TJ-SC absolve casal de Brusque da acusação de estupro

Antônio Zager e Dirlei Vargas estavam presos desde 2016, mas após a decisão já estão em liberdade

TJ-SC absolve casal de Brusque da acusação de estupro

Antônio Zager e Dirlei Vargas estavam presos desde 2016, mas após a decisão já estão em liberdade

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) absolveu Antônio Zager e sua ex-companheira, Dirlei Adriana Vargas, da acusação de estupro.

Eles haviam sido condenados em março do ano passado pela Vara Criminal de Brusque, a nove anos, sete meses e seis dias de reclusão, em regime fechado, após terem sido denunciados por estupro contra uma adolescente de 17 anos, em 2016.

Na sessão do dia 27 de março, os desembargadores decidiram por unanimidade absolver o casal alegando, principalmente, falta de provas. O advogado dos acusados, Diego Schmitz, destaca que casos como este exigem uma certeza para condenação.

“Nesse caso, os desembargadores entenderam que haviam peculiaridades que o tornava duvidoso, e diante disso, decidiram absolvê-los”.

O advogado ressalta que várias especificidades ajudaram na absolvição, como gravações do celular do acusado em conversa com uma das vítimas. “Ela relata o que aconteceu realmente e isso ajudou a trazer dúvida”.

Antônio e Dirlei foram presos provisoriamente em novembro de 2016. Ela estava no presídio de Itajaí e ele na Unidade Prisional Avançada (UPA) e foram soltos logo após a decisão dos desembargadores.

O advogado afirma que cabe recurso especial por parte do Ministério Público, mas em sua avaliação “é algo bem difícil de acontecer”.

Entenda o caso
Em novembro de 2016, Antônio e Dirlei foram presos acusados de estupro e tentativa de estupro contra duas adolescentes. Ele foi preso na Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami), enquanto prestava esclarecimentos sobre o caso, enquanto ela já havia sido presa dias antes em Vidal Ramos, onde residia atualmente.

O casal já era conhecido no meio policial em virtude de outras situações. Inclusive, Dirlei havia denunciado um falso estupro coletivo, que teria ocorrido em seu local de trabalho. Porém, em setembro de 2016, ela confessou ter inventado o caso.

Antônio e Dirlei foram presos após o registro de boletins de ocorrências acusando os dois. O primeiro registro foi de uma adolescente de 17 anos que teria sido estuprada por Zager, em companhia de Dirlei.  

Durante os depoimentos, Zager afirmou que mantinha relações sexuais com a adolescente, mas de forma consentida, pois os dois teriam se apaixonado e mantido um relacionamento de, aproximadamente, um mês. Na época, Dirlei também disse ao delegado que a relação era consentida pela menina.

Nesse meio tempo, outra adolescente relatou para a mãe uma tentativa de estupro cometida pelo mesmo casal, que em seguida, foi relatada para a polícia.

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