A permanência do Brusque na Série B ficou improvável
Não há criatividade nem alma no dono do pior ataque do campeonato
Todo mundo olha pra tabela e começa a fazer contas pra saber se o Brusque tem chance ainda de escapar do rebaixamento. Matematicamente até tem, mas o time terá que fazer 10 pontos em 12 possíveis, tendo feito jogos horríveis contra CRB, Ponte Preta e Chapecoense. Se olhando pros números parece ser possível, ao olhar pro campo não dá pra dizer o mesmo.
A verdade é que o técnico Marcelo Cabo não sabe o que fazer com o time. De novo se apoiou na muleta da arbitragem como um dos motivos da derrota para a Chape, onde o ataque do time, que não estava desfalcado. Não apresentava uma jogada de qualidade e apostava na individualidade de Diego Mathias e Gonzalez, além de chutes de fora da área e cruzamentos. Você não vê criatividade no time. É um time sem alma.
Se pegarmos os últimos três jogos, conseguimos ter um cenário muito definido dessa reta final de campeonato do quadricolor. E não dá pra se apoiar em lesões ou em supostos erros de arbitragem: contra o CRB, o time se desesperou para atuar com dez em campo, se pôs lá atrás, deixou que os zagueiros adversários viessem até o último terço do campo e tomou pressão de graça.
Já contra a Ponte, fez um segundo tempo terrível abandonando a marcação em cima de Elvis, o craque da Macaca. E contra a Chapecoense, que não estava a fim de atacar, não conseguiu mostrar sinais de criatividade. Acabou tomando o gol em uma falta de concentração: afinal, o jogo estava zero a zero, tinha muito tempo pela frente e não dá pra abandonar a defesa daquele jeito.
O time poderá ser oficialmente rebaixado se perder para o Botafogo-SP, em outro confronto direto, na terça-feira. O time do bom técnico Márcio Zanardi fez o que o Brusque não consegue, que é ganhar fora de casa. É um time em que você vê alguma evolução, ao contrário do Bruscão, que não evolui em nada.
A gente quer acreditar, mas o cenário é de um rebaixamento iminente e justo de um time que não mostra qualquer organização ofensiva (é o pior ataque do campeonato, de longe) para enfrentar uma Série B.
Série C
Oito clubes que vão disputar a Série C no ano que vem fizeram um pedido à CBF para que o campeonato do ano que vem seja disputado no sistema de pontos corridos, com 38 rodadas, assim como a A e B. Se por um lado esse formato dá calendário fixo até o final do ano, os pontos corridos dificultam bastante para que qualquer um chegue ao acesso, exigindo elencos maiores e, por consequência, mais custos. Sem contar que a CBF paga muito menos para quem disputa a terceira divisão. Sei não se é bom negócio.
Assista agora mesmo!
Brusquense, Ivete Appel foi escolhida Brotinho do Mês do Carlinhos Bar nos anos 60: