Último Pé no Bairro do ano teve atividades para todos os gostos

De contação de histórias a artesanato, muito aprendizado e diversão

Último Pé no Bairro do ano teve atividades para todos os gostos

De contação de histórias a artesanato, muito aprendizado e diversão

Um dia para aprender, se divertir, fazer amigos e cuidar da saúde e da beleza, tudo ao mesmo tempo, na escola. Parece o sonho de qualquer criança, mas com o Pé no Bairro isso foi realidade ontem, no último Pé no Bairro de 2012, na Escola de Educação Básica Monsenhor Gregório Locks, em Dom Joaquim.

Em clima de despedida do Pé no Bairro como estudante, Bruna dos Santos Cormineiro, 17 anos, aluna da 3ª série do Ensino Médio, quer continuar participando, mesmo depois que sair da escola. 

– É muito interessante para o desenvolvimento dos alunos. O que mais gostei foi das palestras sobre desenvolvimento humano e  as palestras das faculdades. Hoje assisti uma sobre como elaborar o currículo e como se comportar em uma entrevista de emprego. É importante isso porque estamos saindo do Gregório com pensamento positivo, de fazer uma faculdade, ir além – afirmou Bruna.

Para Guilherme Marchesky, diretor da E. E. B. Gregório Locks, o aspecto social do projeto é muito importante.

– Várias crianças daqui não têm opção, nunca foram ao cinema, e até alguns professores não conheciam cinema. O Pé no Bairro realmente promove uma interação social muito grande, em todas as áreas e com o envolvimento dos pais, começamos a perceber a mudança do aluno no dia a dia na escola. Aqui os pré-adolescentes recebem orientação sobre sexualidade, e os alunos do ensino médio aprendem mercado de trabalho e sobre participação ética e política na sociedade. E para montar uma estrutura assim, só mesmo fazendo parcerias como essa – enfatizou Marchesky.


Pais na escola

Outro aspecto importante do Pé no Bairro é o envolvimento de pais, como Paula Cristina Ferreira Silveira, 28, metalúrgica, que assistiu a oficina de Contação de Histórias.

– Foi bem interessante. Não é como contar as histórias em casa, aqui os professores conseguem tirar a história do papel e levar as crianças para dentro da história. Mas dá para usar alguns técnicas que foram utilizadas aqui. Minha filha adora histórias, sempre compro livros para ela aqui na feira de livros – Contou Paula.

Foi a primeira vez que Paula participou do Pé no Bairro e ela gostou bastante. Gostaria que o projeto fosse contínuo e realizado em todo o estado, principalmente para que os pais acompanhem sempre os filhos.

Para o diretor da escola, com a participação em eventos como esse, os pais começaram a perceber que é importante o acompanhamento, estar junto das crianças, seja no dia a dia da escola ou em eventos como esse, onde eles aprendem a contar histórias para seus filhos, ou até mesmo sobre quais são os filmes ideais para seus filhos.


Contação de Histórias – um dos maiores sucessos

Na sala onde acontecia a contação de histórias, é inegável o fato de ser uma das mais disputadas do Pé no Bairro. Além da sala lotada de alunos, o sorriso nos lábios e o brilho no olhar não deixam esconder o quanto as crianças gostam de uma boa e velha história.

O contador de histórias e professor Emiliano Daniel de Souza, 38, acredita que as crianças gostam tanto de histórias porque elas são preparadas, como quando prepara-se um alimento, colocando alguns temperos especiais. 

– Nas histórias também é assim, acabamos dando mais vida aos personagens, musicamos as falas e trazemos para os nossos dias uma arte que é milenar – explicou Souza.

Mas a importância da contação de histórias vai além, é importante porque leva as crianças aos livros, elas percebem que os livros, além de uma fonte de conhecimento, podem ser uma fonte de entretenimento e abre a mente das crianças. 

– Não tenho muitos recursos visuais, então elas acabam tendo que imaginar as coisas, cada uma dentro de seu universo – salientou Souza.

As histórias falam de dificuldades e superação, e ensinam valores de vida, mas a ideia não é moralizar as crianças, o objetivo é unicamente compartilhar histórias. Segundo Souza, qualquer pessoa é um contador de histórias. As de literatura exigem um pouco mais de tempo e dedicação, mas todos nós contamos histórias. Também é uma atividade muito saudável porque as crianças  sentam para ouvir. 

– Em um mundo tão agitado é muito importante aprender a saber ouvir, além de ser uma atividade enriquecedora porque todas tratam de temas universais – finalizou Souza.

Artesanato e voluntariado

As atividades tradicionais fizeram sucesso: as filas para o corte de cabelo, a esmaltação, o penteado e a pintura no rosto eram grandes; a cama elástica não teve folga; a produção de catavento foi de vento em popa; os jogos, palestras, a sessão de cinema e a Transitolândia foram disputados; e a preocupação com a saúde deixou a nutricionista muito satisfeita. Mas o artesanato também roubou a cena com marcadores de páginas de biscuí, pica-paus de gesso, bonecas de pano (abaiomy) e pulseiras com rolo de fita crepe. 

Uma das voluntárias, Larissa da Silva Figueiredo, 23 anos, é secretária e pela primeira vez ajudou a fazer o Pé no Bairro. 

– É muito bom esse projeto e acho muito importante a criança se envolver com artesanato e voltar a criar coisas. Geralmente eles gostam muito de videogame, mas com essa atividade eles voltam a brincar como antigamente, o que é muito bom – opinou Larissa.
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