A vã luta para destruir o Cristianismo

Paulo Vendelino Kons, historiador

A vã luta para destruir o Cristianismo

Paulo Vendelino Kons, historiador

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  • 23/12/2018
  • 17:53
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Muitos homens odeiam a verdade por amor daquilo que tomaram por verdadeiro.”
(Aurelius Augustinus Hipponensis, Filósofo)

Há um movimento empenhado em destruir o cristianismo e apenas um dos seus líderes, George Soros, investiu 11 bilhões de dólares nas duas últimas décadas para concretizar esse ideal, com a disseminação do uso de drogas, aborto e suicídio assistido. Ele mesmo contou a um entrevistador do The Independent que “apesar de ser um ateu, eu carreguei algumas fantasias messiânicas bem potentes desde a infância”. E se comparou ao Deus do Antigo Testamento  (“The Billionaire Who Built on Chaos — George Soros” The Independent, June 3, 1993).

Um dos grandes parceiros de Soros, a Organização das Nações Unidas (ONU) ataca claramente “essas religiões dogmáticas”, principalmente a Igreja católica e outros grupos cristãos, afirmando que “elas atentam contra a justiça, a paz, o diálogo e o desenvolvimento”. A ONU, em questões como a defesa da vida, se converteu em uma organização que gera políticas antivida e antifamília. Nos textos dos Tratados Internacionais dos Direitos Humanos,  sem que falem diretamente, por exemplo, de aborto, os comitês de seguimento dos tratados impõem aos Estados Nacionais, como se fosse parte dos tratados políticas de aborto. Assim, usando da tática de manipulação da linguagem, ao defender nos países membros o “Direito Sexual e Reprodutivo”, tem trabalhado arduamente para impor o aborto no mundo.

Assim uma ideologia internacional, bem financiada e determinada, está cooptando milhares de pessoas para trabalhar pela destruição do patrimônio moral multissecular do Ocidente. Um antro de criminosos decidiu que precisa acabar não só com a moralidade judaico-cristã, mas com a própria família. Como eles têm consciência de que a população como um todo é contrária aos seus anseios, manipulam a linguagem para destruir essas instituições sem que ninguém perceba. “Mudar o significado e o conteúdo das palavras é uma artimanha para que a reengenharia social seja aceita por todos sem protestos.” (Juan Claudio Sanahuja. Poder Global e Religião Universal. 1 ed. Katechesis/Ecclesiae: Campinas, 2012. p. 39.)

Como já dizia Platão, “verdade conhecida é verdade obedecida”, não sendo possível a alguns criarem as suas próprias verdades nem mesmo mudar as verdades já existentes, de modo a adaptá-las aos seus desejos.  Entretanto, cada vez mais, percebe-se uma enorme dificuldade para compreender a diferença existente entre fato e opinião, a despeito de o conhecimento ser muito mais importante do que a opinião. Há situações, inclusive, a respeito das quais não se admitem opiniões, a exemplo das verdades matemáticas e de outros postulados e conceitos científicos irrefutáveis, que não podem ser contestados por meras opiniões, impondo-se às pessoas a eles se adaptarem, e não o contrário, exigindo que verdades universais se transmudem ao sabor das suas vontades, ambições e caprichos.

Uma democracia sem verdade e sem valores transforma-se com facilidade em totalitarismo visível ou encoberto, sendo a origem do totalitarismo moderno a negação da dignidade transcendente da pessoa, sujeito natural de direitos, um valor que ninguém pode violar, nem mesmo o Estado.

Elogiados pelo materialismo laicista e incentivados pela quase totalidade dos veículos de comunicação social, diariamente percebemos que são colocados sobre um pedestal comportamentos morais que destroem a dignidade do homem e da mulher, criados à imagem de Deus; que aviltam a grandeza do amor, do casamento e da família; e conspiram contra o caráter sagrado da vida e da morte.

Apesar de toda tentativa de se relativizar a verdade, todo homem e mulher de boa vontade podem concluir que, na realidade, existe um referencial claro, que é o esplendor da verdade contida nos Mandamentos da Lei de Deus, proclamados no Sinai, os quais proclamam a verdadeira humanidade do ser humano e enunciam as exigências do amor de Deus e do próximo, mandamentos que resumem a lei divina natural, válida para todos os povos e todas as crenças, e que foram elevados até ao máximo nível do amor pelos ensinamentos e o exemplo de Jesus Cristo que, verdadeiramente, nos trouxe a luz da vida.

Em nome de alegados direitos humanos, poderosas forças ameaçam gravemente os princípios éticos e morais de inspiração cristã no Brasil, sendo a ideologia de gênero o mais poderoso instrumento de destruição desses princípios no cotidiano da família brasileira.

De forma perversa, tal ideologia quer subverter os valores morais e religiosos que professamos, pois busca incutir nas crianças e jovens a ideia estapafúrdia, sem nenhuma base científica, de que não somos homem e mulher, pretendendo impor como verdade a não existência de um homem natural e de uma mulher natural. E que, assim, o ser humano nasceria sexualmente neutro, sendo a sociedade a construtora dos papéis de cada um; e que os ‘gêneros’ seriam passíveis de serem socialmente construídos, sem a existência de uma masculinidade e de uma feminilidade naturais, facultando-se a cada um ‘desconstruir’ o papel que lhe foi imposto por convenção social.

Nessa linha, a ideologia de gênero constitui-se numa afronta às famílias brasileiras. Se aprovada, não existiria mais homem e mulher distintos segundo a natureza. Pelo seu elevado grau de arbitrariedade, por revelar-se nitidamente antinatural e anticristã, a ideologia de gênero, que está presente em dezenas de projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional, merece a sadia reação dos cristãos e de todas as pessoas de boa vontade. Sabidamente, o que está por trás dessa investida é a desconstrução da família e da religião; a pulverização de todos os valores morais e éticos que, há milênios, vieram sendo construídos e aperfeiçoados, com inspiração nos princípios bíblicos cristãos. E, para alcançar esse objetivo, a proposta é destruir o indivíduo na sua essência, usurpar-lhe a identidade e transformá-lo em ‘massa de manobra’, tal como se fosse uma espécie de ‘folha em branco’, na qual pudesse ser escrito ou desenhado o que bem lhe aprouvesse.

Em passado não muito distante, esse modelo de desconstrução de valores já foi utilizado por regimes como o comunismo, o nazismo e o fascismo. A ideologia de gênero busca também o esvaziamento jurídico do conceito de homem e de mulher, e seus defensores afirmam que o sexo biológico é apenas um dado corporal de cuja ditadura nos devemos libertar pela composição arbitrária de um gênero.

Se aprovada, como grupos minoritários querem, a ideologia de gênero terá as consequências piores possíveis. Conferindo status jurídico à chamada ‘identidade de gênero’, perde o sentido falar em ‘homem’ e ‘mulher’; falar-se-ia apenas de ‘gênero’, uma ambiguidade que é prenúncio do próprio caos jurídico e natural — algo totalmente incompatível com a estrutura e o modelo político de qualquer Estado de Direito minimamente civilizado.

Evidentemente não nos colocamos em posição de censura ou afronta à liberdade das pessoas de viverem a opção sexual que lhes convenha, e frisamos que nossa manifestação não é, nem pretende ser, de forma alguma, contrária às escolhas de cada ser humano. Prezamos, acima de tudo, o respeito à pessoa humana.

O que condenamos na chamada ideologia de gênero e na massiva propaganda de estímulo à homossexualidade é o interesse em disseminar esse comportamento, especialmente entre crianças em idade escolar, para as quais a sociedade e o Estado devem devotar o melhor da sua atenção e dos seus recursos na sustentação de um sistema que lhes garanta adequada formação intelectual e moral, em consonância com os padrões culturais da esmagadora maioria dos integrantes da sociedade brasileira.

Opressão injusta e odiosa contra os cristãos
Adolf Hitler, líder inconteste do Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei  – NSDAP (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, mais conhecido como Partido Nazista ou Nazi), Chanceler do Reich e Führer da Alemanha Nazista de 1934 até 1945,  eliminou rapidamente a influência católica na política e milhares de pessoas foram presas. Em 1940, clérigos foram enviados pelos nazistas ao Campo de Concentração de Dachau. De um total de 2720 clérigos enviados ao campo de Dachau, a grande maioria, por volta de 2579 (ou 94,88%) eram católicos. Os colégios católicos na Alemanha foram eliminados em 1939 e a imprensa católica em 1941. Com a expansão da guerra no Leste em 1941, também veio o aumento dos ataques à Igreja na Alemanha. Monastérios e conventos foram fechados e começou a expropriação dos bens da Igreja. Os mais afetados foram especialmente os jesuítas. Bispos alemães acusaram o Reich de uma “opressão injusta e odiosa contra Cristo e a sua Igreja”.

Nas áreas polonesas anexadas pela Alemanha uma perseguição severa foi lançada em 1939. Nelas, os nazistas desmantelaram sistematicamente a Igreja – prendendo lideranças, exilando clérigos, fechando igrejas, monastérios e conventos. Muitos clérigos foram assassinados. Pelo menos 1811 sacerdotes poloneses morreram em campos de concentração nazistas. O plano de alemanização do Leste de Hitler não via espaço à Igrejas Cristãs. A Igreja também foi tratada duramente em outras regiões anexadas como a Áustria sob o Gauleiter de Vienna, Odilo Globocnik, que confiscou propriedades, fechou organizações católicas e enviou muitos padres para Dachau. Nas terras tchecas ordens religiosas eram suprimidas, escolas fechadas, instrução religiosa proibida e padres enviados a campos de concentração.

O império de Hitler foi aniquilado, mas o cristianismo, mesmo com a tibieza e nem sempre coerência dos cristãos, persiste.

“Destruiremos a Cruz”
“O mandamento é claro, matar os infiéis como Alá disse”, foi a resposta do Estado Islâmico (ISIS) ao Papa Francisco no número de agosto de 2016 da sua revista Dabiq intitulada “Destruir a Cruz”, na qual afirma que odeia o ocidente cristão e acusa o Pontífice de querer “pacificar a nação muçulmana”. “Conquistaremos a sua Roma, destruiremos as suas cruzes e escravizaremos as suas mulheres”, enfatizou também o órgão ‘noticioso’ do ISIS, organização que possui o hábito de cortar a cabeça dos cristãos, inclusive de mulheres e crianças, com a espada e a  faca.

Mesmo não fazendo uso da força bruta de Hitler ou do ISIS, em meio a tantos problemas hoje vivenciados, percebemos que organismos internacionais e poderosas fundações multibilionárias desferem constantes ataques ao cristianismo, diretamente ou por organismos que eles financiam,  buscando esvaziar as pregações, as crenças religiosas e os dogmas da religião. Submetida ao bombardeio do poderoso sistema midiático prevalente, a sociedade se questiona acerca de seus princípios éticos e  morais. A ação é cada vez mais incisiva dos que patrocinam a destruição de valores que permearam a construção da civilização ocidental. Apresentam a legalização de drogas, do aborto e da prostituição como um avanço civilizatório, quando na realidade isso destrói lares, famílias e viola os princípios cristãos. Sobretudo nos anos de 2013 a 2016, o governo brasileiro apoiou, financiou e patrocinou ONGs ligadas a grupos abortistas internacionais, como Cfemea; Instituto Patrícia Galvão e Cunhã Coletiva Feminista, entre outras.

Também contratados da Rede Globo declaram apoio à causa abortista e anticristã, além de debochar de Maria, mãe de Jesus Cristo, inclusive gravando um vídeo, que foi um dos mais rejeitados nos últimos anos. No vídeo, alguns atores defenderam abertamente o assassinato das crianças que estão por nascer e ridicularizaram o fato de Maria ter gerado e gestado, sendo virgem, seu Filho Jesus. Além de cometerem pelo menos um delito neste vídeo, a saber, incitação ao crime (promover o aborto é promover um crime!) e atentar contra nós crentes, vilipendiando nossa fé, as “estrelas” da televisão deste país mostram-nos algo bem maior: seu desespero, pois sua ideologia de morte está perdendo terreno cada dia mais.

A indústria do aborto, tão presente nos Estados Unidos, anseia muito pela legalização do aborto no Brasil, para ter mais um mercado consumidor onde possa faturar em cima do sofrimento de crianças e mães, por meio do procedimento em si, da venda de remédios e da comercialização dos corpos das crianças abortadas.

A Rede Globo e a maior parte da mídia em geral, anseiam pela liberação do aborto porque este contribui para o seu projeto de Revolução Cultural, cujo objetivo é destruir os valores cristãos na sociedade. Além disto, a vida promíscua que a maior parte destes midiáticos vive leva-os a querer a sua libertinagem ampliada a toda sociedade.

É sabido que, segundo os planos dos abortistas e pelo montante de dinheiro por eles investido, o aborto já deveria estar legalizado no Brasil há pelo menos uma década. O partido político que esteve no  poder  de 2013 a 2016 se comprometeu com esta legalização.

Não obstante toda ação para legalizar o aborto, isto não somente não aconteceu como a opinião pública tem sido cada vez mais contrária ao aborto, passando de 80% o número de brasileiros que desaprovam este assassinato.

Diversos países, além do Brasil, não obstante toda pressão política e financeira não têm avançado na liberação do aborto.

Os defensores da vida têm se organizado de uma forma cada vez melhor no país, inclusive com ação política.

Se é verdade que a nossa luta é de Davi contra Golias, pois eles detêm a grande mídia, o dinheiro e a fama, nós detemos a verdade, algo que fala direto ao coração humano. Mas, assim como eles não descansam na busca de seu objetivo sórdido – o assassinato – muito mais nós – cidadãos comuns -devemos nos empenhar por um país de cultura de vida.

Alguns fatos que comprovam a luta contra o cristianismo na Terra de Santa Cruz, nome dado ao Brasil pelos portugueses, logo após a chegada de Pedro Álvares Cabral, com o objetivo de refletir o sentido da propagação da fé cristã:

FATO I
Milhares de crianças, em horário de aula, foram conduzidas pelas suas escolas à exposição Queermuseu, em cartaz durante quase um mês no espaço Santander Cultural, em Porto Alegre/RS, e cancelada, no dia 10 de setembro de 2017, depois de 100 mil correntistas fecharem suas contas no banco Santander, além de manifestação de milhões de brasileiros decentes nas redes sociais e milhares  protestarem no local, contra a profanação de símbolos religiosos e explícita promoção da pedofilia, zoofilia, prostituição infantil, e outros tantos relacionamentos sexuais que fogem aos mais básicos princípios de moralidade como modos normais de vida, como relação a sexual de dois homens com uma ovelha, uma mulher com um cachorro e dois homens introduzindo seus pênis na boca e no ânus de um homem negro. As obras apresentavam blasfêmias contra símbolos religiosos, como hóstias nas quais escreveram palavras de baixo calão, além de imagens que profanaram o símbolo maior da fé cristã, Jesus crucificado, integrando um conjunto de obras ofensivas e de mau gosto como a Virgem Maria segurando um macaco, representando Jesus Cristo.

O evento foi organizado com a utilização de R$ 850.560,00 (oitocentos e cinquenta mil e quinhentos e sessenta reais) de recursos públicos (Lei Rouanet).

Mais uma vitória dos que pensam a Revolução Cultural, que sabem que seu trabalho deve ser feito de forma lenta, gradual, dando a impressão de naturalidade, ou seja, dando a impressão de que a sociedade caminha assim naturalmente. O marxismo cultural, no Brasil, já conseguiu a hegemonia cultural e da mídia. Pela política da dominação de espaços, já controlam a classe falante (jornalistas, cineastas, psicólogos, padres, promotores de justiça, juízes, políticos, escritores), que é formada no pensamento do marxismo cultural.

Assim, sob a hipócrita máscara da “liberdade de expressão“, alunos do ensino fundamental foram conduzidas a uma exposição na qual, smj, seus organizadores incorreram nos crimes previstos nos artigos 208 e 234 do Código Penal e no artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente. O “curador” da exposição Queermuseu é Gaudêncio Cardoso Fidelis, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à Câmara dos Deputados, sob o nº. 1308,  e que recebeu a consagradora votação de  4.521 (quatro mil e quinhentos e vinte e um votos, 0,08% dos válidos) em 7 de outubro de 2018, seu grupo – hoje hegemônico na cultura, mídia, sistema de justiça, universidades e outras áreas – está em guerra, promovendo a destruição das três colunas da civilização ocidental: a fé cristã, o direito romano e a filosofia grega, tudo é válido e permitido.

Nós propomos o encontro de Jerusalém, Atenas e Roma, significando a fé no Deus de Israel, a razão filosófica dos gregos e o pensamento jurídico de Roma em contraposição ao marxismo cultural, que preconiza a destruição da família e da civilização ocidental através da derrubada – em nome de falsos direitos humanos – da fé cristã, do direito romano e da filosofia grega, as três colunas da civilização ocidental.

Mas os adeptos do marxismo cultural aclamam o curador como ícone da “liberdade de expressão”.

FATO II
No saguão de entrada do Instituto de Ciências Humanas (ICH) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) uma jovem nua se masturba na escadaria em frente ao prédio ICH, na rua Alberto Rosa, em 26 de outubro de 2015.  Outras fumavam maconha e consumiam bebidas alcoólicas dentro e fora do saguão do prédio da Universidade Federal de Pelotas, sem serem contidas. O ato iniciou por volta do meio-dia e se estendeu ao longo da tarde e da noite. Algumas mulheres nuas ou com os seios à mostra urinavam em baldes e jogavam a urina nas paredes do prédio da UFPel. Os manifestantes impediram o acesso ao edifício e a Universidade Federal decidiu suspender as aulas. Em nota, a UFPel aponta que “verificou a incompatibilidade da manifestação com as aulas, o que motivou a suspensão das atividades didáticas”. As aulas na Faculdade de Educação e do Instituto de Filosofia, Sociologia e Política (IFISP) também foram suspensas.

 FATO III
A XXVIII Jornada Mundial da Juventude (JMJ), realizada de 23 a 28 de julho de 2013 no Rio de Janeiro, segundo dados oficiais, reuniu 3,7 milhões de participantes, inclusive vários Chefes de Estado. No sábado, dia 27 de julho de 2013, a autoproclamada ‘Marcha das Vadias’ foi realizada próximo ao Altar Central, na Praia de Copacabana, onde o papa Francisco presidia os atos da histórica Jornada. Os integrantes da ‘Marcha das Vadias’ cobriram seus órgãos genitais com a imagem de Jesus Cristo; chutaram, pisotearam e destruíram cruzes e crucifixos; destruíram duas imagens de Nossa Senhora, simularam relações sexuais e se masturbaram com as cruzes e imagens diante dos peregrinos, inclusive crianças.

No mês anterior, com status de ‘representante do povo’ e das ‘mulheres brasileiras’, a presidente Dilma Rousseff (PT) recebeu no Palácio do Planalto as organizadoras da ‘Marcha das Vadias’, em reunião realizada no dia 28 de junho daquele ano.

Também os deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) homenagearam a ‘Marcha das Vadias’, concedendo a uma das articuladoras da marcha o título de ‘EDUCADORA’, em Sessão Solene da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

FATO IV
Em 31 de outubro de 2015, o cartão-postal da cidade de São Paulo, a Catedral da Sé amanheceu tomada por pichações favoráveis ao aborto, com frases como ‘Útero laico’, ‘Tire seus rosários dos meus ovários’, ‘Útero livre’, ‘Aborto sim’ e ‘Se o papa fosse mulher, o aborto serial legal’, após manifestação contra o projeto de lei 5.069/2013 que, entre outras medidas, visa a fazer cumprir o que dispõe expressamente a legislação brasileira sobre o ‘aborto legal’ e restringe a venda de medicamentos abortivos no país. A manifestação iniciou na Avenida Paulista e terminou por volta das 21h30 em frente à Catedral da Sé. Segundo cálculo da Polícia Militar, o ato reuniu três mil participantes.

Estudantes de direito, de enfermagem, de análise de sistemas e outros jovens se organizaram por meio de grupos nas redes sociais e chegaram cedo à Catedral, na manhã de Domingo (1º. de novembro de 2015), munidos de removedor de tinta e detergente neutro. Todos se declararam apartidários, cristãos em defesa da vida e limparam as pichações a favor do aborto. Os jovens foram recepcionados pelo Arcebispo Metropolitano de São Paulo, o cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, na escadaria da Catedral. Uma organizadora da manifestação que resultou no ataque à Catedral atacou o cardeal Dom Odilo Scherer, por ter se deixado fotografar ao lado de jovens com pequenos cartazes de valorização da vida e contra o aborto.

Como sabemos, a Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção e São Paulo constitui monumento arquitetônico-artístico de referência para a cidade de São Paulo. Está localizada diante do marco zero da cidade. É edifício religioso que simboliza a fé cristã professada pela Igreja Católica. É também casa para todos. Diariamente entram na catedral centenas de pessoas de culturas e credos variados que são acolhidas fraternalmente.

FATO V
Um grupo de feministas adeptas do ‘anarcofunk’, a autointitulada banda ‘Putinhas Aborteiras’ se apresentou na TVE do Rio Grande do Sul, às 18h30min do dia 5 de maio de 2014, na gestão do então governador Tarso Genro (PT).  A banda combinou a batida do funk com letras repletas de palavrões, críticas à Igreja Católica e referências sexuais. Mesmo com o linguajar chulo e de baixo nível e da exposição a crianças, a TV pública convidou as ‘Putinhas Aborteiras’. Será adequado a TV EDUCATIVA abrir espaço, às 18h30min, para uma banda que prega abertamente a promiscuidade, o vandalismo e a violência? E a agressão praticada pela banda ao papa Francisco e aos demais cristãos é aceitável?

A Verdade eterna
Já se passaram vinte séculos, inúmeras perseguições, como do Império Romano, nazismo, comunismo, fascismo e ateísmo, e a Igreja continua mais firme e forte do que nunca. Quanto mais é perseguida, tanto mais corajosa se torna; quanto mais apanha, tanto mais se fortalece; quanto mais é caluniada, tanto mais sábia se torna.

Tertuliano de Cartago (+220), um dos apologetas da Igreja, escreveu ao imperador romano da época, Antonino Pio, o qual perseguia os cristãos, dizendo-lhe que não adiantava persegui-los nem matá-los, porque “o sangue dos mártires é semente de novos cristãos”. O Império Romano desabou, o comunismo sucumbiu, o nazismo acabou, mas a Igreja de Cristo continua mais firme do que nunca.

O mundo hoje chama nós cristãos de obscurantistas e retrógrados, dentre outros adjetivos, por sermos fiéis a Jesus Cristo. A Igreja não se curva diante do pecado do mundo moderno, da mesma forma que não se curvou diante dos carrascos dos seus mártires.

Não buscamos a glória dos homens, mas somente a glória de Deus, por isso não nos intimidamos e nem desanimamos diante das ameaças, pois não negaremos a Verdade do nosso Senhor.

É confortadora a certeza de, além de confiar à Igreja a Verdade eterna, nosso Senhor Jesus Cristo lhe garantiu a vitória contra todos os seus inimigos. Disse a Pedro: “As portas do inferno jamais a vencerão” (Mt 16,17).

 

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