Trinta bombeiros comunitários auxiliam nos atendimentos de emergência em Brusque

Eles cumprem no mínimo 24 horas de trabalho por mês e ajudam os militares durante as ocorrências

Trinta bombeiros comunitários auxiliam nos atendimentos de emergência em Brusque

Eles cumprem no mínimo 24 horas de trabalho por mês e ajudam os militares durante as ocorrências

Com um baixo efetivo para atender Brusque, Guabiruba e Botuverá, o Corpo de Bombeiros conta com um reforço nos atendimentos de urgência e emergência: os bombeiros comunitários. Seja no dia de folga ou entre uma jornada e outra de trabalho, eles dedicam pelo menos 24 horas por mês na corporação. Atualmente, 30 pessoas prestam este serviço voluntário na região.

Segundo o tenente Hugo Manfrin Dallossi, comandante da 3ª Companhia de Bombeiros Militar de Brusque, atualmente existem 300 pessoas habilitadas para exercer a função, mas apenas 30 delas seguem em atividade. Para ser bombeiro comunitário é necessário passar por um curso básico, de 40 horas/aula, e um curso avançado, de 332 horas/aula. A última formatura aconteceu em 2012, quando 28 pessoas foram capacitadas para auxiliar nos atendimentos de urgências e emergências.

“Para ser bombeiro comunitário é preciso cumprir no mínimo 24 horas de trabalho por mês. Eles participam de atendimentos de acidentes, incêndios, mas evitamos colocá-los em atividades onde há muito risco, como resgates em altura e incêndios em locais muito fechados – nestes casos colocamos eles nas funções de auxílio na viatura”, explica o tenente.

Segundo o comandante, a intenção é oferecer um novo curso avançado no próximo ano, mas para isso, a corporação precisa oferecer três cursos básicos para poder fazer o avançado. “Por isso vamos começar em agosto com o curso básico, que será oferecido para toda a comunidade. Quem quiser ser bombeiros comunitário precisa participar dele primeiro”, afirma.

Nos cursos, os futuros bombeiros aprendem desde primeiros socorros até técnicas de atendimentos em casos de incêndios e acidentes. Para quem é formado, não conseguiu manter o ritmo de trabalho voluntário e quer retornar ao serviço, precisa passar por um estágio de 50 horas depois de três a seis semestres de inatividade. Se for a mais tempo que isso, é preciso fazer além do estágio, uma prova de conhecimento teórico.

Para o tenente Manfrin, diversos fatores influenciam na decisão de se tornar um bombeiro comunitário, desde o desejo de fazer novos amigos na corporação até a autoestima, uma sensação de que está ajudando o próximo e prestando um bom trabalho à sociedade. Ele lembra que o lema deles é “Bombeiros comunitários: uma parceira que deu certo”. “Realmente deu certo, o trabalho ao lado deles melhora, eles nos auxiliam bastante e disponibilizam seu momento de folga e lazer para se dedicar a um serviço voluntário”, destaca.

De bombeiro comunitário a militar

O soldado Carlos Alexandre de Souza iniciou a carreira no Corpo de Bombeiros em 2008, mas desde 2005 já fazia parte dos bombeiros comunitários. “Eu sempre quis exercer essa profissão, desde criança. Como não tinha concurso naquele ano, eu tentei ser bombeiro comunitário, assim eu conheceria o trabalho e veria se era mesmo aquilo que eu queria fazer”, conta.
Na época, ele trabalhava em uma gráfica das 5h às 14h, mesmo assim encontrava um tempo para prestar o serviço voluntário. Depois que passou no concurso em 2008, permaneceu em Florianópolis por alguns meses, até sua formatura, e ficou pouco tempo em Blumenau e logo voltou a Brusque, cidade onde iniciou o trabalho como bombeiro comunitário.

Voluntário x Comunitário

Apesar de parecer a mesma coisa, os bombeiros voluntários e comunitários são duas vertentes diferentes. Os voluntários são bombeiros civis, que realizam atendimentos de emergência nas cidade onde atuam. Já os comunitários trabalham em parceira com os militares, passam pelo curso de treinamento e prestam um serviço voluntário para as corporações.

Em tese, assim como os comunitários, os voluntários também atuam sem receber um salário, porém, para se manter, eles recebem ajuda financeira de empresas parceiras, além de contar com uma subvenção do governo de Santa Catarina desde 1991. Hoje existem quase quatro mil pessoas divididas em 43 corporações de bombeiros voluntários.

Em Brusque, não existe bombeiros voluntários, apenas comunitários, que teve a primeira turma formada em 1999.

Bombeiro comunitário - com uniforme cinza - durante atendimento a um acidente de trabalho no Centro
Bombeiro comunitário – com uniforme cinza – durante atendimento a um acidente de trabalho no Centro
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