Aonde o Brusque Futebol Clube vai, lá estão eles. A dedicação dos membros da Torcida Força Independente (TFI) completou 26 anos em 2017. O que começou com uma brincadeira entre um trio de amigos hoje movimenta um conjunto de mais de 40 associados, além de um grupo ainda maior de torcedores esporádicos que participam da festa da TFI e viajam por todo o Brasil para apoiar o time de coração.

Começo singelo

Torcida representou em todas as partidas da temporada 2017. Foto: Márcio Costódio

Três amigos apaixonados pelo futebol e pelo Brusque começaram a história da TFI, em 1991. Fábio Krieger, Cláudio Stein, o Chacal, e José Augusto Soares, o Zé do Pneu, eram adolescentes na época em que tiveram a ideia de formar uma organizada para o quadricolor.

Com idades entre 15 e 16 anos, o trio se baseou em grupos consolidados de fora da região. Dos três, o único a permanecer como membro da torcida foi Zé do Pneu. Hoje com 39 anos, ele relembra o começo de tudo. “Desde que o clube surgiu em 1987 nós já éramos torcedores. Eu e o Cláudio vascaínos e o Fábio flamenguista, conhecíamos as organizadas cariocas e buscamos fazer algo parecido”, completa.

No melhor estilo ‘aprender fazendo’, os brusquenses adquiriram os primeiros instrumentos para acompanhar os cantos. Habilidoso com o pincel, Chacal era o responsável por pintar as faixas e bandeiras. “Esse material ficava na nossa casa no começo. Até 10 anos atrás éramos bastante envolvidos com a torcida, mas agora, depois de vir família e tudo mais, acabamos nos afastando”, diz Zé do Pneu.

O legado

Na pele: recentemente membros da TFI tatuaram o símbolo da organizada. Foto: Divulgação

Agora a brincadeira é coisa séria para o novo grupo da TFI. Formada em sua maioria por jovens que não medem esforços para gritar pelo Bruscão, a organizada se fortaleceu e estruturou, contando agora com uma sede próxima ao estádio Augusto Bauer. Além disso, todos os anos, no aniversário da torcida, há um evento comemorativo.

Desde 2009, Airton Raiser, agora presidente da TFI, acompanha a organizada. Ele explica o vínculo que criou com o grupo. “Para mim a Força Independente representa metade da minha vida. Tenho meu trabalho, mas na outra parta do meu dia estou envolvido com essa paixão”, explica.