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33ª Fenarreco teve queda de 29% em relação ao público da edição anterior

Festa também voltou a dar prejuízo e consumo caiu

O público total que frequentou a 33ª Fenarreco foi o menor dos últimos sete anos. A festa também voltou a dar prejuízo, desta vez de R$ 152 mil, após dois anos de fechamento no azul.

De acordo com os números divulgados pela Prefeitura de Brusque na sexta-feira, 23, 77.877 pessoas passaram pelo pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof entre os dias 4 e 14 de outubro.

Na festa do ano passado, o público total foi de 110.437, ou seja, 29,48% a menos. Conforme levantamento de O Município, a Fenarreco já havia amargado o pior público desde 2012 em 2017 e agora viu cair ainda mais.

O baixo público, consequentemente, levou à piora da arrecadação com a bilheteria. Além de menos gente ter ido à festa, houve ainda muitos casos de meia-entrada.

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Segundo a prefeitura, a bilheteria (soma de ingressos inteiros e metade) rendeu R$ 309,7 mil. A cifra é 17,49% menor do que o resultado de 2017, quando a arrecadação com este item havia sido de R$ 375 mil.

Consumo
A redução no público impactou diretamente na parte gastronômica. Na comparação com os números do ano passado, em todos os alimentos houve queda.

Um dos números que mais chamam a atenção é o de bufês inteiros e meios bufês vendidos. Neste ano, foram comercializados 8.209 inteiros e 488 meios.

Em 2017, as vendas foram maiores: 8.939 inteiros e 603 meio bufês. Ou seja, foram vendidos quase 800 bufês completos a menos do que no ano passado durante os dez dias de festa.

O prato típico da festa também foi menos comercializado. Na edição deste ano, foram vendidos 2.704 marrecos recheados, mil a menos do que em 2017, quando, segundo os dados oficiais da prefeitura, haviam sido consumidos 3.716 pratos.

O único item de alimentação que registrou aumento em relação ao ano passado foi sobremesa. Na 33ª Fenarreco foram vendidas 586, enquanto que em 2017 haviam sido 542.

Saldo negativo
O levantamento mostra que a Fenarreco costumeiramente dá prejuízo ou fecha muito perto de “empatar”. A exceção foram os anos de 2015, 2016 e 2017, em que houve lucro significativo.

O saldo positivo do ano passado foi ainda mais expressivo porque a prefeitura não recebeu ajuda do governo do estado como noutras ocasiões. Mesmo sem isso, a festa rendeu R$ 141 mil aos cofres públicos.

Neste ano, também sem ajuda de outros entes, a Fenarreco voltou a amargar números negativos. Segundo a prefeitura, a receita foi de R$ 1,02 milhão, enquanto que as despesas somaram R$ 1,16 milhão.

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A prefeitura destaca que as despesas foram reduzidas nesta edição. Para o diretor de Turismo, Norberto Maestri, o Kito, a redução no público foi motivada por vários fatores.

“Tivemos muitos dias de chuva e mal tempo, além de eleições, o que acabou prejudicando o evento. Por outro lado recebemos um feedback muito positivo dos visitantes, que elogiaram muito a festa. Este ano também tivemos um número maior de excursões de outros estados, o que movimenta toda a economia do nosso município”, analisa.

Kito diz, ainda, que a Fenarreco “se consolidou como um evento gastronômico”. “Mesmo com o público reduzido, o consumo de pratos típicos não diminuiu na mesma proporção”.

O diretor afirma que a festa foi feita à altura do que a cidade merece e que é hora de pensar na próxima edição.