Trabalho de duplicação da Antônio Heil em Itajaí ainda não começou
Deinfra aguarda finalização do inventário florestal e autorização da Autopista Litoral Sul para iniciar as obras no local
Passados 90 dias da assinatura da ordem de serviço, a obra de duplicação na parte itajaiense da rodovia Antônio Heil (SC-486) – do trecho que vai da lombada eletrônica do bairro Limoeiro até o entroncamento com a BR-101 – ainda não começou.
O engenheiro do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) e responsável pela fiscalização da obra, Cleo Quaresma, afirma que as máquinas devem começar a trabalhar assim que o inventário florestal que está sendo elaborado pelo Consórcio Triunfo-Compasa, empresa responsável por executar a obra, for entregue.
“Eles pediram um prazo de 20 dias. Acredito que semana que vem esse documento deve estar pronto. Assim que ele for entregue, já iniciaremos os trabalhos com as máquinas. O trecho aqui não tem muita vegetação, mas é preciso ter esse documento para cumprir norma ambiental. Sem isso, não podemos iniciar”, diz.
Outro ponto que está demorando para ser resolvido é a autorização que precisa ser concedida pela Autopista Litoral Sul, que administra a BR-101, para que os trabalhos aconteçam na intersecção da rodovia Antônio Heil com a rodovia federal.
Em nota, a concessionária informa que a demora na emissão da autorização se deve por ainda não ter recebido resposta da Prosul Engenharia, empresa que realizou o projeto da obra de duplicação. “Foi solicitada revisão do Projeto de Sinalização em 22 de setembro de 2014. No entanto, a concessionária ainda não foi atendida pela Prosul – empresa responsável pelo projeto da obra da SC-486”.
No entanto, Quaresma destaca que o atraso na autorização da Autopista Litoral Sul não deve interferir no início da obra. “Essa é uma questão burocrática administrativa, não tem a ver com a minha área, mas não vejo muitos problemas, essa é uma questão que se resolve rapidamente”, diz a nota.
Segundo ele, a obra iniciará em frente à Epagri, por isso, a falta de autorização, por enquanto, não é um entrave. “Não vamos deixar de começar a obra por falta dessa autorização da Autopista Litoral Sul. É claro que, quanto antes tivermos toda a documentação, melhor para nós. A parte do trevo da BR-101 é a mais complexa, deve durar em torno de 14 meses para ser executada, mas não vejo essa questão burocrática como um problema hoje. Estou mais preocupado com a questão do inventário do que com essa autorização”.
O Município Dia a Dia entrou em contato com a Prosul Engenharia e também com o Consórcio Triunfo-Compasa para questionar sobre os prazos da revisão do projeto e do inventário florestal, respectivamente, mas até o fechamento desta edição, não conseguiu localizar os representantes das duas empresas.
O trecho que será duplicado tem 21 quilômetros com investimentos de R$ 131 milhões e prazo para conclusão de três anos.