27ª Festa Bergamasca reúne público de quase quatro mil pessoas

Festa ocorreu neste fim de semana, em Botuverá

27ª Festa Bergamasca reúne público de quase quatro mil pessoas

Festa ocorreu neste fim de semana, em Botuverá

O fim de semana foi de festa, em Botuverá. Milhares de pessoas participaram da 27ª Festa Bergamasca, evento tradicional para comemorar o aniversário de emancipação política do município, que neste domingo, 9, completa 57 anos.

O prefeito de Botuverá, José Luiz Colombi, o Nene, comemora o sucesso de mais uma edição do evento. “Superou todas as expectativas. Tudo muito bom, muito bonito, a organização, o pessoal que trabalhou”, diz. Além disso, ressalta que além de celebrar o aniversário da cidade, a festa também é uma forma de resgatar a cultura dos antepassados.

O secretário de Turismo de Botuverá, Marciano Leoni, diz que cerca de quatro mil pessoas passaram pelo evento de sexta a domingo. “Essa festa foi que a gente esperava mesmo. Pra gente que está organizando, que já começamos há três meses é gratificante”.

Os festejos iniciaram na sexta-feira, 7, e seguiram até neste domingo com uma programação bastante diversificada. O primeiro dia foi marcado pela abertura do evento, pela escolha da realeza e pelo tombamento da polenta gigante, com cerca de 200 quilos, produzida pelo grupo Amici Della Polenta.

Na sexta-feira e no sábado, 8, ocorreu a apresentação de grupos de danças folclóricas, que estavam ensaiando desde março para a festa. Cerca de 36 pessoas participaram, divididas em três grupos: idosos, jovens e crianças e adolescentes. Cada equipe apresentou uma coreografia e para encerrar fizeram uma dança em conjunto. Além disso, a programação de sábado também contou com shows para animar o público.

Missa em bergamasco

Neste domingo, 9, a festa iniciou às 10h com a Santa Missa rezada no dialeto ítalo-bergamasco e animada pelo Coral Giuseppe Verdi, na igreja matriz São José. Neste ano a celebração foi transmitida pela primeira vez para a Itália, na região de Bérgamo.

Foto: Brenda Pereirat

A missa é celebrada pelo padre Nelson Tachini, natural de Botuverá. Ele conta que ficou bastante satisfeito em poder rezar esta missa no dialeto também para o local de onde vieram os seus antepassados.

“Nós procuramos nos organizar em conjunto. A celebração e o conteúdo é elaborado a partir de um esquema. Houve uma colaboração muito grande, parece-me que o pessoal se entregou totalmente para que a celebração acontecesse de uma forma bonita, inteligível e edificante de fé”, diz.

Nicolau e Irtes Maestri, casal integrante do Coral Giuseppe Verdi, são de Botuverá, mas moram no bairro Dom Joaquim, em Brusque. Para eles, esta foi a missa mais bonita de todas. O casal participa desde a primeira missa rezada no dialeto e afirma ter ido em todas as celebrações desde então.

Foto: Brenda Pereira

Como cantam no coral, participar da missa fica ainda mais emocionante. “Passa um filme de quando era criança. A gente começa a lembrar e chora”, comenta Nicolau. O mesmo acontece com Irtes. “A gente revive tudo o que trouxe de berço, revive a cultura italiana e a mantém viva participando”.

Rosane Bosio e a filha, Melina, estiveram presentes na missa. Ela conta que foi maravilhoso participar. “Passa um filme, recorda tudo o que os antepassados passaram”.

Foto: Brenda Pereira

Apresentações

O último dia de festa também contou com apresentações. Uma delas foi com o grupo “Cantando com Cristo”. As crianças cantaram algumas músicas para o público.

Foto: Brenda Pereira

A pequena Aline Bosio, 8 anos, conta que gosta de cantar. “Me sinto nervosa”, mas quando a apresentação encerra, diz que fica mais aliviada. Ela estava na festa acompanhada dos pais, Leonardo e Jéssica Bosio. Leonardo é natural de Botuverá, mas eles moram na cidade há cerca de um ano.

“É pra ela se adaptar na cidade e interagir com o dialeto italiano”, diz Jéssica sobre a participação de Aline no grupo. “É muito bom porque eles vão crescendo e conhecendo a cultura”, complementa Leonardo.

Foto: Brenda Pereira

Maria Beatriz Paulini, 8 anos, também canta no grupo. Ela conta que gosta bastante de participar e fica feliz quando canta. A mãe dela, Edite Paulini Paulini diz que levar a filha na festa e deixá-la participar do momento é uma forma de “manter viva a cultura”.

Foto: Brenda Pereira

O Coral Giuseppe Verdi também se apresentou na parte da tarde. A festa encerra com o show da banda Incandescente.

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