X
X

Buscar

A decisão tem um claro favorito

Avaí e Chapecoense decidem o Campeonato Catarinense pela terceira vez na história a partir deste fim de semana, com uma situação clara de favoritismo. Temos frente a frente um time que levou o turno mas perdeu o rumo nas últimas semanas, contra outro que construiu seu caminho e que vai se acertando com o passar […]

Avaí e Chapecoense decidem o Campeonato Catarinense pela terceira vez na história a partir deste fim de semana, com uma situação clara de favoritismo. Temos frente a frente um time que levou o turno mas perdeu o rumo nas últimas semanas, contra outro que construiu seu caminho e que vai se acertando com o passar do tempo. Como faz a final em casa com a vantagem de dois empates, a Chape tem tudo para levar mais um título.

É importante entrar bem em uma decisão. O Avaí está longe daquele ponto em que doutrinou o primeiro turno e levou a vaga de forma invicta. As jogadas não funcionam da mesma forma, a torcida começa a pressionar e o futebol não encaixa. Perdeu em casa para o Barroso, empatou pela Primeira Liga contra o Figueirense (pior time do returno com apenas dois gols marcados) e, com time reserva, foi derrotado pelo Internacional. O que antes era alegria virou preocupação para o brasileiro.

A Chapecoense tem uma maratona de jogos pela frente, mas construiu um elenco com folha superior a 2 milhões de reais com opções no banco. Vagner Mancini encontrou uma formação interessante que deu certo com o lateral João Pedro no meio-campo e um trio de ataque com Rossi, Arthur Caike e Wellington Paulista (ou Tulio de Melo, dependendo da situação). Vê-se um trabalho de bola com mais opções, diante de um Avaí que depende muito que Marquinhos dite o ritmo. Se ele fizer a diferença, o Leão da Ilha aparece com possibilidades.


A dureza de quem é rebaixado
A novela o Brusque já conhece bem, e manteve uma grande distância dela nesta temporada. Time rebaixado em Santa Catarina passa por uma verdadeira provação. O calendário é cruel, e a Série B do Estadual sempre acontece apenas no segundo semestre. Isso faz com que o time fique um ano sem jogar, tendo despesas com os campeonatos de base (obrigatórios pelo regulamento) até o fim desta temporada. A ficha mesmo só vai cair lá pra novembro ou dezembro, quando o torcedor notar que não haverá time pra se preparar para o Estadual. É uma realidade dura, próximo a uma prisão, que cria um vácuo de tempo que não passa nunca. Neste ano, o Barroso e, principalmente, o Metropolitano, de tantos anos na primeira divisão, sentirão essa barra.

Mas onde eles erraram pra tomar esse castigo? São duas razões diferentes.

O Almirante Barroso foi prejudicado pela arbitragem naquele jogo contra o Figueirense sim, mas teve outras oportunidades para conquistar pontos. O goleiro Rodolfo foi diretamente responsável pelo empate em casa contra o Joinville e pela derrota para a Chapecoense, quando o seu time vencia por 2 a 0 e permitiu o início da virada ao tomar um frangaço. O grande erro do time de Itajaí foi acreditar que o time da segunda divisão era capaz de fazer frente na primeira. E mesmo com um investimento menor, o dinheiro seria melhor gasto com goleiro e zagueiros mais experientes, para ter uma retaguarda mais organizada. Além do mais, a supremacia no campo sintético, que foi preponderante no acesso em 2016, não se refletiu neste ano. Os outros times se prepararam para o terreno. No fim, não foi tanta vantagem assim.

Em Blumenau, a falta de dinheiro custou a vaga para o Metropolitano. É mais um capítulo de uma novela chamada “Como é difícil fazer futebol em Blumenau”. O Presidente Pedro Nascimento, que assumiu um mandato tampão após a renúncia do seu antecessor Ivan Kuhnen, não quis fazer loucura. Gastou o que tinha no orçamento. A folha era de R$ 80 mil mensais. O maior salário do time era de 8 mil. Tinha jogador do elenco profissional ganhando salário mínimo. Quando se faz um investimento assim baixo, se corre um risco. A comissão técnica que iniciou o campeonato foi montada também em cima desta platafoma. Mauro Ovelha veio e até conseguiu fazer o time render mais, mas era muito tarde. O presidente foi para a rádio e soltou as verdades. O clube deve para vários fornecedores. O dinheiro da venda do atacante Maurinho foi usado para pagar um empréstimo feito em nome da mãe do ex-presidente. Não havia renda, não havia como trazer reforços de emergência. O rebaixamento era próximo e o time não respondeu como devia.

De certa forma, o rebaixamento no estadual serve como um questionamento para as comunidades, para saber se realmente as cidades e seus torcedores querem um projeto forte. Até a próxima série B vai um bom tempo. E até lá os torcedores vão remoer muito as tristezas de uma temporada para esquecer.


Nova marca
O Brusque já se movimenta para uma nova mudança nos seus uniformes, depois do grande estresse que foi o acordo com a Kanxa nesta temporada. A ideia é seguir o que o Paysandu de Belém e, mais recentemente o Joinville, fizeram: a criação de uma marca própria. Os primeiros contatos já aconteceram.

Aleluia!
Finalmente, o time de basquete de Brusque venceu uma na Liga Ouro, batendo o grande rival Joinville em casa. A situação estava incômoda, diante da sequência de jogos sem uma vitória sequer. O time não tem mais possibilidade de classificação, e cumpre tabela buscando achar o rumo para o resto da temporada.

Continua
Em nota divulgada ontem, o Brusque anunciou que Carlos Beuting continuará trabalhando na diretoria de futebol. Ele chegou a ameaçar uma saída, depois de um desentendimento com torcedores ao final da partida contra o Inter. Nada que cabeça fria e uma boa conversa não resolvam.

Mercado
Movimentações no mercado envolvendo o Brusque: o zagueiro Cleyton caminha para jogar a Série D pelo rebaixado América de Natal, enquanto Eliomar realiza exames médicos para ser anunciado no JEC. O lateral João Carlos sofreu lesão no joelho na última partida do Estadual e não deve ir mais para o Juventude. Enquanto isso, a especulação da hora é para o primeiro reforço chegando ao clube para a Série D: Buru, volante do Almirante Barroso.