José Francisco dos Santos

Mestre e doutor em Filosofia pela PUC/SP, é professor na Faculdade São Luiz e Unifebe, em Brusque e Faculdade Sinergia, em Navegantes/SC e funcionário do TJSC, lotado no Forum de Itajaí/SC.

Vende-se óleo de peroba

José Francisco dos Santos

Mestre e doutor em Filosofia pela PUC/SP, é professor na Faculdade São Luiz e Unifebe, em Brusque e Faculdade Sinergia, em Navegantes/SC e funcionário do TJSC, lotado no Forum de Itajaí/SC.

Vende-se óleo de peroba

José Francisco dos Santos

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Dória, fizeram pronunciamentos contra a ideologia de gênero. Pelo que me lembro, é a primeira vez que chefes do poder executivo se empenham nesta luta.

Até aqui, a briga vinha sendo travada no âmbito dos legislativos federal, estaduais e municipais. O procurador Guilherme Schelb, que esteve em Brusque no ano passado, está há anos nessa luta e possui farto acervo desse material em suas páginas na internet.

Igualmente, o professor Felipe Nery Martins Neto e outros tantos batalhadores têm viajado o país na luta para evitar que, em cada município e estado, a ideologia de gênero seja imposta oficialmente na educação.

A base do discurso de gênero é a ideia de que não existem homem e mulher naturais, ditados pela biologia, mas que toda manifestação masculina, feminina, homossexual, bissexual, transexual e por aí vai é construção cultural.

Essa especulação é fruto da revolução sexual iniciada com os filósofos da Escola de Frankfurt, com decisiva contribuição do filósofo francês Michel Foucault e tem na feminista radical Judith Buttler sua mais importante representação no momento. A teoria se modifica sempre, com o claro objetivo de confundir mais que explicar.

A palavra “gênero” vai substituindo a palavra “sexo” na linguagem comum, para que nos habituemos com ela, entrando no jogo sem saber o que estamos fazendo. É o mesmo caso da palavra “homoafetivo”, ou “homofobia”: uma revolução que começa com a linguagem, e da qual participamos sem clara consciência, apenas por entrarmos nesse jogo linguístico.

Quem quiser se aprofundar nessa discussão, pode ler o livro “Gênero: ferramenta de desconstrução da identidade”, organizado pelo professor Felipe Nery. Ali há uma coletânea de estudos que normalmente são ignorados pelos espalhadores da ideologia de gênero.

Tem, inclusive, a experiência macabra do Dr. John Money, que tentou transformar um menino em menina no Canadá, com requintes de filme de terror, além de estudos científicos que desmentem a ideologia, mas que nunca são divulgados. Que esses malucos discutam suas teorias mirabolantes nos seus círculos universitários, vá lá. O problema é que isso é passado para os currículos escolares, e nossos filhos estão aprendendo isso como se fosse ciência.

Tarefas escolares incitam a sexualização precoce e as “experiências de gênero”, como professoras de educação infantil que convencem meninos de cinco anos a usarem batom ou fantasia de princesa. É isso que tem mobilizado o país nesses últimos anos contra esses dementes, que estão espalhados pelas universidades e exercem profunda influência na formação dos professores e demais profissionais.

Mas agora que o cerco vem se fechando sobre eles, a discurso oficial é que ideologia de gênero não existe. A Folha de São Paulo publicou artigo nesse sentido, e um colunista de Blumenau chegou a citar Goebels, o propagandista do nazismo, para afirmar que ideologia de gênero é uma mentira inventada por religiosos.

Quem conhece Gramsci e a estratégia revolucionária comunista do século XX não se surpreende. Esse é o “modus operandi” dessa “tchurma”. Mas sua cara de pau é de fazer vomitar.

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