Torcedor do Brusque é perseguido e ameaçado por homem após jogo, no Centro

Segundo ele, homem parou carro, desceu com uma faca na mão e exigiu que ele lhe entregasse a camiseta do time

Torcedor do Brusque é perseguido e ameaçado por homem após jogo, no Centro

Segundo ele, homem parou carro, desceu com uma faca na mão e exigiu que ele lhe entregasse a camiseta do time

Um torcedor do Brusque relatou que foi perseguido e ameaçado na madrugada desta sexta-feira, 21, enquanto retornava para casa após o fim da partida entre Brusque e Remo. Edivaldo Nicolodi, 30 anos, caminhava pela rua Pedro Werner, no Centro, por volta de 00h15, quando foi abordado por um carro branco.

Na hora da abordagem, Nicolodi trajava a camisa do Brusque e escutava o rádio. Ele acreditou que o carro estava parando para pedir informação, mas o motorista parou e desceu do veículo segurando uma faca na mão. O homem exigiu que o torcedor lhe entregasse a camisa. Surpreendido com a atitude do homem, Nicolodi saiu correndo do local e foi em sentido a rua Gustavo Richard.

A via é mão única e segue no sentido do Archer da Figueira para a rua Pedro Werner. No entanto, o carro entrou na via pela contramão e o motorista jogou o veículo em cima do torcedor. Nicolodi diz que conseguiu pular em um terreno próximo ao local. Com isso, o carro deu meia-volta e retornou para a rua Pedro Werner.

Nicolodi diz que depois disso seguiu o caminho pela rua Gustavo Richard e foi para casa, que fica próxima ao Archer da Figueira. “Eu vi o carro passando pela rotatória ainda, mas não tive mais contato com esse carro”, diz.

Segundo o torcedor, é comum ele ficar no estádio após o jogo terminar para conversar com alguns amigos e com a diretoria do clube. Ele costuma ir ao estádio para assistir aos jogos com frequência e sempre faz esse caminho para retornar. Como mora perto, ele prefere ir e voltar caminhando. No entanto, esta foi a primeira vez que passou por essa situação. Ele comenta que estava sozinho na rua no momento dos fatos.

Em alguns jogos, Nicolodi leva o filho que hoje está com dois anos. Mas neste jogo o pai decidiu deixar o pequeno em casa dormindo devido o horário da partida. “Em momento algum vou deixar de ir ao estádio, mas fico pensando no meu filho. Imagina se eu estivesse com ele, não teria possibilidade alguma de sair correndo”.

O torcedor diz que a rua estava escura e que não conseguiu ver se o homem que o abordou usava uma camisa do Remo ou a placa do carro. Além disso, ele não tem certeza se o veículo era um HB20 ou um Onix. No entanto, ele afirma que além do motorista haviam mais pessoas no carro, sendo que o passageiro de trás estava sem camisa.

“De imediato eu imagino que seja de (torcida) organizada, porque o cara me pediu a camisa, não foi um assalto que o cara queria levar o celular que estava na minha mão. Ele me pediu a camisa, então imagino que seja algo relacionado a torcida organizada”.

O torcedor comenta que após ocorrido decidiu ir para casa sem chamar a polícia pois viu que o carro já havia fugido. Ele acredita que seria difícil os policiais encontrarem o veículo. Além disso, ele chegou em casa tarde e decidiu cuidar desta situação apenas na manhã desta sexta-feira.

“Eu imagino que seriam pessoas de Itajaí, que estavam retornando para cidade, provavelmente iriam pegar a Beira Rio, mas pela ocasião viram um torcedor com a camisa sozinho e resolveram fazer isso”.

Situações estranhas

Amigos de Nicolodi afirmaram que passaram por situações estranhas enquanto estavam no estádio. “Eles comentaram que tiveram problemas no início do jogo porque tinha gente da Fúria Marcilista infiltrados no meio da torcida deles”, comenta. “Pelo que entendi as torcidas (do Remo e Marcílio) são coligadas. Diante dessa situação acredito que existe a possibilidade mesmo”, acrescenta.

O torcedor chegou no estádio às 20h45 e ficou sabendo dos tumultos que já haviam acontecido no estádio, como a briga entre os torcedores e a latinha com pedra que foi arremessada na torcida do Brusque.

Nicolodi pretende entrar em contato com empresas próximas ao local onde ocorreu o fato para conseguir imagens e tentar identificar a placa do veículo. Depois ele realizará um boletim de ocorrência sobre os fatos.

“Eu não vou deixar barato, vou atrás disso. Por mais que tenha sido uma coisa banal, mas pela situação como foi, o cara portanto uma faca e me ameaçando, vou tentar encaminhar para polícia ou ver algum tipo de processo”.

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