Rodrigo Santos

Jornalista esportivo - [email protected]

A melhora que não vem

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A melhora que não vem

Rodrigo Santos

O torcedor do Brusque já não aguenta mais desculpas. Engatando uma sequência de maus resultados na Copa Santa Catarina, com um jogo pior que o outro e sem mostrar evolução, o campeão brasileiro da Série D amarga uma vice-lanterna da competição e vê o bem armado Marcílio Dias abrir 12 pontos de vantagem na tabela.

Mesmo depois de atuações fraquíssimas contra os times de base do Figueirense e Avaí, a diretoria resolveu manter o comando, apostando que Evandro Guimarães conseguirá tirar mais desse time para conseguir o título da Copinha.

O adversário é o lanterna Fluminense, um time semi-amador que é muito perigoso. Eles venciam o Joinville e tomaram um gol nos acréscimos e empataram, na última rodada, com o mesmo sub-20 do Figueirense que derrotou o Bruscão em Florianópolis. A vitória terá que vir nessa partida, sob pena da pressão ser bem maior na próxima semana, quando o time enfrentará duas vezes o Marcílio Dias.

O que mais me preocupa nem é o resultado da Copa SC em si. É ver que o time está perdendo tempo na preparação do time para a temporada de 2020, coisa que Marcílio e Tubarão estão em fase bem mais avançada.

O clube perdeu tempo e dinheiro apostando em um jogador limitado como Hamilton, enquanto poderia ter ido ao mercado atrás de opções melhores.

O jogo contra o Avaí foi mais um exemplo de quão complicada está a fase do time: depois de tomar um gol em jogada de arremesso lateral contra o Figueirense, desta vez o ala direita avaiano fez fila em uma jogada pela lateral, e o atacante Matheus Lucas não teve dificuldade alguma para marcar duas vezes. São provas de que o ótimo esquema tático do time campeão nacional se perdeu em algum lugar.

A vitória sobre o Fluminense é uma obrigação. E que vença mostrando que reencontrou o caminho perdido. O tempo passa e o Brusque não pode demorar em acertar no trabalho para o ano que vem.

Waguinho

Pressionado pela zona de rebaixamento da Série B, o Criciúma demitiu ontem o técnico Waguinho Dias, o gerente de futebol João Carlos Maringá e o auxiliar Fernando Gil. Waguinho sequer ficou um mês trabalhando no Tigre. Comandou o time em apenas cinco partidas, com dois empates e três derrotas. Não é fácil comandar o time lá, dada a grande pressão por resultados que existe há um bom tempo. Roberto Cavalo foi contratado para o seu lugar.

Pressão

Nem é preciso dizer que a maioria da torcida do Brusque ficou eufórica com a notícia da demissão de Waguinho do Criciúma. Muitos foram às redes sociais pedindo a volta do técnico campeão da Série D, ainda mais com a pífia campanha que o Bruscão faz na Copa Santa Catarina. Teve torcedor que mandou até WhatsApp e mensagem no Facebook pedindo a sua volta. Certo é que, se o time não fizer um jogo convincente contra o Fluminense do Itaum, vai ter coro da torcida.

Hamilton

O artilheiro do Manaus chegou superbadalado em Brusque e acabou dispensado depois de uma sequência de decepções. Fez um gol por aqui, que aconteceu em uma bola prensada com o zagueiro do Figueirense. Sem ser “engenheiro de obra pronta”, Hamilton nunca me convenceu. Os números do Manaus podem ser meio ilusórios, já que notadamente os grupos das primeiras fases da Série D são muito mais fáceis na parte Norte do que a carne de pescoço aqui do Sul. O que faltou em Hamilton não foi adaptação. Foi qualidade técnica mesmo. Ele peca em fundamentos, e isso é fundamental para que um time consiga funcionar, ainda mais na posição dele.

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