celular e organiza as parcerias e as partidas durante a semana.

“No tênis, as pessoas são mais educadas, é muito difícil ter briga, os adversários avisam se a bola foi dentro ou fora, tem fair play, é muito bom. Para mim, o tênis significa tudo. Se Deus quiser e me ajudar, pretendo continuar mais cinco, dez anos”.

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