Tribunal de Justiça reduz pena de homem condenado por matar e incendiar corpo de idoso em Brusque

Acusado colocou fogo na vítima utilizando álcool em gel e um isqueiro

Tribunal de Justiça reduz pena de homem condenado por matar e incendiar corpo de idoso em Brusque

Acusado colocou fogo na vítima utilizando álcool em gel e um isqueiro

Jonatan Alves dos Santos, condenado por matar Luiz Carlos Torrezani, de 62 anos, com um golpe de faca e incendiar o corpo da vítima, teve a pena reduzida de 17 para 15 anos de prisão. A decisão foi tomada pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), após a defesa apresentar recurso.

O crime ocorreu em outubro de 2022, no bairro Steffen, em Brusque, e a condenação no Tribunal do Júri foi proferida em novembro de 2024. No pedido, a defesa alegou que Jonatan confessou ter golpeado a vítima e ateado fogo em seguida, embora tenha negado a intenção de matar.

Com base na confissão parcial, o TJ-SC acatou o recurso de forma parcial e reduziu a pena em cerca de dois anos. A decisão foi proferida em março deste ano, mas o jornal O Município teve acesso ao documento apenas nesta terça-feira, 14.

O caso

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, o crime ocorreu entre 1h e 5h do dia 24 de outubro de 2022, em uma residência na Rua Guilherme Steffen, no bairro Steffen, em Brusque.

Segundo a investigação, Jonatan matou Luiz com um golpe de faca na região abdominal. O laudo apontou que a vítima morreu em decorrência de um choque hipovolêmico causado por trauma vascular abdominal.

Conforme o inquérito, Jonatan era amigo de Luiz e costumava frequentar a casa da vítima. As investigações indicam que eles mantinham uma relação de amizade próxima e, em algumas ocasiões, também relações sexuais. Luiz era homossexual e o local era usado por ambos para o consumo de drogas.

Na noite do crime, após o uso de entorpecentes, os dois se desentenderam. Jonatan passou a acusar Luiz de ser “pedófilo” e, durante a discussão, o atacou com uma faca, atingindo a região abdominal. O idoso, de compleição física frágil, não conseguiu se defender.

Depois de matar a vítima, Jonatan ateou fogo no corpo utilizando álcool em gel e um isqueiro, com o objetivo de destruir o cadáver e dificultar a identificação e a apuração da causa da morte. Em seguida, fugiu do local.

Horas depois, por volta das 6h, ele enviou mensagens de áudio e texto para as irmãs e o cunhado, dizendo que havia matado uma pessoa e que precisava de dinheiro. Nas conversas, afirmou ter cometido o crime porque a vítima seria “pedófila” e demonstrou arrependimento, escrevendo frases como “estraguei minha vida” e “amanhã vou me entregar”.

A denúncia apontou que o crime foi cometido por motivo fútil, após uma discussão sob efeito de drogas, e de forma que impossibilitou a defesa da vítima. O Ministério Público também destacou que Jonatan tentou ocultar o crime ao incendiar o corpo, reforçando a intenção de matar e a gravidade dos fatos.

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