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A fotógrafa do Centro

Darci Hellman já presenciou muitas histórias ao longo de seus mais de 40 anos de profissão


Responsável por registrar os melhores momentos da vida de muitos brusquenses, a fotógrafa Darci Klann Hellman é só orgulho da profissão que escolheu há mais de 40 anos.

Na fotografia, ela encontrou o seu lugar no mundo e ainda passou por cima da timidez. De bem com a vida e com o riso fácil, ela adora estar por trás das lentes e, de alguma forma, fazer parte da vida das pessoas.

Tenho muito orgulho da profissão que escolhi e da mulher que eu sou. Sou muito realizada e só tenho a agradecer

Antes da fotografia, foi professora e costureira, mas foi quando decidiu ajudar o marido que ela começou a trilhar seu caminho dentro da profissão que exerce até hoje. “Foi a coisa mais certa que eu fiz. Atrás de mim vieram minhas filhas, três delas estão no mesmo ramo. Só uma que estudou Direito e é advogada”, conta.

Darci lembra que quando começou a trabalhar com fotografia não sabia nada sobre a profissão. Com a ajuda do marido, foi aprendendo até chegar o dia em que fez sua primeira cobertura fotográfica: um casamento.

“A primeira vez eu tremi bastante. Foi um casamento no Azambuja. Lembro que eu estava no corredor e a minha perna começou a tremer. Ali, pedi ajuda a Nossa Senhora para dar conta do recado”, lembra.

Ao longo dos anos, foram muitos casamentos fotografados: mais de três mil. “Algum tempo atrás eu contei, mas depois disso já fiz muitos mais, então perdi a conta”, diz.

O ‘sim’ diante do altar é a cerimônia preferida da experiente fotógrafa. “Já passei por histórias lindas, de muita alegria. A nossa profissão é muito bonita porque só registra bons momentos, sempre festa, o lado bom é esse”.

Foto: Eliz Haacke

Modernização
Com tantos anos vivendo de fotografia, Darci testemunhou todas as mudanças na profissão. Da necessidade de revelação das fotos até a visualização instantânea, a fotógrafa brusquense passou por várias fases.

“Era muito trabalhoso. Quando eu comecei era com filme, e quando terminava, tinha que rodar toda a máquina para enrolar o filme e tirar. Depois vieram as máquinas automáticas, quando terminava o filme ela retrocedia sozinha. Antes, fotografava e não conseguia ver, tinha que observar mais, ter mais técnica”.

Já passei por histórias lindas, de muita alegria. A nossa profissão é muito bonita porque só registra bons momentos, sempre festa

A modernização dos equipamentos contribuiu para a evolução da profissão. A fotógrafa lembra da primeira vez que realizou uma cobertura usando a câmera digital. “Foi um desfile de 4 de agosto na Beira Rio. Lembro que a minha filha me mostrou como colocava o cartão na câmera e aí eu fui fotografando. É uma beleza”.


Profissão exigente
Com tantos anos de trabalho, ela conquistou muitos clientes fieis, por isso, sempre está disponível quando é solicitada. “Essa profissão exige muito. Trabalha fins de semana sem hora para voltar, muitas vezes tem que deixar suas coisas pessoais de lado para honrar um compromisso. Tem que gostar muito do que se faz”.

Passados vários anos de seu primeiro trabalho na fotografia, ela garante que ainda sente aquele friozinho na barriga em cada cobertura. “São tantos anos fotografando, mas pra mim cada evento é único”.

Continuar trabalhando é o estímulo que a fotógrafa tem para viver bem. “Tenho muito orgulho da profissão que escolhi e da mulher que eu sou. Sou muito realizada e só tenho a agradecer. Sou uma guerreira, assim como todas as mulheres”.