A tendência de reduzir, reaproveitar e reciclar é tema do Na Lata Certa desta segunda-feira, 11 de março
A experiência é vivenciada no Jardim Maluche há quase um ano e será ampliada, este mês, para o Santa Rita.
A coleta seletiva do lixo em Brusque está prestes a completar um ano, com o projeto-piloto no bairro Jardim Maluche, iniciado em abril de 2012. Embora o trabalho esteja apenas no início, os resultados já são bons.
A ação é realizada em parceria com a empresa Recicle Catarinense de Resíduos Ltda, que também é responsável pelo destino do material coletado. Kelle Henschel, coordenadora de Educação Ambiental da Prefeitura de Brusque, conta que o projeto se ampliou e acabou gerando o programa “Brusque mais bem cuidada”, que a partir de 18 de março será estendido para o bairro Santa Rita. “Até junho, o programa estará implantado em todos os bairros da cidade”.
No bairro Santa Rita, a coleta seletiva será às quintas-feiras pela manhã, e no Jardim Maluche será às quartas-feiras pela manhã. A coleta do lixo úmido permanece igual.
O que é e como funciona
Os conceitos sobre lixo evoluíram e atualmente, por exemplo, a tendência de manter vários recipientes para todos os tipos de materiais não está mais em uso. Tudo que pode ser reciclado fica agrupado e é chamado de lixo seco: papel, papelão, latas de alumínio, vidros, plásticos e metais.
A compostagem é um processo biológico em que os microrganismos transformam a matéria orgânica em material semelhante ao solo, chamado de composto, que pode ser utilizado como adubo.
Expansão
Jorci da Silva, presidente da Associação de Moradores do bairro Santa Rita conta que está animado com a expansão da coleta seletiva para seu bairro. No Santa Rita há, aproximadamente, 5 mil moradores.
O programa já foi apresentado à diretoria da associação e ele conta que todos entenderam a importância da ação. “O caminho é realmente por aí. Acho que vai funcionar direitinho, só depende de conscientizar os moradores agora”.
Rosiclet Comandolli, presidente da Associação de Moradores do Jardim Maluche e Souza Cruz – Amasc, conta que alguns moradores do bairro perguntavam como poderiam fazer a separação quando em abril do ano passado a Prefeitura convidou a Amasc para uma reunião para expor o projeto-piloto. “Sentimos de pronto o interesse de boa parte dos moradores”.
Separar é fácil
Muito antes do início da coleta seletiva no Maluche, a família Comandolli já fazia a separação do lixo há 11 anos. Começou com o incentivo da Associação de Moradores da Rua Bulcão Viana e Adjacências – Ambavia. Eles levavam os materiais até a sede da associação, depois o trabalho foi continuado por seminaristas do Sagrado Coração de Jesus e, mais tarde, souberam que a Escola Charlotte recebia os materiais. “Nunca deixamos de separar, não tem como. A maior parte do nosso lixo é reciclável”.
A confecção é o ponto de coleta da família. A irmã e a mãe, dona Rosa, separam os materiais e levam para um canto que elas destinaram só para isso. “Em casa, os alimentos são envoltos em muitas embalagens, e na confecção há muitas caixas e rolos de papelão e plásticos”. Tudo vai para o canto dos descartáveis. Para ela, com todas as informações e campanhas em jornais, rádios e TVs, e as experiências contadas vão fazer as pessoas aprenderem. “Com o projeto-piloto no nosso bairro, não fazer é até um crime”.
> Saiba mais na edição impressa do jornal MDD desta segunda-feira, dia 11 de março.