Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Tragédia cultural

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Tragédia cultural

Pe. Adilson José Colombi

Com pesar a gente assistiu ao incêndio do Museu Nacional na Quinta da Boa Vista, na cidade do Rio de Janeiro. Sem dúvida, foi uma tragédia cultural. Muitos documentos históricos e culturais únicos se foram para sempre. Uma perda, indubitavelmente, irreparável. Só restaram as cinzas e alguns fragmentos. Nada mais. É uma pena! Ficaram as fotos e vídeos que poderão ser mostradas aos brasileiros e brasileiras futuros. Aqueles que nos visitarão, os turistas, por exemplo, não terão o prazer de saborear toda aquela riqueza histórica e cultural da nossa Nação. Voltarão para suas pátrias sem conhecer um pouco mais de nossa História, de nossa Cultura.

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O próprio Palácio Imperial que abrigava o Museu Nacional já era, por ele mesmo, uma obra de arte única. Com sua decoração própria e com seus móveis originais da Família Imperial de D. Pedro I e de D. Pedro II e suas famílias. Tudo virou fumaça e cinza! Lá se foi também um dos recantos mais visitados da bela, mas maltratada cidade do Rio de Janeiro. Certamente, vai ser recuperado. Mas, jamais voltará ser o que era.

Mas, infelizmente, aqui entre nós, nesse “nosso solo gentil”, como cantamos, não somos tão gentis e zelosos com o que o solo nos dá e com o que construímos sobre esse solo. A tragédia cultural que assistimos exemplifica o que estou afirmando. Se unirmos os motivos das frequentes tragédias físicas (deslizamentos, rompimentos de barragens, queda de pontes, viadutos,…) mais ainda corroboram o sobredito. Nem as frequentes repetições dos mesmos eventos trágicos nos fazem aprender a agir de modo diverso. Continuamos a ser negligentes com o que é nosso. Não somos educados para o zelo, o cuidado, para o respeito com o que somos e temos. Claro que sempre existem as belas e raras exceções.

Não vamos partir para as generalizações sempre prejudiciais para a compreensão da realidade que nos cerca. Todavia, não é possível negar o que as tragédias revelam sem muita dificuldade de entender.

O pior disso tudo, caro leitor e estimada leitora, é que, salvo engano meu, tenho impressão que essa mesma tragédia anunciada está por acontecer também no cenário político, mais uma vez nessas próximas eleições. O eleitor e a eleitora brasileiros (as) não aprenderam com as experiências trágicas e dramáticas vividas, nesses últimos anos, com administrações federais desastrosas e perniciosas, em todos os setores da realidade sociocultural brasileira. Se não houver mudança de rumo, vamos repetir a dose. Volta aquele que, com o “poste” que pôs em seu lugar ao sair do governo, afundou o país na situação que se encontra atualmente. Ele ou “outro poste” do mesmo naipe.

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A outra vertente direitista e ditatorial segue o mesmo esquema de caminhar para mais uma experiência desastrosa como também já sofremos e muito. Por isso, não são esses extremos que nos asseguram um futuro, menos trágico. Certamente, muitos leitores e leitores estão pensando: mas, não há muita escolha. Concordo. Infelizmente, estamos diante de uma coleção de “mediocridades” espantosas. Mas, lamentavelmente, é o que está aí. Temos que refletir e com consciência e responsabilidade escolher o “menos ruim” para a Nação. Não há espaço para voto em branco ou nulo. Esses são os votos que os extremistas estão esperando e pregando. Pois, é o voto que lhes garante a vitória. Pois, os extremistas nunca se omitem. Sempre marcam presença. De uma ou outra maneira. Sabem o valor do voto, colocado na urna. Pense nisso!

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