Três décadas de dedicação: conheça servidor mais antigo em atuação no Samae de Brusque

Osmar Pacheco, o May, é registrado na autarquia desde junho de 1989

Três décadas de dedicação: conheça servidor mais antigo em atuação no Samae de Brusque

Osmar Pacheco, o May, é registrado na autarquia desde junho de 1989

São mais de 30 anos na mesma empresa. Para ser mais exato, 32 anos e meio. Este é o tempo em que o encanador Osmar Pacheco, 59, conhecido como May, tem de carteira assinada no Samae de Brusque. Os documentos na Diretoria de Recursos Humanos não deixam mentir: Osmar foi admitido no dia 12 de junho de 1989 e é o servidor mais antigo ainda em atuação na autarquia.

Casado e pai de três filhos, Osmar iniciou sua trajetória no Samae após a necessidade que a empresa tinha de contratar um novo trabalhador pela alta quantidade de serviços. Por sugestão do irmão, que já trabalhava na autarquia, ele começou como ajudante de Edésio Maçaneiro, ex-servidor já falecido, o qual Osmar considerava um grande amigo.

Ele trabalhou cerca de um ano ao lado do colega com a rede de água no bairro Santa Terezinha. Na ocasião, já era registrado como servidor. Entretanto, foi somente após um ano no Samae que Osmar começou a trabalhar na função que permaneceria pelos 31 anos seguintes, a de encanador.

“Surgiu uma vaga e eu fui. Fiquei um ano trabalhando com o seu Edésio Maçaneiro. Não vinha no Samae, mas já era registrado. Após um ano, já tinha minha caixa para ser encanador”, relembra Osmar.

Osmar Pacheco, 59, é encanador na autarquia. Foto: Thiago Facchini/O Município

O servidor mais antigo em atuação da autarquia conta que aprendeu tudo na prática. Osmar relembra mudanças na prestação do serviço ao longo dos anos, que passou de um trabalho braçal pesado até com o auxílio de máquinas, que começaram a atuar junto aos demais encanadores no passar dos tempos.

Além disso, ele relata que muitos de seus amigos de serviço, alguns deles que já faleceram, eram muito próximos e não negavam o trabalho que tinha que ser realizado.

“Na época era tudo no braço, não tinha máquina. Depois começaram a vir as máquinas. Nós trabalhávamos em tudo e não tinha serviço que dizíamos ‘não’. Era um trabalho pesado, mas era uma turma boa de trabalhar em conjunto”, conta.

Mudanças ao longo dos anos

O encanador relembra que, na época em que iniciou na empresa, o Samae tinha apenas uma caminhonete e uma lambreta destinada aos servidores. Após isso, a autarquia adquiriu um caminhão maior para melhorar o serviço e o transporte dos trabalhadores.

“Colocávamos as ferramentas e íamos juntos em cima do caminhão. Naquela época era permitido ir em cima, hoje em dia não pode mais. Íamos espalhando o pessoal pela cidade”, relembra.

Ao longo dos mais de 32 anos vestindo a camiseta do Samae, ele diz que nunca cogitou mudar de emprego, apesar da dificuldade e esforço realizado para prestar o serviço. Osmar conta que um dos motivos que o fez ficar tantos anos na mesma função era o desejo de aprender.

“O serviço era pesado, mas eu sempre gostava de aprender cada vez mais. Quando comecei, não sabia nada e fui aprendendo muita coisa. Hoje, eu sou coordenador e lido com o pessoal todo”.

Osmar trabalhando no Samae antigamente. Foto: Arquivo pessoal

Amizade com primeiro colega

O encanador conta que ele e Edésio Maçaneiro, o primeiro colega de trabalho, tinham uma grande amizade. Osmar dedica o aprendizado que adquiriu nos primeiros anos na autarquia ao amigo.

“O seu Edésio era meu vizinho. Nós fazíamos as peças lá na casa dele. As peças de ferro eram todas com chumbo derretido. Hoje em dia não se faz mais assim. Na época, aprendi com ele como era”, afirma.

Hoje coordenador na função que desempenha, Osmar relembra que o amigo gostava de ensinar as pessoas. Além disso, o encanador considera Edésio um dos colegas mais importantes que já conheceu nos anos de trabalho.

“Tenho orgulho, porque aprendi muito com ele. Têm gente que não quer ensinar, que quer guardar as coisas para si. Eu e o seu Edésio não éramos assim”, conta.

Osmar diz nunca ter esperado ser o funcionário mais antigo ainda em atuação na empresa e afirma que a aposentadoria está próxima. Entretanto, ainda não decidiu se irá parar de trabalhar ou se continuará na profissão.

“Eu lutei pelo Samae. Estou quase me aposentando. Meus papéis [da aposentadoria] estão para chegar, mas estou com pena. Acho que vou ficar trabalhando ainda”, finaliza.


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