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33º Rodeio Crioulo Nacional reúne equipes de laço do Sul do Brasil

Neste ano, o rodeio voltou a ser organizado totalmente pelo CTG Laço do Bom Vaqueiro

O 33º Rodeio Crioulo Nacional de Brusque reuniu milhares de peões e admiradores durante os quatro dias de festa – entre quinta-feira, 3, e domingo, 6. A organização afirma que o público compareceu em peso e superou a expectativa.

O tradicional evento começou com o show nacional da dupla Munhoz e Mariano. Mas o destaque foram as 177 equipes – cada uma formada por quatro integrantes – que competiram em diversas provas. O número é maior do que o da edição de 2016, quando foram 144.

Segundo Germano Hoffmann, o Mano, patrão do CTG Laço do Bom Vaqueiro – promotor do evento -, vieram peões e peoas do Paraná e Rio Grande do Sul, além de muitos do Meio-Oeste e Oeste catarinense.

Dentre os diversos grupos que acamparam no terreno em frente ao pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof estava o CTG Giuseppe Garibaldi, de Encantado (RS). Alberto Santos da Costa, integrante do grupo, conta que partiram da cidade gaúcha na sexta-feira, 4, por volta de 4h e chegaram em Brusque 12 horas depois. A distância percorrida foi de 750 quilômetros.

“Viemos em cinco pessoas, trouxemos um cavalo, porque o patrão daqui arrumou outros cavalos aqui”, comenta. Caminhoneiro de profissão, ele é pai do patrão do CTG, Cleberson da Costa, e agora, também é o motorista do grupo.

“Para nós, foi um rodeio bem grande, bem organizado e a gente se surpreendeu. Fomos muito bem atendidos e recebidos por todos”, afirma Alberto, com a experiência de quem frequenta vários rodeios pelo Rio Grande do Sul, o berço dessa cultura no Brasil. O rodeio de Brusque foi o primeiro em território catarinense.

Sucesso
Para Mano Hoffmann, patrão do CTG Laço do Bom Vaqueiro, o 33º Rodeio Crioulo Nacional superou as expectativas. Durante os quatro dias, veículos, trailers e motor-homes com placas de diversas lotaram as imediações do pavilhão.

Neste ano, o rodeio voltou a ser organizado totalmente pelo CTG Laço do Bom Vaqueiro. “Foi muito bom, os bailes também atraíram muito gente. As atrações musicais também foram muito boas. No sábado, por exemplo, o baile do Ivonir Machado lotou, não tinha mais ingressos. O tempo também ajudou. Choveu só na quinta-feira, mas o tempo ficou firme no restante dos dias”, diz Mano.

Destaque nacional
Embora ocorra numa cidade urbana e sem uma forte cultura rural, o rodeio é uma referência nacional. Prova disso é Sizenando do Carmo Neto, diretor do Departamento de Narradores do Brasil, que veio a Brusque e narrou o rodeio.

“Estou completando esse ano 26 anos consecutivos. Venho aqui desde 1992, e por onde passamos este Brasil afora, somos uma das vozes que divulgam o rodeio”, diz o narrador, que afirma ter um carinho especial por Brusque depois de tantos anos participando do rodeio crioulo.

Sizenando é figura carimbada em diversos rodeio pelo país. Conhece desde os maiores até os mais modestos. Com essa experiência, ele avalia positivamente o evento de Brusque.

“O público veio e a arquibancada ficou lotada, bem movimentada. E os bailes também foram um sucesso, haja vista que é data comemorativa para Brusque, com o aniversário”, diz o narrador. “Já estamos prenunciando o 34º Rodeio Nacional, no ano que vem”.