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48ª Festa dos Motoristas da Capela São Cristóvão lota as ruas de Guabiruba

Centenas de veículos lotaram as ruas da cidade para a procissão

Guabiruba ficou tomada na manhã deste domingo, 2, pelos veículos que participaram da procissão dos motoristas, principal atividade dos três dias da 48ª Festa dos Motoristas da Capela São Cristóvão. No início da procissão, que iniciou por volta das 8 horas, a fila começava em frente à Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Centro, e seguia por, pelo menos, dois quilômetros em linha reta, até a rotatória da NCA Malhas.

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Dentre os vários veículos, destacavam-se os caminhões e caminhonetes de empresas guabirubenses. Companhias que por tradição e devoção participam anualmente da festa e depositam a sua fé e a esperança de um futuro melhor para si e para a cidade. Um exemplo deste hábito religioso do empresariado é a Rieg Pré-Moldados, que levou toda a frota para a carreata. Marcos Voss, um dos colaboradores da empresa, explica que já é uma tradição levar a frota – formada por veículos pesados – para a tradicional bênção. “Depois nós seguimos para a capela, onde oferecemos um café para os funcionários”, diz.

Cassiano Fischer é um dos funcionários que foi até a procissão. “Eu sempre venho na carreata, é uma tradição do falecido patrão que tentamos preservar”, conta. Assim como ele, o motorista Evandro Mota também compareceu ao momento de fé. Católico, Mota acredita na demonstração de devoção a São Cristóvão. “Acho muito importante para nós que sempre estamos na estrada”, diz.

A tradição que é seguida pela empresa também contagia os parentes dos colaboradores. Liane Kaefer, esposa de um funcionário da Rieg Pré-Moldados, levou o carro novo da família para a procissão. “O carro é novo e esta é uma ocasião especial para benzê-lo”, explica.
Além da Rieg, no meio das centenas de veículos na passeata era possível ver a frota do Supermercado Carol, Kohler e Cia Tinturaria, NCA Malhas, Cores e Tons, GBA Malhas e outras empresas.

Contraste de gerações

Esta foi a 48ª edição da Festa dos Motoristas da Capela São Cristóvão, que fica no Aymoré. Apesar de ocorrer há tantas décadas, a devoção ao santo padroeiro dos motoristas consegue se renovar.

Exemplo disto são os jovens César Zimmermann, 21 anos, e Marciel Pitzer, 23, que foram juntos à carreata com o carro novo de Pitzer, um Cruze. “Esta é a primeira vez que viemos à procissão. Trouxemos o carro para benzer”, explica César, que acompanhou o colega. A dupla não estava sozinha, pois ao longo da fila de veículos era possível avistar vários jovens com carros novos, alguns rebaixados, que levantaram mais cedo para dedicar parte de seu tempo a esta tradição católica.

Se os jovens participaram em peso, há os que mantêm a tradição há décadas, como o senhor Ovídio Reichert, de 60 anos. “Venho em todas as procissões há mais de 20 anos. Trouxe a caminhonete da empresa”, explica. “Nós temos a nossa religião e a nossa fé”, completa.

Um pouco mais novo, Paulo Fontoura também foi à procissão motorizada para abençoar o seu caminhão, com o qual ele viaja para vários estados. Aldair de Souza foi à carreata junto com a família. “Vim para benzer o caminhão, porque a gente viaja por aí, fica uma semana fora, precisa de proteção”, afirma o caminhoneiro.

Procissão seguiu com imagem de São Cristóvão à frente

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