Rodrigo Santos

Jornalista esportivo - [email protected]

A polêmica do campo

Rodrigo Santos

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A polêmica do campo

Rodrigo Santos

O Brusque bateu o martelo e vai mandar seus jogos na Copa Santa Catarina em São João Batista, em um estádio que parece ter um gramado bom (e qualquer coisa é melhor que o atual estado do Augusto Bauer) e precisa de reformas para receber um jogo profissional. Considerando que a Copinha não leva lá muito público (o jogo de domingo contra o Barroso teve 800 torcedores), a tentativa de ir pra São João é válida. Nota-se que o gramado do estádio do Carlos Renaux está em estado deplorável. Necessita de um tempo para recuperação, sem ninguém pisando nele, para ficar satisfatório. Situação que é impossível.

Vamos aos fatos: o presidente Danilo Rezini diz que não tem nada contra o Carlos Renaux, está amarrado pelo fato do aluguel. Não criaria uma dividida a essa altura do campeonato. Um torcedor até me sugeriu um acordo com o Paysandú, mas o estádio lá precisa de tantas obras quanto em São João. A diferença é que lá o prefeito está pegando junto e super empolgado para receber o Bruscão.

Sem o cuidado com o gramado (uma reforma é bem cara), o Renaux vai ficar sem receber o aluguel dos jogos do Brusque, o que poderá fazer falta na reta final da Série C do Estadual. A verdade é que a situação desperta a necessidade do Brusque tocar em frente a ideia do estádio próprio, ou uma “joint-venture” com o Renaux para que a cidade tenha um campo adequado. Os dois times profissionais da cidade encontram em seu próprio campo um inimigo e parece que ninguém está se dando conta disso.

NOTAS

Estreia tranquila
Mesmo com o campo bem complicado, o Brusque não teve dificuldades para passar pelo Almirante Barroso na estreia da Copinha. Destaque-se aqui a boa fase de Helio Paraíba, que manteve o rendimento no Ypiranga de Erechim e vai marcando os seus gols. Amanhã, a missão é fora de casa, contra o fraquíssimo Operário de Mafra, rebaixado para a terceira divisão do Estadual. Ótima oportunidade para fazer saldo e se preparar para o clássico da quarta que vem contra o Marcílio.

Renaux
Já o Carlos Renaux voltou ao bolo do Grupo B da Série C, vencendo o Jaraguá com igual tranquilidade e dependendo apenas de si para se classificar. Sem delongas: tanto o Porto quanto o Jaraguá tem times de nível técnico sofrível. É obrigação fazer três pontos contra esses dois, de preferência com bom saldo. O jogo em casa contra o Caçador, na semana que vem, servirá para sentir se o time tem condição de brigar por acesso. Até agora, pelo que vi, falta um bom bocado. O time tem problemas a serem resolvidos.

Sai Ronny, entra Athos
A diretoria do Vovô, e não foi sem aviso, acabou dispensando o meia Ronny, que sabidamente tem problemas físicos e não apresenta condições de jogar em alto nível. Infelizmente, uma lesão crônica de joelho o impede de atuar profissionalmente. Mas a reposição foi boa: chega o meia Athos, que fez uma boa segundona catarinense pelo Barra e mostra que ainda tem muita lenha pra queimar. Teria lugar até no Brusque para a Copinha.

Jasc
Brusque termina mais uma edição dos Jogos Abertos com números bem pequenos em comparação com outros anos. Como destacou reportagem de O Município nesta semana, foi a pior campanha desde 2007, ano em que o futebol de campo ganhou o título e perdeu no tapetão por um erro de inscrição. A participação tímida na maior competição esportiva do Estado acende o alerta. Vamos ver se no ano que vem, já com um ano de trabalho dos técnicos da Bolsa, os resultados melhoram. A cidade-berço do Jasc, pela tradição que tem, merece posição melhor.

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