2016 é um ano bissexto; entenda o que isso significa
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2016 terá um dia a mais no calendário: o mês de fevereiro terá 29 dias, ao invés dos tradicionais 28, devido ao ano bissexto, que ocorre a cada quatro anos. Assim, as pessoas que nasceram em 29 de fevereiro, poderão, depois de três anos, comemorar o aniversário na data certa.
O acréscimo de um dia ao calendário a cada quatro anos é feito para compensar a defasagem dos anos anteriores, levando em conta o período de translação da terra – aproximadamente 365 dias e 6 horas, ou precisamente 365 dias, cinco horas, 48 minutos e 46,08 segundos.
“No ano 46 a.C. foi feita uma reforma no calendário por Júlio César. Ele passou a considerar o ano regulado unicamente pelo Sol com uma duração média de 365,25 dias ou 365 dias e 6 horas. Para apurar o excesso dessas 6 horas, institui-se, então, um ciclo de quatro anos: os três primeiros com 365 dias e o quarto com 366 dias”, explica o astrônomo e diretor do Observatório Astronômico de Brusque, Silvino de Souza.
De acordo com ele, a razão da designação bissexto está associada às crendices relativas as influências dos números pares e ímpares. “Para acrescentar o dia suplementar, Júlio César escolheu o mês de fevereiro que, além de ser o mais curto, com 28 dias, era o último mês do ano entre os romanos, que o consideravam um mês nefasto. No calendário Juliano seria bissexto o ano divisível por quatro. No início, tudo funcionou bem, mas depois de algum tempo aconteceu erros gritantes”.
Segundo Souza, o calendário de Júlio César, ou Juliano, foi adotado por mais de 16 séculos. No fim do ano 730, foi constatado que o calendário estava errado e que no fim de cada 128 anos ocorria um atraso de um dia em relação ao início efetivo das estações. “Em 400 anos no calendário Juliano, as estações adiantavam-se três dias. Por volta do século XVI, o início da primavera já estava coincidindo com o Natal”, explica.
Por isso, o papa Gregório XIII convocou o astrônomo e médico Luigi Lilio e depois o matemático Christophoru Clavius para uma nova re
A reforma
Na reforma, diminuiu-se dez dias do ano 1582, por isso, a quinta-feira, 4 de outubro, passou para sexta-feira, 15; os anos terminados por dois zeros só seriam bissextos quando múltiplos de 400, desta forma, os anos de 1600 e 2000 foram bissextos, ao contrário dos anos 1700 e 1900 que foram comuns; os dias do mês passaram a ser designados pelos números cardinais. “Com a nova distribuição dos anos bissextos, em final de século ficou sanado o erro de 3,1132 dias, que se acumulavam no fim de 400 anos pelo calendário Juliano”, explica o astrônomo.
Mesmo assim, o calendário Gregoriano não é perfeito e apresenta um excesso de dias em relação ao ano trópico. “Com isso, a cada 3.320 anos irá ocorrer o inverso, isto é, haverá um dia a menos, que será descontado também no mês de fevereiro. Por isso, nos anos de 3320 e 6640, o mês de fevereiro terá apenas 27 dias”.
Feriados
Em 2016, dos dez feriados nacionais, oito cairão em dias úteis, mas diferente de 2015, que teve três feriados na sexta-feira, e três na segunda-feira, resultando nos famosos e esperados feriadões, este ano, apenas um cairá na sexta-feira, o do dia 25 de março, Sexta-feira Santa.
Já nos feriados municipais, o aniversário de Guabiruba, no dia 10 de junho, será uma sexta-feira. Em Botuverá, dos dois feriados municipais, um cairá no sábado e outro na quinta-feira. O aniversário de Brusque, em 4 de agosto, também será na quinta-feira.