Tribunal do júri de Everton Cunha tem data marcada

Ele é acusado de homicídio por ter se envolvido em acidente com duas mortes

Tribunal do júri de Everton Cunha tem data marcada

Ele é acusado de homicídio por ter se envolvido em acidente com duas mortes

A Vara Criminal da Comarca de Brusque marcou o julgamento de Everton Cunha, o Kankinha, para o dia 23 de agosto, uma sexta-feira. Ele é acusado de homicídio por ter se envolvido em um acidente com duas mortes no dia 12 de março de 2016.

A sessão do Tribunal do Júri terá início às 8h30, no fórum. Os jurados serão sorteados e convocados previamente, conforme manda a legislação.

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Em seu despacho, o juiz Edemar Leopoldo Schlösser disse: “analisando os autos, verifica-se que não há nulidade ou irregularidade, nem diligências a serem realizadas, pelo que dou por preparado o processo para ser julgado pelo Tribunal do Júri”.

Histórico
Cunha, na época com 22 anos, estava com Luiz Antônio Marchi no dia 12 de março de 2016. Segundo as investigações, ele bebeu em um costelaço na cidade de Canelinha e depois voltou para Brusque na direção de um Gol.

Na rodovia Gentil Batistti Archer (SC-108), bairro Zantão, ele perdeu o controle do veículo e bateu de frente com o Ford Escort, no qual estavam Silciane de Fátima Stivanin, 37, e Joanir Quevedo dos Santos, 35, moradores de São João Batista, que morreram no local, e o filho de Silciane, Eduardo Stivanin, 13, que foi levado ao Hospital Azambuja em estado grave.

Depois do acidente, Cunha saiu do local a pé. O carona Marchi foi socorrido com vários cortes, hematomas e quatro fraturas nas pernas. 

No dia 14, ou seja, dois dias depois do acidente, o acusado compareceu na Delegacia de Polícia Civil, junto com seu advogado, e respondeu todos os questionamentos. Cunha negou ter bebido e disse que o acidente fora causado por uma falha mecânica.

No dia 1º de abril, Cunha foi preso preventivamente. O delegado Alex Bonfim Reis, da Divisão de Investigação Criminal (DIC), considerou que a versão do acusado não se sustentava.

No começo do mesmo mês, a Vara Criminal negou pedido de liberdade interposto pela defesa. A juíza de plantão ordenou que Cunha permanecesse preso em cadeia pública.

Entretanto, em 3 de maio ainda de 2016, um desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) acatou o pedido da defesa de Cunha e lhe concedeu habeas corpus. Ele foi solto mediante o cumprimento de algumas medidas restritivas.

A defesa de Cunha apresentou uma série de recursos e questionamentos jurídicos tanto no TJ-SC quanto no Superior Tribunal de Justiça (STJ) nos últimos três anos e meio.

Eles tentaram derrubar a decisão da primeira instância que havia determinado o júri popular. Essa parte do recurso foi negada, contudo, a defesa obteve sucesso em alterar a acusação de tentativa de homicídio contra Eduardo para lesão corporal.

A acusação contra Cunha, portanto, é de homicídio pelas duas mortes e de lesão corporal devido aos ferimentos causados ao adolescente e a Marchi, que estava no banco do carona do Gol.

Defesa
Cunha argumentou na delegacia e em juízo que não tinha ingerido bebida alcoólica em Canelinha. Disse, ainda, que só havia ultrapassado em locais permitidos e que estava na velocidade permitida.

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O réu também argumentou que o acidente poderia ter sido causado por alguma falha mecânica no veículo que ele conduzia. Cunha justificou que saiu do local porque fora ameaçado por pessoas que testemunharam a cena e estava com medo.

Marchi, então amigo de Cunha que estava na carona, disse que Cunha tinha dirigido em alta velocidade e havia ultrapassado perigosamente. Ele também afirmou que havia pedido para o motorista ir mais devagar, mas não teria sido atendido.

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