Vigilância Sanitária alerta para proliferação de pombos na praça Barão de Schneeburg

As aves podem transmitir doenças graves ao ser humano. A melhor forma de evitar a reprodução é não alimentá-las

Vigilância Sanitária alerta para proliferação de pombos na praça Barão de Schneeburg

As aves podem transmitir doenças graves ao ser humano. A melhor forma de evitar a reprodução é não alimentá-las

Quem passa pela praça Barão de Schneeburg está acostumado com a presença de pombos no local. Frequentemente alimentadas pela população, as aves transformaram a praça em habitat e a presença delas se movimentando no chão já virou uma marca registrada do local.

Apesar da aparência inofensiva, os pombos podem causar graves problemas de saúde à população. O contato direto com as aves, através da expiração do cheiro das suas fezes, pode transmitir doenças como a criptocose, que pode dar meningite; a histoplasmose, que pode dar doenças pulmonares; a salmonelose, que pode dar distúrbios gastrointestinais; além de dermatites e alergias. 

“São doenças que nos atacam causadas por fungos presentes nas fezes dessas aves. Quando essas fezes secam, aspiramos os fungos e se nosso sistema imune está sensível, podemos contrair. São doenças graves, que podem levar a óbito”, diz a coordenadora da Vigilância Sanitária de Brusque, Lucie Herta Hilbert.

De acordo com ela, a população precisa se conscientizar sobre os problemas que podem ser gerados pela alimentação dos pombos. “As pessoas tem aquela visão romântica dos pombos. Eles são o símbolo da paz, do Espírito Santo, mas o seu convívio no meio urbano é perigoso, por isso não se deve ter esse costume de alimentá-los”, alerta.

Lucie destaca que quando a população deixa o resto de comida para alimentar as aves, está indiretamente alimentando outros animais. “As pessoas precisam pensar que deixando a comida lá para os pombos, também estão alimentando ratos, baratas e formigas, que causam doenças. As formigas são um dos animais mais transmissores de infecção para os humanos, e muitas vezes são tratadas como inofensivas. Resto de comida atrai ratos, que em contato com o ser humano transmite a leptospirose”.

Infestação de camundongos

A coordenadora do órgão lembra ainda que em 2012 a praça Barão de Schneeburg chegou a ter uma infestação de camundongos por conta dos restos de alimentos deixados no local. “Em 2012 tivemos uma denúncia de uma mãe que estava com o filho na praça e viu um rato durante o dia. Ela nos comunicou, nossos agentes foram até o local e constataram o problema dos camundongos. É importante lembrar que os ratos têm hábitos noturnos, então para que eles possam ser vistos durante o dia é porque a infestação é grande”.

Na época foi feita a desratização do local e o trabalho de orientação dos comerciantes sobre como acondicionar os alimentos, e ainda a conscientização da população sobre os pombos. “Desde então, não tivemos mais nenhum registro de ratos no local. A população havia parado com o costume de alimentar os pombos, mas agora estão voltando e colocando em risco a própria saúde e de todos que passam pelo local”, afirma.

Controle

De acordo com Lucie, a Vigilância Sanitária não pode eliminar os pombos, mas realizar ações de controle. “Não podemos eliminar porque é crime ambiental, mas podemos controlar e esse controle está ligado à alimentação dessas aves”.

Segundo ela, no ambiente urbano, os pombos não têm predadores naturais e, por isso, se reproduzem com facilidade. 

A população pode ajudar no controle dos pombos em Brusque. “Não alimentando, as pessoas estão colaborando para a saúde de todos. Porque a partir do momento que elas não têm mais o alimento, serão obrigadas a procurar e ir para outros lugares, voltar para a mata”, diz.


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