14 anos depois: radialista de Brusque fala sobre como enfrentou o câncer de próstata
Sérgio Ferreira realiza palestras em empresa para levar informação e relatar experiência com a doença
O radialista Sérgio Ferreira, de 62 anos, recorda que começou a desconfiar que poderia ter o câncer de próstata quando fez uma cirurgia de vasectomia aos 49 anos de idade.
“Eu nunca tinha feito o exame do toque nem o PSA. Um pouco antes da cirurgia, o médico me perguntou se eu gostaria de aproveitar para fazer os exames e eu disse que sim. Ao fazer o exame de toque, ele comentou que a próstata estava um pouco crescida e que deveríamos acompanhar a situação”, relembra.
O radialista iniciou o acompanhamento, mas os sintomas começaram a aparecer. Sérgio conta que passou a fazer o acompanhamento com o PSA e também fez a biópsia.
“A situação começou a ficar mais séria, eram sintomas muito terríveis, com dores muito fortes. Tinha vontade de ir ao banheiro a toda hora, com a sensação de bexiga cheia. Sabemos que quando os sintomas aparecem é porque a situação está agravada”, salienta.
O diagnóstico positivo para o câncer saiu em torno de 1 ano e meio após o primeiro exame de toque, em 2009. “Como cristão, eu fui ao consultório para receber o diagnóstico”, relembra. “Naquele momento, eu vivi uma experiência sobrenatural, porque quando recebi o diagnóstico e que tinha 30 dias no máximo para a retirada da peça, a minha fé entrou em ação. Deus falou comigo para ficar tranquilo, que iria passar por essa”, diz.
Conforme Sérgio, a tranquilidade o acompanhou durante a cirurgia e ele salienta que também teve muito apoio da família. “Foi uma cirurgia radical, que durou bastante tempo. A minha próstata estava totalmente tomada pelo câncer. Depois, foi feita uma nova biópsia para verificar a existência de metástase, mas não teve, graças a Deus”, continua.
Ele conta que é uma pessoa muito cuidadosa em relação à saúde. Porém, admite que, em relação à próstata, foi descuidado. “Os médicos sempre aconselham a fazer o toque e o PSA juntos. Não dá nem dez segundos. Isso pode salvar vidas”, reforça.
“Em qualquer tipo de câncer, o quanto antes você tiver o diagnóstico em mãos, a chance de recuperação é maior. Eu, após cirurgia, fiz 35 sessões de radioterapia, por uma certa precaução de alguma metástase. Outro fator importante foi a fisioterapia, que teve 20 sessões, para reativar a musculação do corpo”, completa.
Após o câncer
Segundo Sérgio Ferreira, o objetivo maior após a cirurgia era a recuperação. “Se você seguir as recomendações médicas, a previsão de recuperação é menor. A minha era de em torno de 60 dias, mas em 27 estava voltando a dirigir e a trabalhar”, recorda.
Outro ponto levantado pelo radialista é a existência das sequelas do câncer: a incontinência urinária e a perda da potência sexual, por exemplo.” Eu tive uma recuperação produtiva e felizmente não tive nenhuma sequela. Fazem 14 anos e sou um paciente curado do câncer de próstata”, afirma.
Hoje, Sérgio se dedica em levar informações e o relato sobre o enfrentamento do câncer para empresas locais. Ele conta que faz as palestras com objetivo de difundir a informação sobre o tema.
“É um propósito que fiz com Deus. Entendo a importância de passar essa história e dizer aos homens que eles não precisam passar por isso se tiverem a consciência de se cuidarem e, fazer os preventivos, como o toque e o PSA. Também, para quebrar o tabu do exame do toque, que não tem nada a ver como se comenta, pois muito levam na brincadeira, mas é algo muito sério”, finaliza.
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