Aos 100 anos, torcedor fanático pelo Paysandú é homenageado pelo clube de coração
Germano Carturano tem quase a mesma idade do alviverde
O Paysandú foi fundado em 30 de dezembro de 1918, e logo ganharia um de seus mais ilustres torcedores: em 1º de outubro de 1920, nasceu Germano Carturano, alviverde dos mais fiéis e apaixonados. No fim de tarde desta terça-feira, 20, o fã centenário recebeu uma homenagem oficial do clube centenário.
O Sr. Carturano recebeu as homenagens trajado com a camisa alviverde de 2011, com os dizeres comemorativos dos 93 anos do clube. Bastante lúcido, não escondeu a alegria pela lembrança. Segurou orgulhoso o diploma de honra ao mérito.
“Eu conheci o futebol por meio dele, que me levava ao estádio com o mesmo fusca verde que hoje está guardado pelo meu cunhado. Me tornei torcedor do Paysandú com 13 anos, ele sempre comigo. Frequentávamos a geral do estádio Cônsul Carlos Renaux, e estivemos juntos com o time profissional até o fim”, relata o filho, Gilson, emocionado.
Tanto Germano quanto Gilson foram avessos à fusão com o Carlos Renaux, que originou o Brusque em 1987. Na visão da família esmeraldina, o ideal seria que os times tivessem seguido caminhos separados, nutrindo ainda mais a rivalidade histórica. “Ele sempre foi bem do clássico, da rivalidade entre as duas equipes.”
Viuvo, pai de três filhas, três filhos, e com nada menos que 10 netos e 20 bisnetos, Germano Carturano é reconhecido também pelas habilidades com a bocha. Desfilou com seus arremessos no Paysandú quando o clube tinha sua cancha, e também depois. Começou aos 19 e só parou aos 99 anos. “Ele só jogava no ponto, bolas próximas. era um dos melhores no Médio Vale do Itajaí, principalmente na cidade.”
O presidente do Paysandú, Gerson Rodrigues, destaca a importância de se reconhecer a torcida do clube. Com o clube ainda ativo, ainda que não no futebol profissional, a intenção é de que mais torcedores possam viver uma história tão apaixonada pelo alviverde como a de Germano Carturano.
“Recebemos um convite do Gilson e ficamos sabendo de toda sua história. É muito gratificante estarmos entregando esta homenagem. Queríamos que tivesse sido no clube, mas pela pandemia preferimos vir até a casa. É muito importante resguardar toda esta história de amor pelo clube Paysandú. O Paysandú continua.”